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Doença de Wilson e o metabolismo do cobre

Abstract

Dissertação de mest., Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Univ. do Algarve, 2012A doença de Wilson é uma desordem genética rara que afeta o metabolismo do cobre. Esta doença é caracterizada pela acumulação de cobre no organismo e é causada por mutações no gene ATP7B que codifica uma Cu2+-ATPase, uma proteína transportadora de cobre, localizada no complexo de Golgi dos hepatócitos. Esta dissertação tem como objetivo analisar os sistemas envolvidos no metabolismo do cobre, bem como os mecanismos de ação dos fármacos usados na doença de Wilson, e sugerir possíveis novas abordagens terapêuticas para esta doença. No diagnóstico da doença de Wilson são analisados diversos parâmetros bioquímicos, nomeadamente: ceruloplasmina sérica, cobre sérico, excreção urinária de cobre e concentração hepática de cobre. É feita também a observação de anéis de Kayser – Fleischer e podem ser realizados estudos genéticos, de forma a complementar o diagnóstico que se torna muitas vezes difícil pois muitos sintomas e alterações nestes parâmetros podem estar associados a outras patologias. O metabolismo do cobre inclui canais de cobre, proteínas “chaperone”, proteínas que contêm cobre, Cu2+-ATPases e ainda proteínas que atuam como quelantes do metal. O mecanismo de transporte de Cu2+ associado à hidrólise de ATP pela Cu2+-ATPase, através de um mecanismo E1/E2, é semelhante ao da Ca2+-ATPase. Contudo estas ATPases apresentam algumas diferenças estruturais e funcionais. De cinco fármacos utilizados no tratamento da doença de Wilson, a maior parte (British Anti-lewisite, penicilamina, trientina e tetramolibdato) apresenta um mecanismo de ação através da terapia de quelação e apenas um, o zinco, atua intracelularmente aumentando proteínas quelantes de cobre, bloqueando assim os efeitos tóxicos deste

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