Abreu, Ana Carolina Odebrecht Vergne de

Calcagnotto, Maria Elisa

Diez-Noguera, Antoni

Hidalgo, Maria Paz Loayza

Oliveira, Melissa Alves Braga de

Portuguese

Lume 5.8

38ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALGREE                                                                               Clin Biomed Res 2018; 38 (Supl.) 305  P1130 Impacto da exposição precoce a diferentes sistemas de iluminação e fotoperíodos no comportamento de atividade/repouso de ratos wistar Ana Carolina O. V. de Abreu, Melissa Alves Braga de Oliveira, Maria Elisa Calcagnotto, Antoni Díez-Noguera, Maria Paz Loayza Hidalgo - HCPA  Introdução: A luz é o principal estímulo capaz de sincronizar nosso organismo ao ambiente. Com o advento da eletricidade, os seres humanos vêm deixando de organizar suas rotinas conforme as transições dia/noite. Diante das consequências do excesso de luz artificial, é necessário que busquemos outras opções para a luz elétrica disponível. Neste contexto, a “luz circadiana” surge como um sistema que poderia atenuar os efeitos indesejáveis da luz artificial através de mudanças na temperatura de cor que mimetizam as variações da luz natural. Objetivo: Avaliar o impacto na exposição precoce a diferentes sistemas de iluminação e fotoperíodos nos ritmos de atividade/repouso de roedores. Metodologia: Ratos Wistar machos foram expostos desde o início da gestação a diferentes tipos de iluminação: claro constante (CC, n=9), escuro constante (EC, n=6), 16 horas de claro com iluminação convencional + 8 horas de escuro (CEF, n=8) e 16 horas de claro com luz circadiana + 8 horas de escuro (CEC, n=9). Dados de atividade e repouso foram coletados continuamente utilizando actigrafia. A análise dos ritmos foi realizada no software El Temps (©Antoni Díez-Noguera, Barcelona, Spain). A comparação dos grupos quanto aos parâmetros rítmicos foi feita através do teste de Kruskal-Wallis seguido pelo teste de Dunn. As acrofases dos grupos CEC e CEF foram comparadas utilizado o teste de Watson-Williams para dados circulares. Resultados: Animais expostos a CC e EC apresentaram um típico padrão free-running dos ritmos de atividade/repouso. Um pico de atividade foi detectado no actograma do grupo CEF logo após as luzes serem acesas, o que não ocorreu no grupo CEC. As acrofases do grupo CEC ocorreram 45 minutos mais cedo (p<0.01) do que no grupo CEF. Os animais dos grupos DD, CL e SL exibiram o espectro de poder para os harmônicos do ritmo de atividade/repouso com o primeiro harmônico, o circadiano, sendo o mais forte durante praticamente todos os dias de registro. Conclusões: A ausência de um pico reativo de atividade e a acrofase adiantada do grupo CEC demonstram que o comportamento dos animais muda com a exposição a diferentes temperaturas de cor. O impacto da luz circadiana aqui descrito pode ser o ponto de partida para futuros estudos visando expandir o conhecimento sobre alterações metabólicas e comportamentais. Além disso, a implementação da tecnologia de luz circadiana para mimetizar variações da iluminação natural tem o potencial de atenuar os efeitos da poluição luminosa. Unitermos: Luz circadiana; Ritmos biológicos; Iluminação artificial.   P1146 Consultoria psiquiátrica forense em um hospital geral universitário: um novo modelo de assistência complementar Matheus Xavier Provin, Andrei Valério, Fernanda Nunes, Mariana Almeida, Talita Pegoraro, Lisieux E. de Borba Telles - HCPA  A consultoria psiquiátrica ganhou destaque de atuação no Brasil a partir da década de oitenta. Com o aumento dos níveis de violência, os progressos da Medicina e a crescente complexidade dos casos e suas repercussões legais surgiu a necessidade de uma avaliação mais especializada desta população. Assim, a partir de 2015 o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) tornou-se pioneiro no Brasil ao criar a primeira Consultoria em Psiquiatria Forense em um hospital geral universitário. Participam desta atividade residentes da psiquiatria, da psiquiatria forense e uma professora do