The concept of nutritional programming began to arouse interest around larviculture sector
due to the high metabolic plasticity of larvae. At this life stage, specific methabolic pathways of
young organisms are more proned to be alterated with effects that may be propagated in the long
terms. The aim of the present study was to assess the effect of dietary curcumin as promoter of both
gut maturation and antioxidant status of gilthead seabream larvae (Sparus aurata). Curcumin was
delivered through microdiet since mouth opening (4 Days After Hatching, DAH) in two levels of
supplementation (LOW and HIGH) and the effects were compared with larvae fed on commercial
diet (CTRL). Feeding plan consisted of a short period of co-feeding with live preys (rotifers and
Artemia nauplii) and inert diet until 24 DAH, when larvae were weaned. Results on survival rate
showed that, curcumin did not influence this paramenter. Key performance parameters did not
reveal statistical differences between treatments, although a positive trend was detected in larvae
fed on LOW curcumin supplementation. Proteolytic enzymes, such as trypsin and chymotrypsin,
were positively influenced by curcumin being significantly higher in larvae fed on HIGH curcumin
supplementation. Despite this, curcumin did not influence the activity of the remain digestive
enzymes analysed (aminopeptidase, amylase, 4C and 18C-like lipases and alkaline phosphatase).
Curcumin did not change the larval feeding habits or diet palatability; results revealed that weaning
larvae at 24 DAH did not influence their feeding incidence. Overall, antioxidant status biomarkers
(TG, TAC, PC and MOS) did not reveal significant differences between treatments. In summary,
although results did not prove significant effects of curcumin on most of the parameters under
investigation, some positive trends leave open the possibility of further investigations. These future
trials may be addressed independently, or in combination, on both, early programming and new
dietary additives, to test different curcumin concentrations.O conceito de programação nutricional refere-se a possíveis estímulos durante fases precoces do
desenvolvimento do animal que irão ter repercussões em fases mais tardias da vida do mesmo. O
conhecimento dos mecanismos que controlam o desenvolvimento e o crescimento e sua relação
com a nutrição são fundamentais para a identificação de fases de desenvolvimento que introduzam
variação de crescimento, que impactem o potencial do mesmo e/ou que afetem a viabilidade e a
qualidade dos juvenis. A perspectiva de aplicar este conceito à aquacultura oferece inúmeras
possibilidades, principalmente focadas na modulação de vias metabólicas, tais como a acreção
proteica, a homeostase oxidativa e a maturação precoce do sistema digestivo. A nutrição é o factor
ambiental mais importante que determina o crescimento e o desenvolvimento dos animais. Nos
últimos anos, foi reportado que a inclusão de extractos de origem vegetal em alimentos inertes
estimula o apetite e promove o ganho de peso em peixes devido a moléculas bioactivas. O objetivo
do presente estudo foi avaliar o efeito da inclusão de curcumina na dieta para larvas de dourada
(Sparus aurata) como promotora da maturação intestinal e do estado redox, e melhorar o
conhecimento das várias vias fisiológicas que medeiam as relações entre dieta, nutrição e
metabolismo, apontando para a biologia oxidativa, a capacidade digestiva e a plasticidade do
crescimento. A curcumina foi suplementada nas microdietas desde abertura da boca (4 dias após
eclosão, DAE) em dois níveis de suplementação (LOW e HIGH), os efeitos foram comparados com
larvas alimentadas com dieta comercial (CTRL). O plano alimentar consistiu em um curto período
de co-alimentação com presas vivas (rotíferos e Artemia nauplii) e dieta inerte até os 24 DAE. Após
esta idade as larvas foram alimentadas exclusivamente com dieta inerte. A taxa de sobrevivência
confirmou que a curcumina não afetou este parâmetro. Os principais indicadores de desempenho de
crescimento não revelaram diferenças estatísticas entre os tratamentos, embora tenha sido
observado uma tendência positiva em larvas alimentadas com suplementação de curcumina LOW.
As enzimas proteolíticas, como a tripsina e a quimiotripsina, foram positivamente influenciadas
pela curcumina sendo a actividade enzimática significativamente mais elevada em larvas
alimentadas com suplementação HIGH de curcumina. A suplementação de curcumina não
influenciou a actividade das restantes enzimas digestivas analisadas (aminopeptidasa, amilasa,
lipasas e fosfatasa alcalina). A curcumina não alterou os hábitos alimentares das larvas ou a
palatabilidade da dieta; os resultados revelaram alteração na sua incidência alimentar quando
alimentadas exclusivamente com dieta inerte. No geral, os biomarcadores do estado redox (TG,
TAC, PC e MOS) não revelaram diferenças significativas entre os tratamentos. Em resumo, embora
os resultados não tenham demonstrado efeitos significativos da curcumina na maioria dos
parâmetros sob investigação, algumas tendências positivas deixam em aberto a possibilidade de
novas investigações. Esses ensaios futuros podem ser abordados de forma independente ou
combinada, tanto na programação inicial quanto em novos aditivos alimentares, para testar
diferentes concentrações de curcumina. Os resultados serão traduzidos em estratégias alimentares
eficazes de modo a promover a robustez e a resiliência dos peixes num futuro próximo e a transferir
e aplicar o conhecimento e a tecnologia de modo a garantir o desenvolvimento de um sector mais
sustentável, vital para o futuro da indústria da aquacultura