Relatório de estágio de licenciatura, Bioquímica, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve, 2010O tumor cerebral é um tumor raro. A sua relevância incide no facto de pertencer
aos tipos de tumores para os quais não existe cura, que provocam défices profundos
nos doentes e cujos sintomas são muitas vezes negligenciados.
Este estudo engloba doentes com diagnóstico de tumor cerebral maligno,
internados no período de 1 de Junho de 2008 a 30 de Julho de 2010, no Hospital de
Faro E.P.E..
Foram contabilizados 84 processos clínicos, porém apenas 52 destes puderam
ser analisados. Destes 52 processos, 56% pertenciam ao sexo masculino sendo que a
maior frequência foi encontrada na faixa etária dos 71 aos 75 anos. Apenas metade
dos doentes realizou biopsia e o tipo de tumor cerebral maligno mais frequente foi o
glioblastoma, contando com 32 diagnósticos, sendo que 81% da totalidade dos casos
são tumores gliais. Somente 29% dos doentes ainda se encontram vivos até à data e o
tempo de sobrevivência foi de apenas 1 mês para 24% dos doentes falecidos após
diagnóstico de tumor cerebral maligno. Do total de diagnósticos analisados somente
realizaram cirurgia 30 doentes, 18 fizeram radioterapia e 13 foram propostos a
quimioterapia.
Cefaleias, hemiparesia, convulsões, confusão, astenia, febre, afasia, paralisia
facial, prostração, desorientação e vómitos, foram os sintomas constatados mais
frequentemente.The brain tumor is a rare tumor. Its importance relies in the fact that it belongs
to the tumor types for which there’s no cure and that causes profound deficits in
patients, which symptoms are often, overlooked.
This study includes patients whose malignant brain tumor diagnosis, was carried
out from June 1st 2008 to July 30th 2010, in Hospital de Faro E.P.E..
84 clinical cases were reported, but only 52 of these could be analysed. From
these 52 cases, 56% were male and the highest frequency was found in the age range
of 71 to 75 years. Only half of the patients performed biopsy and the malignant brain
tumor glioblastoma was the most frequent, with 32 diagnoses, where 81% of all cases
are glial tumors. Only 29% of patients are still alive so far and the survival time was
only 1 month to 24% of deceased patients after diagnosis. In the total of diagnoses
examined only 30 patients underwent surgery, 18 had radiotherapy and 13 were
proposed to chemotherapy.
Headache, hemiparesis, seizures, confusion, weakness, fever, aphasia, facial
paralysis, prostration, disorientation and vomiting were the most observed symptoms