A descoberta de ouro nas Minas Gerais, no final do século XVII, promoveu uma
intensa procura pelo trabalho escravo nas minas e lavouras do Brasil, o que provocou
uma corrida dos negociantes portugueses em direção à África em busca de escravos.
Essa disputa, que atraiu também ingleses e holandeses, fez com que a Coroa portuguesa
autorizasse legalmente o comércio negreiro na região, contribuindo para um acirramento
das rivalidades entre as praças mercantis de Lisboa, Salvador e Rio de Janeiro pelo
exclusivo do comércio dos escravos da Costa a Sotavento da Mina, ou Costa da Mina.
As concessões de “licenças reais” pela Coroa para o acesso à região consistiram, também,
numa tentativa de controle por parte da mesma do referido comércio, tentando
evitar o “tráfico ilegal”, ainda mais com a presença dos negociantes de outras nações.
Com o comércio legal, a Coroa poderia, também, arrecadar mais com as taxações sobre
o referido comércio1