Borges, Felipe de Oliveira

Costa, Marianna de Abreu

Manfro, Gisele Gus

Schuh, Gabriela Jungblut

Schwinn, Julia Karl

Portuguese

Lume 5.8

38ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALGREE                                                                               Clin Biomed Res 2018; 38 (Supl.) 317  P2058 Comparação entre o tratamento baseado em Mindfulness e o farmacológico na qualidade de vida de pacientes com transtorno de ansiedade generalizada Gabriela Jungblut Schuh, Marianna de Abreu Costa, Sofia Giusti Alves, Gisele Gus Manfro, Felipe de Oliveira Borges, Júlia Karl Schwinn - HCPA  Introdução: O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é frequente na população, sendo responsável por significativos prejuízos na qualidade de vida dos pacientes acometidos e associado a alto custo para os serviços de saúde. É caracterizado por ansiedade e preocupação excessivas e difíceis de controlar. Medicações psiquiátricas e Terapia Cognitivo Comportamental parecem ser eficazes no seu tratamento, mas muitos pacientes não apresentam remissão, permanecendo sintomáticos. Intervenção Baseada em Mindfulness (IBM) tem sido considerada como estratégia terapêutica para os transtornos de ansiedade. Esta modalidade popularizou-se recentemente, não havendo consenso sobre sua real eficácia. Acredita-se que seus benefícios na qualidade de vida dos pacientes podem ser até mesmo superiores àqueles alcançados com o uso da terapia medicamentosa convencional. No entanto, não há dados na literatura avaliando sua eficácia na melhora da qualidade de vida de pacientes com TAG, em comparação aos tratamentos usuais. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de pacientes com TAG antes e após o tratamento em um ensaio clínico randomizado comparando a eficácia de IBM e o tratamento farmacológico em pacientes adultos com TAG. Métodos: Foram incluídos no estudo pacientes com TAG confirmado pelo MINI, recrutados através da mídia, com idade entre 18 e 65 anos. Os pacientes foram randomizados para 3 intervenções com duração de 8 semanas: IBM, Fluoxetina e Qualidade de Vida (QV). Os dados foram analisados utilizando-se o SPSS; análise por intenção de tratar. Utilizou-se o modelo de Equações de Estimação Generalizadas para avaliar se houve melhora da qualidade de vida medida através da WHOQOL ao longo do tempo e se esta melhora foi diferente entre os grupos. Resultados: Foram incluídos 104 pacientes. Nos grupos IBM, medicação e QV, a média de pontuação inicial e final na escala foi de, respectivamente, 52 ±3,2 e 54,6 ±3,2, 47,6 ±2,9 e 59,1 ±2,8 e 43,7 ±3,2 e 53,9 ±3,1. Não houve diferença estatisticamente significativa na interação grupo*tempo, ou seja, ao longo do tempo os grupos não se diferenciaram. Porém, houve uma diferença significativa no fator tempo, mostrando a melhora na qualidade de vida propiciada pelas diferentes intervenções.Conclusão: IBM e terapia farmacológica resultaram em melhora na qualidade de vida dos pacientes ao longo do tratamento. No entanto, não houve diferença estatisticamente significativa deste benefício entre os diferentes grupos de intervenção. Unitermos: Qualidade de vida; Mindfulness; Medicação.  P2083 Ensaio clínico randomizado comparando treinamento de modificação de viés atencional versus controle como tratamento para irritabilidade em crianças e adolescentes – uma análise dos participantes triados Tatiane dos Santos, Paola Paganella Laporte, Giovanni Abrahão Salum Júnior - HCPA  Introdução: O treinamento de modificação de viés atencional é um tratamento promissor na irritabilidade em crianças e adolescentes, já que se mostrou efetivo para o tratamento da ansiedade em crianças e adolescentes (Waters et al 2013). No entanto, sua eficácia em crianças irritadas ainda não foi testada.  Objetivo: Este ensaio clínico visa analisar a eficácia do protocolo de treinamento e modificação de viés atencional em crianças e adolescentes com sintomatologia grave de irritabilidade. O racional do presente estudo – fase inicial do ensaio clínico- é avaliar as características de 7 perguntas sobre irritabilidade que foram aplicadas para os candidatos a participarem do estudo. Metodologia: 140 crianças de 9-12 anos, altamente irritadas - que pontuam acima do percentil 90 no questionário “Affective Reactivity Index (ARI)” - estão sendo alocadas aleatoriamente para: treinamento atencional ativo + psicoeducação; treinamento atencional inativo + psicoeducação; psicoeducação.O presente estuda visa analisar as 7 perguntas da ARI, que está sendo aplicada na triagem deste ensaio clínico, através de uma análise fatorial confirmatória realizada, uma análise psicométrica que informa sobre a gravidade dos itens, no software MPLUS 7.3. Índices de ajuste considerados bons para o modelo são representados por WRMR < 0.9, RMSEA < 0.06 e CFI/TLI > 0.95.   