Introdução: A tontura constitui o segundo sintoma de maior prevalência, perdendo em freqüência para a cefaléia, a partir dos 65 anos. É encontrada em 10,0% da população mundial e em 85% dos casos é sintoma decorrente de disfunção vestibular. Em indivíduos com mais de 75 anos a prevalência é da ordem de 80,0%. A redução da função do sistema vestibular na população idosa pode causar uma vida sedentária ou muito dependente, com diminuição da qualidade de vida. Objetivo: Avaliar o sistema vestibular na população geriátrica. Metodologia: Quarenta pacientes, sendo 20 do sexo feminino e 20 do sexo masculino, com idades entre 60 e 83 anos, atendidos no Laboratório de Otoneurologia da Universidade Tuiuti do Paraná, foram submetidos a uma anamnese, inspeção otológica e avaliação vestibular por meio da vectoeletronistamografia. Resultados: Dos 40 pacientes avaliados, 28 (70,0%) referiram tontura, 28 (70,0%) perda auditiva, 26 (65,0%) zumbido, 18 (45,0%) vertigem postural e17 (42,5%) dificuldade ou dor ao movimento do pescoço. Entre outras manifestações clínicas, 14 (35,0%) citaram ansiedade, 13 (32,5%) insônia, 8 (20,0%) tendência à queda, 8 (20,0%) depressão e 8 (20,0%) fadiga. O exame vestibular esteve alterado em 32 pacientes (80,0%), sendo a prevalência de síndrome vestibular periférica do tipo irritativa, 19 casos (47,5%). Conclusão: Ressalta-se a importância em estudar a reatividade do sistema vestibular na população geriátrica, pelo número elevado de alterações otoneurológicas e, assim, contribuir para uma intervenção fonoaudiológica