thesis

Défices cognitivos em pacientes com depressão unipolar: Influência das variáveis idade, género e história anterior de tentativas de suicídio

Abstract

Tese de Doutoramento, Psicologia, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2015A depressão afeta mundialmente cerca de 350 milhões de pessoas, sendo considerada a principal causa de incapacidade a nível mundial, comprometendo seriamente a qualidade de vida, apresentado este estado afetivo um elevado risco de suicídio para estes doentes. No que se refere ao suicídio, o mesmo pode ser considerado um fenómeno global e um grave problema de saúde pública, responsável por mais de 800 mil mortes anualmente. Défices nas funções executivas, na memória e na velocidade motora são comuns na depressão e ainda mais exacerbados em indivíduos depressivos suicidas. Torna-se, por isso, essencial generalizar o recurso a meios complementares de diagnóstico, como os testes neuropsicológicos que medem a capacidade de decisão, de mudança de foco de atenção, de planeamento, de inibição de resposta e o controlo inibitório, entre outros, que, para além de fornecerem informações importantes para um correto diagnóstico e tratamento da depressão, propiciam estudar as dinâmicas subjacentes aos comportamentos suicidas, com vista a encontrar marcadores cognitivos que permitam identificar casos de maior risco visando o seu controlo e prevenção. Em Portugal, o recurso a medidas neuropsicológicas ainda não se encontra generalizado, por isso, um dos objetivos deste trabalho passou por validar um conjunto de testes computorizados de um software de livre acesso da Psychology Experiment Building Language (PEBL) junto da população portuguesa – a saber, Finger Tapping Task, Wisconsin Card Sorting Test, Torre de Londres, Iowa Gambling Task, Victoria Stroop Task e Go/No-go –, procurando simultaneamente estudar amostras de depressivos unipolares não-psicóticos. Outro objetivo consistiu em aplicar esses testes em pacientes suicidas com igual diagnóstico, procurando encontrar marcadores cognitivos que os diferenciassem de depressivos não suicidas, tendo-se corroborado a existência de défices nas amostras depressivas, com uma alteração significativa da inibição de resposta nos sujeitos suicidas face aos não suicidas e face aos controlo saudáveis

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