Resultados: Avaliamos 173 respostas para o questionário ARI. Os itens deste questionário apresentaram um índice de ajuste de aceitável à excelente (RMSEA = 0,000, IC 90% 0,000 - 0,078; CFI = 1,000, TLI = 1,001), bem como as cargas fatoriais variaram entre 0,735 até 0,922, demonstrando que o fator latente mensurado pela escala explica entre 54-85% da variabilidade do endosso dos itens. Os itens 3 e 4 da escala (“Fica irritado por muito tempo” e “Está irritado na maior parte do tempo”, respectivamente) possuem o maior limiar de irritabilidade, quando endossados em seu maior grau, ou seja, o limiar equiprovável para passar de “um pouco verdade” para “certamente verdade” é de 1,113 e 1,168 escores z para os itens 3 e 4 respectivamente. Unitermos: Irritabilidade; Crianças; Infantil.  P2091 Associação entre autocompaixão e os fatores qualidade de vida, preocupação e sintomas ansiosos em pacientes com transtorno de ansiedade generalizada Julia Karl Schwinn, Marianna de Abreu Costa, Sofia Giusti Alves, Felipe Borges de Oliveira, Gabriela Jungblut Schuh, Gisele Gus Manfro - HCPA  Introdução: o Transtorno de Ansiedade Generalizado (TAG) é caracterizado por ansiedade e preocupação excessivos por pelo menos 6 meses, acompanhado de sofrimento e prejuízo funcional. É um dos transtornos mentais mais comuns, com prevalência ao longo da vida de 5,7%. Para melhorar as opções de tratamento, é preciso entender quais fatores são protetores contra os prejuízos funcionais e sociais associados a esse transtorno. Há evidências de que indivíduos pouco autocompassivos possuem maior psicopatologia em geral, e a literatura sugere que indivíduos com TAG se encaixam neste perfil. A autocompaixão pode ser definida como gentileza e compreensão direcionadas a si mesmo em momentos de dor ou fracasso. Objetivos: verificar associação entre autocompaixão e os fatores qualidade de vida, preocupação e sintomas ansiosos em pacientes com TAG. Métodos: foram incluídos 104 pacientes acima de 18 anos diagnosticados com TAG primário através do MINI, que foram submetidos a um ensaio clínico randomizado visando a avaliar a eficácia de mindfulness e tratamento farmacológico no TAG. Na avaliação inicial, os pacientes preencheram as escalas de autocompaixão, Self-Compassion Scale (SCS); de qualidade de vida, World Health Organization Quality of Life-Bref (WHOQOL-Bref); de preocupação, Penn State Worry Questionnaire (PSWQ); e profissionais treinados avaliaram os sintomas de ansiedade através da escala Hamilton de Ansiedade (HAM-A). Foram utilizados o teste de correlação de Pearson para avaliar a associação entre as escalas SCS e HAM-A e o teste de correlação de Spearman para avaliar a associação entre as escalas SCS e WHOQOL-Bref e entre SCS e PSWQ. Resultados: foi encontrada correlação estatisticamente significativa positiva entre as escalas SCS e WHOQOL-Bref (r = 0,221; p < 0,05) e negativa entre SCS e PSWQ (r = -0,390; p < 0,001). Não foi encontrada 38ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALGREE                                                                               Clin Biomed Res 2018; 38 (Supl.) 318  correlação estatisticamente significativa entre SCS e HAM-A (r = -0,147; p = 0,138). Conclusão: os resultados demonstram correlação positiva moderada entre autocompaixão e qualidade de vida e negativa moderada entre autocompaixão e preocupação em pacientes com TAG, ou seja, quanto maior a autocompaixão dos indivíduos, melhor a qualidade de vida e menor o nível de preocupação. Não se encontrou associação entre autocompaixão e níveis de ansiedade, podendo ter ocorrido erro do tipo 2. Outra limitação do estudo é o seu desenho transversal, que impede verificar a relação causa-consequência entre as variáveis estudadas. Unitermos: Transtorno de ansiedade generalizada; Autocompaixão.   P2096 A experiência da construção do saber científico de um grupo de orientação coletiva em pesquisa Luíza Bohnen Souza, Marcio Wagner Camatta, Isadora Helena Greve, Emanuelle Mirapalheta Braz, Thauane da Cunha Dutra, Felipe Adonai Pires Soares, Francine Morais da Silva - UFRGS  INTRODUÇÃO: A construção do conhecimento científico é um importante elemento da formação acadêmica de profissionais de nível superior e para o desenvolvimento de uma sociedade. Essa construção pode ser mais produtiva quando realizada em grupo, por meio de um conjunto de indivíduos organizados em torno de um interesse de pesquisa em comum. O presente trabalho é resultado da participação de membros de um grupo de orientação coletiva na pesquisa “Familiares de Usuário de Drogas:  um olhar compreensivo de suas vivências e trajetórias assistenciais”. OBJETIVO: Relatar a experiência dos membros do grupo acerca da realização de uma pesquisa de campo com familiares de usuários de drogas. