research

Avaliação do comportamento agronómico de porta-enxertos tolerantes à tristeza dos citrinos

Abstract

A detecção no nosso país de alguns núcleos de plantas infectadas com o citrus tristeza virus (CTV), impôs a necessidade de desenvolver um plano de prevenção, nomeadamente através do incentivo da substituição progressiva dos porta-enxertos susceptíveis por porta-enxertos tolerantes. Com a identificação do seu principal vector (Toxoptera citricidus Kirk.) em finais 2003, nas regiões de Entre-Douro e Minho e de Trás-os-Montes é de prever que a dispersão da doença ocorra mais rapidamente. As novas plantações utilizam na sua maioria as citranjeiras Troyer e Carrizo, que nem sempre se mostram adequadas às condições edafo-climáticas existentes. Considerando esta problemática, a Direcção Regional de Agricultura do Algarve, em colaboração com outras entidades (Universidade do Algarve e Centro de Citricultura), tem vindo a desenvolver estudos conducentes à adaptação de novos porta-enxertos, com o objectivo de diversificar as opções existentes relativamente aos condicionalismos da região. Com este objectivo foi instalado em Tavira, em Maio de 1998, num solo calcário, um ensaio de campo para avaliação do comportamento de 11 clones de porta-enxertos (T. Sunki x P. trifoliata FAO 30590; Citranjeira Troyer B2 FAO 31655; T. Cleopatra x P. trifoliata FAO 30584; T. Cleopatra x C. Carrizo FAO 30575; Laranjeira Gou Tou B7; Citrandarineira 31443; Laranjeira azeda B6C-T1; Tangerineira Changsa; Tangerineira Sunki; Tangerineira Cleópatra; Citranjeira Troyer 4 AS). Durante três anos, as plantas foram submetidas a três níveis de salinidade da água de rega, expressos pela condutividade eléctrica da água de rega ECw – 1; 3 e 6 dS.m-1, obtidos através de um esquema experimental fonte dupla gota-a-gota. Foram medidos vários parâmetros agro-ambientais, como o desenvolvimento vegetativo das plantas e o aumento da condutividade eléctrica do extracto de saturação do solo (medido no extracto aquoso). Os resultados obtidos mostram que os porta-enxertos com maior tolerância à salinidade foram o clone de laranjeira azeda B6C-T1 e a laranjeira Gou Tou.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

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