Dissertação de mest., Promoção e Mediação da Leitura, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Univ. do Algarve, 2013A Internet mudou a vida contemporânea, seja por nos incluir no seu mundo seja por nos excluir por falta de ferramentas ou conhecimentos para a utilizarmos. Em todo o caso, a Internet conquistou um lugar quase central na maioria das nossas vidas pela informação e serviços que disponibiliza. Para que o indivíduo possa participar na sociedade da informação e do conhecimento globalizante, será necessário que domine um conjunto de saberes, ou literacias, que lhe permitam agir de forma capaz, eficaz, consciente e crítica.
Na educação do indivíduo para a aquisição das diferentes literacias, a ação da escola, da Biblioteca Escolar e do Professor Bibliotecário tornam-se fundamentais. Neste processo de aquisição e aprendizagem, a BE, através das ferramentas da web 2.0, pode capacitar o indivíduo com informação e levá-lo à construção do conhecimento. Assume-se assim que o utilizador é o centro de toda a ação da BE. Será pois também através da escola e da BE que a aprendizagem do indivíduo será construída de forma significativa.
O presente trabalho tem como objetivo perceber qual o contexto atual das BE na zona do litoral alentejano e grande parte do Sotavento algarvio; que mudanças se estão a operar na BE; qual o papel e funções do PB nesta (r)evolução; de que ferramentas o PB dispõe para os atuais utilizadores, qual o ponto de evolução dos nativos digitais, e a sua interação com a BE, na procura de informação e construção de conhecimento. Considerou- -se que o trabalho com as novas tecnologias na BE ainda está numa fase dita embrionária, devido a fatores financeiros e humanos que a impedem de se tornar mais móvel, digital e acessível de forma remota. Acresce a isto um nativo digital ainda numa fase infantil, que domina a tecnologia sobretudo ainda do ponto de vista lúdico. No entanto, existe investimento dos PB para ir ao encontro dos utilizadores, torná-los mais proativos e centrar neles os serviços da BE. Aqueles tornam-se, assim, agentes parceiros na gestão da BE e animação da coleção (física e remota)