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de um grupo de orientação coletiva constituído por duas mestrandas, três acadêmicas de enfermagem e um bolsista de iniciação científica, coordenados por um pesquisador responsável, professor da Universidade do Rio Grande do Sul. O grupo trabalha na execução de um projeto de pesquisa cujo objetivo é compreender e descrever as experiências de familiares de usuários de drogas. Esta pesquisa está sendo realizada na Unidade Álvaro Alvim do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, por meio de entrevistas com os familiares na internação e no ambulatório de adição. RESULTADOS: O grupo iniciou suas atividades em fevereiro de 2018, com reuniões quinzenais voltadas para o preparo das etapas de execução da pesquisa, desde a capacitação dos pesquisadores para a entrada no campo de coleta até o acompanhamento sobre o andamento das coletas de dados. Além desse acompanhamento, ainda aconteciam orientações quanto a escrita dos projetos individuais, trocas de experiências sobre o processo de coleta de dados, construção coletiva de artigos científicos e envio de resumos para eventos. A cada encontro também se elegia um texto para a discussão. Os textos abordavam práticas de metodologia de pesquisa e assuntos relevantes ao tema de estudo, a fim de contribuir com a construção do projeto e com o amadurecimento científico dos integrantes do grupo. CONCLUSÕES: A experiência do grupo de orientação coletiva permitiu o crescimento e amadurecimento de seus integrantes no âmbito da pesquisa científica, proporcionando espaços de discussão de artigos e materiais técnico-científicos que entusiasmaram e embasaram a elaboração de pesquisas. Unitermos: Família; Usuários de drogas; Saúde mental.  RADIOLOGIA E FÍSICA MÉDICA  P1417 Definição do nível de referência de diagnóstico no uso de equipamento móvel de raios X para exames de tórax AP Vivian Bette Motta, Juliana Monteiro Goulart, Alexandre Bacelar - HCPA  Boas práticas de proteção radiológica para pacientes submetidos a exposições médicas em radiologia diagnóstica é conduzido pelos princípios da justificação e otimização. A determinação do nível de referencia de diagnóstico (NRD) consiste em um instrumento eficaz intrínseco na otimização da proteção radiológica. A Comissão Internacional de Proteção Radiológica (ICRP) publicou em 2017, o Anal 135 “Diagnostic Reference Level in Medical Imaging”, onde estabelece métodos práticos para definição do NRD. Nesta publicação recomenda-se que os valores do NRD devam ser com base em coletas de exames de pacientes, vinculado a requisitos clínicos e técnicos definidos de acordo com a finalidade pretendida. Recomenda-se também, para a determinação do valor do NRD, o uso dos valores do terceiro quartil da distribuição da mediana das doses obtidas para um determinado exame e grupo de pacientes de tamanho padrão definido. O objetivo desta pesquisa consiste em definir o valor do NRD para exames de tórax AP realizados com equipamento móvel de raios X em pacientes padrão do HCPA. Foram considerados para definição do NRD os valores do produto dose área (PDA) medidos através de uma câmara de ionização modelo VacuDap da marca Radcal, fixada no sistema de colimação de um equipamento móvel de raios X da marca SHIMADZU modelo Mobile Art Plus. No total, foram coletados dados de 114 exames. Foi definido o valor do NRD a partir do terceiro quartil da mediana dos valores do PDA coletados, resultando num valor de 23,51 µGy.m². No entanto, não existe na literatura um valor definido de NRD para exames de tórax em adultos com a utilização de equipamento móvel de raios X. Devido a isso, a definição do valor NRD consiste em uma ferramenta para auxiliar na otimização da proteção radiológica de pacientes, através do processo de auditoria da dose do paciente, devendo ser aplicado de forma contínua, com sucessivas pesquisas após qualquer otimização e após um intervalo de tempo apropriado. Unitermos: Nível de dose de referência; Proteção Radiológica; Otimização.  P1439 Relato da experiência de dois anos do primeiro laboratório de pesquisa da radiologia do HCPA: LABRAD Felipe Soares Torres, Juliana Avila Duarte, Alexandre Bacelar, Carlo Sasso Faccin, Jose Miguel Dora, Mauricio Anes, Sandra Raquel Lermen Polita, Luciano Folador, Juliana Monteiro Goulart, Tiago Severo Garcia - HCPA  Introdução: O desenvolvimento da pesquisa na radiologia ainda está muito aquém quando comparamos com os demais departamentos do HCPA. Por muitos anos a pesquisa na radiologia assumiu um papel secundário vinculado a outras especialidades. Com o objetivo de ocupar um espaço que ainda não havia sido desenvolvido no Serviço de Radiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), nós iniciamos o primeiro grupo de pesquisa, com foco puramente em radiologia. O LabRad é um laboratório de pesquisa que reúne pesquisadores dos Serviços de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Física Médica e Medicina Nuclear do HCPA, em parceria com pesquisadores e colaboradores de outros Serviços e externos ao HCPA. O objetivo deste trabalho é descrever os passos para a criação de um laboratório de pesquisa no CNPQ, descrever os passos para operacionalização do laboratório, mostrar as ferramentas usadas para gerenciamento dos trabalhos e suas potencialidades e o envolvimento e trabalho 

Associação entre autocompaixão e os fatores qualidade de vida, preocupação e sintomas ansiosos em pacientes com transtorno de ansiedade generalizada

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