Dissertação de mest., Psicologia Clínica e da Saúde, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Univ. do Algarve, 2011Neste trabalho procuramos estudar como é que os adolescentes percepcionam a sua saúde e de que modo esta percepção está associada aos seus comportamentos de saúde e a características sócio-demográficas e familiares. Foram inquiridos 644 adolescentes da população escolar dos distritos de Faro e Setúbal. Para a avaliação das variáveis em estudo utilizámos a versão reduzida do questionário do estudo Health Behaviour School Children (HBSC) (Currie, Hurrelmann, Settertobulte, Smith & Todd, 2000), o KIDSCREEN-52 (The KIDSCREEN Group, 2004) e ainda um questionário de dados sócio-demográficos e familiares.
No global, os resultados apontam para relações significativas entre as variáveis em estudo e sugerem que, em particular, o consumo de substâncias e um historial de retenções académicas parecem estar associados a uma percepção mais negativa de saúde, enquanto os comportamentos promotores de saúde surgem associados a uma percepção positiva de saúde. De igual modo, foi encontrada uma associação estatisticamente significativa entre o consumo de substâncias e o tipo de estrutura familiar do adolescente e, com um início precoce de actividade sexual. Finalmente, destacamos a associação encontrada entre comportamentos de saúde, o género sexual e a fase de adolescência
