Essays on environmental economics and the political economy of inequality

Abstract

Tese (doutorado) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Economia, Programa de Pós-Graduação em Economia da Indústria e Tecnologia, 2018. Do natural disasters lead to electoral sanctions? -- Land inequality and deforestation in the Brazilian Amazon -- The threat of communism during Cold War: a constraint to income inequality / André Albuquerque Sant’Anna, Leonardo Weller. Bibliografia: p. 127-147This thesis presents essays on environmental economics and the political economy of inequality. As a common thread, the papers bring into light the discussion on inequality under different dimensions. The first essay - “Do natural disasters lead to electoral sanctions?” - considers the following questions: what happens to incumbent politicians when a natural disaster strikes? Does the electoral response is heterogeneous to the local provision of public goods? The departing point of this paper is to acknowledge that hydrological disasters - that is to say, disasters related to extreme rainfall - are not exogenous to the choices of the policy set. Public policies - for instance, removal of dwellings located at hillsides, sanitation, rivers‘ drainage - may affect the willingness to vote in the incumbent politician, despite its effects on natural disasters. Thus, in recognizing the possibility of endogeneity, this first essay makes use of estimation by instrumental variable, in order to obtain a consistent estimator of the effect of disasters on electoral performance. The main results show that voters, in response to the occurrence of disasters, (i) appear less at the polls and (ii) vote less on the incumbent politician. The second essay - “Land inequality and deforestation in the Brazilian Amazon” - has been published in the Environment and Development Economics journal, in 2017. The paper investigates the relationship between land concentration and deforestation in the Brazilian Amazon. A conceptual framework is developed, which relates occupational choices under low access to land, as a consequence of land inequality, and the decision to clear land at the agricultural frontier. This model implies that land inequality affects deforestation positively. Based on data from municipalities with positive deforestation from 2002 to 2011, a model has been estimated to test this theoretical prediction. By making use of an instrumental variable, results show that there is statistical evidence to support the existence of a direct relationship between land inequality and deforestation. Results are stronger for the period 2002-2005. This might be due to command and control policies that have significantly increased the cost of clearing land since mid 2000s. The third essay - “The Threat of Communism during Cold War: a constraint to income inequality?” -, co-authored by Leonardo Weller, considers the following question: Did the threat of communism influence income distribution in developed capitalist economies during the Cold War? In order to test this hypothesis, this article addresses this question by testing whether income inequality in OECD countries is related to events linked to the spread of communism – revolutions, USSR invasions - around the world. We run a fixed effects panel for the 1950-1990 period, controlling for institutional and economic conditions and provide additional robustness tests. This paper provides a contribution to the recent literature on inequality, which stresses the importance of domestic institutions and the two World Wars but fails to address the role of the Cold War in keeping income inequality at low levels. We find a robust and negative relationship between top income shares and the distance to communist events. The results suggest that the spread of communism fostered deals between domestic elites and workers that redistributed the gains from capital in favour of labor.Esta tese apresenta três ensaios em economia do meio-ambiente e economia política da desigualdade. Como fio comum, os ensaios trazem a temática da desigualdade, em distintas dimensões - bens públicos, terra, renda, por exemplo. O primeiro ensaio - “Do natural disasters lead to electoral sanctions?” - aborda as seguintes questões: o que acontece com políticos incumbentes quando ocorre um desastre natural? A resposta eleitoral é heterogênea à provisão local de bens públicos? O ponto de partida deste artigo é o reconhecimento que desastres de natureza hidrológica - isto é, desastres relacionados a precipitação extrema - não são exógenos ao conjunto de políticas públicas escolhido. Políticas como, por exemplo, remoção de moradias em encostas, saneamento básico, drenagem de rios, podem afetar a disposição a votar no político incumbente, a despeito de seus efeitos sobre a ocorrência de desastres naturais. Desse modo, ao reconhecer a possibilidade de endogeneidade, o artigo também faz uso de estimação por variável instrumental, de modo a obter um estimador consistente do efeito de desastres sobre desempenho eleitoral. Os principais resultados encontrados mostram que os eleitores, em resposta à ocorrência de desastres, (i) comparecem menos às urnas e (ii) votam menos no político incumbente. O segundo ensaio - “Land inequality and deforestation in the Brazilian Amazon” - foi publicado em 2017, na revista científica Environment and Development Economics. O artigo investiga a relação entre distribuição de terra e desmatamento na Amazônia Brasileira. Para tal, um arcabouço conceitual é desenvolvido, onde o baixo acesso a terra decorrente da concentração fundiária condiciona as escolhas ocupacionais. Nesse cenário, há um incentivo à decisão de desmatar na fronteira agrícola. Baseado em dados municipais com desmatamento positivo entre 2002 e 2011, a fim de contornar possíveis problemas de endogeneidade, estimou-se um modelo com variáveis instrumentais. Os resultados apontam para a evidência estatística de que há uma relação positiva entre desigualdade de terra e desmatamento. Os resultados são mais fortes para o período 2002-2005. Tal fato pode estar relacionado às políticas de comando e controle que aumentaram significativamente o custo de desmatar a partir de meados da década de 2000. O terceiro ensaio - “The Threat of Communism during Cold War: a constraint to income inequality?” -, em co-autoria com Leonardo Weller, trata da seguinte questão: a ameaça comunista representou uma força capaz de manter a desigualdade em níveis baixos nos países desenvolvidos, durante a Guerra Fria? Para testar essa hipótese, foi criada uma variável que mede a intensidade da ameaça comunista, a partir da distância geográfica de eventos relacionados à propagação do comunismo - revoluções, invasões da União Soviética. A estimação se deu por um modelo de painel com efeitos fixos para o período 1950-1990. O artigo fornece uma contribuição para a literatura recente sobre desigualdade, que salienta a importância de instituições domésticas e mesmo das duas Guerras Mundiais, mas não trata do papel da Guerra Fria na manutenção da desigualdade em níveis relativamente baixos. Os resultados apontam para uma relação robusta e negativa entre desigualdade e a proximidade de eventos comunistas. Esses resultados sugerem que o temor de propagação do comunismo promoveu acordos entre elites e trabalhadores, de modo a manter a desigualdade em níveis historicamente baixos

    Similar works