A diversificação da fruticultura do Algarve pode passar pela introdução de espécies frutícolas exóticas. De entre estas, a pitaia (Hylocereus sp.) é uma das que parecem ter melhores possibilidades de adaptação. Este fruto apresenta altas produções, com viabilidade económica em terrenos de pequenas dimensões (uma boa solução para pequenos agricultores) nas condições de clima e solos do Algarve e é também um fruto que tem registado um aumento acentuado de procura e de preço.
A pitaia é uma planta trepadeira que necessita de uma estrutura que suporte a planta.
Necessita de climas relativamente quentes, apresentando bom desenvolvimento em regiões cuja temperatura média se situa entre 18 e 26ºC. Nas condições do Algarve é necessário estabelecer uma relação entre as condições edafoclimáticas e a produtividade e qualidade do fruto.
Para desenvolver a cultura da pitaia no Algarve foi constituído um grupo operacional cujo objetivo principal visa inovar ao nível das tecnologias de produção para a pitaia vermelha, de polpa vermelha e de polpa branca, permitindo ter produção durante um período tão longo quanto possível, com vista à satisfação do mercado nacional e internacional. Pretende-se analisar as características das 2 espécies: Hylocereus
costaricensis e Hylocereus undatus, testando a produtividade, rusticidade e qualidade dos frutos (incluindo as características organoléticas) de cada uma.
Começou-se por fazer um levantamento da situação desta cultura em Portugal,
recolhendo informação sobre parcelas de pitaia e plantas isoladas, tanto em agricultores
profissionais como em amadores. Estão também a ser instalados vários campos de ensaio/recolha de dados, englobando as duas espécies de pitaia vermelha. Os resultados obtidos no âmbito deste grupo operacional, serão divulgados numa página web (www.frutadragao.com), num manual técnico e em ações de divulgação.info:eu-repo/semantics/publishedVersio