devido à redução de novas concessões, ao aumento de casos de doenças e
limitações na eficácia de fármacos. Certas doenças são tratadas e/ou prevenidas por
meios como a vacinação, uso de antibióticos e peixes de limpeza, mas existe também
uma estratégia diferente e complementar que passa pela desinfeção da água via ozono
e/ou radiação ultravioleta (UV). Porém existe pouca informação relativamente às doses
de UV necessárias para inativar vírus e bactérias que afetam a produção de salmão. Por
esse motivo, este estudo teve como objetivos averiguar o impacto de UV de baixa
pressão (“low pressure”, LP) e UV de média pressão (“médium pressure”, MP) nos
microrganismos “infectious pancreatic necrosis virus” (IPNV), Moritella viscosa e
Yersinia ruckeri. Foi determinada a dose de UV necessária para atingir 99,9 % (3 log) de
inativação de cada microrganismo por LP e MP, foram encontradas as diferenças entre
inativação por LP e MP e foram comparadas as reações a UV entre vírus e bactérias.
Cada microrganismo foi colocado numa solução de água salgada artificial. A
concentração viral/bacteriana foi quantificada, processo após o qual uma alíquota foi
exposta a uma dose de UV (entre 5 doses previamente definidas) emitida por uma
lâmpada LP ou MP contida dentro de um aparelho de feixe colimado (“Collimated beam
apparatus”, CBA). Após exposição à luz UV, a concentração viral/bacteriana foi de novo
quantificada. Os resultados indicaram que o IPNV, a M. viscosa e a Y. ruckeri sofreram
uma inativação de 99,9 % por LP UV com as seguintes respetivas doses de UV: 200, 15,
10 mJ/cm2. Os mesmos patogénicos foram inativados de igual forma por MP UV pelas
respetivas doses de UV: 56,4, 4,6 e 11,3 mJ/cm2. As bactérias estudadas demonstraram
menos resistência do que o vírus face à radiação de LP e MP UV. Isto deve-se ao facto
de terem diferentes estruturas externas, tamanhos, genomas e mecanismos de
reativação. MP UV atingiu inativação do IPNV e da M. viscosa com doses de UV mais
baixas do que as emitidas por LP UV e destacou-se pela capacidade de atingir certas
proteínas e enzimas capazes de reativar o vírus e bactérias estudadas.years due to the reduction of new licenses, diverse pathogen outbreaks and
treatment limitations. Some diseases have been treated with vaccines, antibiotics and
cleaner fish but a complementary approach involves water treatment by ozonation
and/or ultra-violet (UV) radiation. However, few studies have determined the UV doses
necessary to inactivate Atlantic salmon pathogens. This work aimed to study the effect
of low pressure (LP) UV radiation and medium pressure (MP) UV on infectious pancreatic
necrosis virus (IPNV), Moritella viscosa and Yersinia ruckeri by (i) determining the UV
dose necessary to achieve a 99.9% inactivation (3 log) of each pathogen, (ii) assessing
inactivation differences between LP and MP UV and (iii) finding similarities and
differences among viral and bacterial pathogens inactivation. Each microorganism was
diluted in artificial seawater, quantified, exposed to an UV dose (out of 5 doses) emitted
either by a LP or MP UV lamp inside a collimated beam apparatus (CBA) and quantified
after exposure to UV. Results showed that 99.9 % inactivation of IPNV, M. viscosa and
Y. ruckeri required 200, 15 and 10 mJ/cm2 respectively by LP UV. The same pathogens
were 99.9 % inactivated with 56.4, 4.6 and 11.3 mJ/cm2 respectively by MP UV. Overall,
bacteria species demonstrated being less resistant to LP and MP UV than IPNV. This
difference resulted from their different external structures, sizes, genome compositions
and repair mechanisms. MP UV was able to inactivate IPNV and M. viscosa with lower
doses than LP UV, even though being less energy efficient. The main advantage of MP
over LP UV was its ability to emit wavelengths that are absorbed by repair proteins and
enzymes, thus avoiding pathogens reactivation