Departamento de Psiquiatria. Avaliar no âmbito de um hospital geral universitário o perfil do paciente para o qual é solicitada a consultoria em Psiquiatria Forense, o motivo desta e o serviço solicitante. Foi realizado um estudo descritivo retrospectivo, onde foram avaliadas todas as consultorias psiquiátricas forenses realizadas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no período de 2015 a 2017. As variáveis estudadas descreveram o perfil sociodemográfico dos pacientes, o motivo da solicitação da consultoria e o serviço demandante. Foram encontrados 191 pedidos de consultoria. A especialidade que mais solicitou avaliação da Psiquiatria Forense foi o Serviço de Psiquiatria das Adições, com 39,2%. Em segundo e terceiro lugares, respectivamente, estão a Psiquiatria Geral (24,1%) e a Medicina Interna (18,7%). Outras áreas foram a Psiquiatria Infantil, a Geriatria, a Emergência, a Ginecologia/Obstetrícia, a Cirurgia e a Pediatria. Dentre os motivos pelos quais as consultorias foram solicitadas encontramos, principalmente: Avaliação de Transtorno da Personalidade Antissocial; Avaliação Capacidade Civil; Avaliação de Simulação ou Transtorno Factício; Avaliação de risco de violência; suspeita de violência doméstica, maus tratos e/ou abuso infantil; e Avaliação de Capacidade de Consentimento quanto ao Tratamento. Dos avaliados, 69,3% eram homens com uma idade média de 42 anos (4-80 anos). A presença de comorbidade clínica e psiquiátrica, a alta prevalência de patologias relacionadas à violência e a complexidade dos casos atendidos no HCPA muitas vezes com repercussões legais, justifica a inclusão da consultoria em Psiquiatria Forense neste ambiente. Isso se confirma pela grande demanda nas solicitações de avaliação e pelo perfil dos pedidos. Os achados iniciais são inéditos no Brasil e servirão de base para a planificação da assistência desta população e como fonte de pesquisas futuras. Unitermos: Consultoria; Psiquiatria forense; Hospital geral.  P1175 Sob o olhar da lente, a mente: oficina de fotografia Maria Souza Cardoso, Laís Steffens Brondani, Aida Suzane Souza da Silva Marques, Juliana Unis Castan, Anderson Borges Ferreira, Gisele Battistelli - HCPA  Introdução: A partir dos ideais de autonomia e liberdade e dos preceitos da Reforma Psiquiátrica Brasileira, compreende-se a necessidade de incentivar as vozes das pessoas acometidas por enfermidades mentais, muitas vezes estigmatizados socialmente. A internação psiquiátrica configura-se um tempo e espaço protegido em que se busca conhecer não só os sintomas mas também as necessidades e desejos dos pacientes, resgatando sua subjetividade e autonomia frente à vida. A fotografia configura-se como uma manifestação artística do subjetivo individual, permitindo que sentimentos, emoções, sonhos e percepções sejam explorados e materializados. Objetivo: Reconhecer e dar visibilidade à visão dos pacientes acerca das suas vivências na internação psiquiátrica.  Métodos: A oficina foi realizada em uma unidade psiquiátrica de 36 leitos em um hospital geral universitário. Foram convidados a participar da oficina os pacientes que demonstraram interesse pelo tema e não apresentavam risco de auto/heteroagressão. Foi realizada reunião para explanação de material teórico sobre fotografia e orientações aos pacientes. Em seguida, distribuiu-se câmeras aos dez pacientes interessados e com nível de organização necessária para realizar a atividade. Foram solicitados a capturar imagens que representassem a internação ou sentimentos relacionados a esta. Após, cada paciente escolheu três fotografias para impressão e reuniram-se para elaboração de frases reflexivas sobre as imagens. Por fim, produziu-se um cartaz que foi exposto na sala de visitas, onde familiares, amigos e equipe puderam contemplá-lo em forma de exposição artística. Resultados: 

Impacto da exposição precoce a diferentes sistemas de iluminação e fotoperíodos no comportamento de atividade/repouso de ratos wistar

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