Gandolfi, Carolina Melati

Martim, Jéssica Priscila Costa

Silva, Ana Cristina da

Portuguese

Lume 5.8

38ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALGREE                                                                               Clin Biomed Res 2018; 38 (Supl.) 323  P1598 A relevância da entrevista no trabalho do assistente social Carmen Lucia Nunes da Cunha, Sofia Trajano Sibemberg - HCPA  Introdução: Uma das mediações do serviço social na alta complexidade em saúde é a alta hospitalar, momento em que a família assume o cuidado e necessita acessar as políticas sociais para dar conta desta tarefa. A participação do profissional no acompanhamento dos usuários e suas famílias desde o início da internação é que vai indicar se há demanda para intervenção do assistente social, ou não, de forma que a alta médica e a alta social possam acontecer concomitantemente. A entrevista é um dos instrumentos utilizados pelo assistente social no desempenho desta atribuição. Envolve a comunicação entre duas ou mais pessoas, tem uma intencionalidade, exige conhecimento técnico-operativo e tem como objetivo levantar informações, analisar fatos, subsidiar a equipe com dados relevantes sobre contexto e suporte social, recursos acessados e dificuldades enfrentadas com o adoecimento, além de orientar processos e garantir o acesso dos usuários aos direitos sociais. Objetivo: Refletir sobre a entrevista no campo profissional do serviço social. Método: Relato de experiência baseado no trabalho do assistente social em equipe multiprofissional no HCPA. Resultados: Não existe uma fórmula única, cada profissional desenvolve seu próprio estilo de entrevistar, porém há habilidades que são requeridas, tais como, escuta sensível, questionamento, observação, capacidade de síntese e reflexão, conhecimento da Instituição e da Política de Saúde. No hospital, quando o usuário tem condições de participar da entrevista, ela ocorre no leito, de forma conjunta, com a participação dos familiares, desde que tenha a concordância dos participantes, embora se saiba que este não é o lugar ideal, pois pode interferir no sigilo. Através das entrevistas identificam-se expressões da questão social como ausência de vínculos familiares, abandono, negligência, violência, desemprego, preconceito, entre outras, que precisam ser problematizadas. Conclusão: A entrevista é um importante instrumento de trabalho do assistente social e sua realização necessita de uma articulação entre as diferentes competências profissionais (técnico-operativa, teórico-metodológica e ético-politica) para uma intervenção qualificada. Para que aconteça de forma a possibilitar a reflexão dos usuários é imprescindível o conhecimento da Seguridade Social, especialmente neste momento em que vivenciamos a redução dos direitos sociais com o desmonte na Previdência Social, desconstrução da Assistência Social e sucateamento da Saúde. Unitermos: Serviço social; Entrevista; Saúde.   P1602 Reinserção social em uma unidade de adição: relato de experiência de abordagem de grupo Carolina Melati Gandolfi, Ana Cristina da Silva - HCPA  Introdução: Diante dos serviços que compõem o Sistema Único de Saúde no Brasil, é fundamental refletir sobre o papel das intervenções grupais nos espaços de cuidado. A prática de grupos com usuários de substâncias psicoativas propõe um novo olhar perante o tratamento e acompanhamento das pessoas, potencializando a promoção da saúde utilizando diálogo e metodologias de grupo. Cabe ressaltar que o Assistente Social, enquanto trabalhador da saúde, é peça importante na constituição destes grupos e tem papel relevante, especialmente, na organização da continuidade de tratamento após a alta dos pacientes. Durante o ano de 2017 foi realizado quinzenalmente o Grupo de Reinserção Social, que teve como objetivo apresentar aos pacientes reflexões acerca de aspectos básicos da vida cotidiana que, por vezes, se apresentam como obstáculos para a continuidade do tratamento após a alta hospitalar. Objetivo: Relatar a experiência de organização e coordenação do Grupo de Reinserção Social dentro de uma internação de adição. Métodos: A residente multiprofissional do Serviço Social, em conjunto com a Assistente Social contratada planejavam as atividades relacionando o perfil dos pacientes com o tema/eixo central elencado para aquele grupo. Com relação aos eixos trabalhados, cabe ressaltar que: o eixo trabalho se baseava em discussões com relação à percepção de cada um sobre sua inserção no mercado de trabalho, abrangendo questões sobre previdência, desemprego, modalidades de trabalho e a relação da atividade laboral com a sua situação de saúde/doença; o eixo moradia/família trabalhava o conceito ampliado de família e como esta pode ser um ponto de apoio; o eixo de preconceito/estigma propiciava uma reflexão sobre como o usuário de substâncias psicoativas é visto na sociedade e como é possível superar essa imagem; o eixo de processo de tratamento pós-alta discutia as possibilidades de tratamento, de acordo com a sua necessidade. Resultado e Conclusão: Trabalhar aspectos de reinserção social  com pacientes dependentes químicos é uma tarefa desafiadora e que deve ser constantemente revista, para readequação das atividades diante do perfil dos usuários. A experiência do Grupo de Reinserção Social na internação de adição é mais uma ferramenta no processo de tratamento dos pacientes, pois o acesso a informação é fundamental para que o sujeito tenha autonomia, possibilitando mudanças em seu contexto de vida. Unitermos: Serviço social; Transtornos relacionados ao uso de substâncias; Saúde mental.   P1785 O trabalho multidisciplinar em uma unidade de adição: um relato de experiência profissional Jéssica Priscila Costa Martim, Ana Cristina da Silva, Carolina Melati Gandolfi - HCPA  Introdução: O trabalho multidisciplinar em serviços de saúde busca integrar os diferentes saberes, tendo como objetivo o cuidado integral ao paciente. Este modelo norteia o cuidado na Unidade de Adição do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. O Assistente Social compõe esse processo como mediador das necessidades sócio-assistenciais, o apoio familiar e a rede de serviços. A avaliação social permite que sejam identificadas as principais demandas e possíveis obstáculos para a continuidade do tratamento. Objetivo: Relatar uma experiência profissional de trabalho em uma equipe multiprofissional dentro de uma internação de adição. Métodos: Paciente esteve internado na neurologia do HCPA devido AVC hemorrágico e transferido para a Unidade de Adição por estar clinicamente estável, ter diagnóstico de dependência química e por dificuldades de se efetivar a alta, devido às sequelas do AVC. Residia com a mãe de 80 anos e uma irmã, que tem diagnóstico de esquizofrenia, em casa própria, apresentando bom vínculo familiar. Paciente passou a participar das atividades ao longo da internação, a partir do acompanhamento da equipe, tendo uma melhora significativa. Nas intervenções familiares, eram trazidas a angústia e preocupação com relação aos cuidados que o paciente exigiria pós-alta, pois boa parte dos membros não tinham condições de prestar os cuidados. A família levantou a hipótese do paciente residir em uma clínica, mas isso trouxe muito sofrimento para todos. Foram procuradas clínicas que pudessem acolhê-lo, porém, o custo era elevado. Foi encaminhada solicitação de Benefício de Prestação Continuada junto ao INSS. Durante a internação foi atendido por fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, resultando em importante melhora na autonomia e na parte motora do paciente. A partir da melhora, foi realizada visita domiciliar e os terapeutas ocupacionais orientaram a família quanto às adequações necessárias na residência. A família recebeu a doação de cadeira de rodas e de banho, tendo treinamento de procedimentos básicos pela equipe de enfermagem, assim como o acompanhamento da equipe do Programa Melhor em Casa. Conclusão: O caso foi 

O trabalho multidisciplinar em uma unidade de adição : um relato de experiência profissional

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