O crescimento da economia brasileira 2018-2023

Abstract

Inclui Apêndice 1 – Tabela projeções 2018 a 2023 (p. 58) e Apêndice 2 – Crescimento do PIB potencial (p. 59) / Bibliografia: p. 55-57 / 1. Introdução -- 2. Desempenho recente da economia brasileira -- 2.1 O crescimento 2003-2008 -- 2.2 O crescimento 2009-2014 -- 2.3 A recessão de 2015 e 2016 -- 2.4 A recuperação de 2017 -- 3. As reformas de 2016-2017 -- 3.1 Reformas fiscais -- 3.2 Reformas monetárias e creditícias -- 3.3 Agenda de reformas para o aumento da produtividade -- 4. Os gargalos estruturais -- 4.1 Abertura comercial -- 4.2 Estrutura tributária -- 4.3 Ambiente de negócios -- 4.4 Qualidade da infraestrutura -- 4.5 Capital humano -- 5. O desafio fiscal -- 6. A questão previdenciária -- 7. A dinâmica do produto potencial -- 7.1 Comportamento recente (hiato) -- 8. Crescimento 2018 a 2023: hipóteses -- 8.1 Crescimento da força de trabalho -- 8.2 Crescimento do estoque de capital -- 8.3 Crescimento da PTF -- 8.4 Hipóteses adicionais: PIB e investimentos efetivos e hiato inicial -- 8.5 Mercado de trabalho -- 9. Cenários para a economia brasileira: 2018-2023 -- 10. Consideração sobre as taxas de juros do BNDES no cenário 2018-2023 -- 11. Considerações finais -- Referências -- Sites e bancos de dados -- Apêndice 1 – Tabela projeções 2018 a 2023 -- Apêndice 2 – Crescimento do PIB potencialEste documento apresenta uma trajetória para a evolução do produto interno bruto (PIB) na forma de um exercício de consistência que considera a existência, na economia brasileira, de um hiato inicial do produto que iria se fechando progressivamente ao longo do horizonte de referência adotado, até o ano de 2023. A dinâmica do crescimento, em que pese a intensidade da queda observada do PIB no biênio 2015-2016, será afetada pela queda muito mais intensa do investimento nesse mesmo período, que, com a redução adicional observada em 2017, alcançou -27% no acumulado de quatro anos: 2014-2017. Consequentemente, o crescimento do produto potencial previsto para 2018 é de apenas 1,7%. Assim sendo, mesmo com um hiato inicial representando um grau de ociosidade de 4,5% em 2017, o maior crescimento do PIB, com uma taxa inicial prevista em 2,5% para 2018, provocaria um encolhimento gradual do hiato do produto ao longo de seis anos. Considera-se que a formação bruta de capital fixo (FBCF) teria um crescimento de 6% em 2018 e de 7% ao ano nos cinco anos posteriores, de modo que a taxa de investimento em 2023 alcançaria 19,5% do PIB. Isso posto, considera-se um crescimento do PIB compatível com a vigência de um hiato do produto que seja, por hipótese, eliminado até 2023, o que corresponde a um crescimento do PIB a taxas gradualmente crescentes, até alcançar 3,4% em 2023. O cenário adotado contempla um crescimento médio anual, na média dos seis anos entre 2018 e 2023, de 4,3% das exportações reais nas contas nacionais, de 5,7% das importações e de 0,8% do consumo do governo, no contexto de vigência de uma forte restrição fiscal. No cenário adotado, o consumo das famílias, nos seis anos compreendidos entre 2018 e 2023, poderia ter uma expansão real média de 2,8% ao ano. Pode-se concluir que, no período considerado, os números apresentados sugerem que a economia brasileira encontra-se em condições de crescer a um ritmo da ordem de 2,5% a 3,0% sem o surgimento de maiores pressões inflacionárias. Alternativamente, o texto apresenta um cenário com trajetória diferente para o PIB. Nele, o crescimento é inicialmente maior, seguindo as expectativas do Boletim Focus, mas depois cede ligeiramente. Ao fim do período contemplado, o hiato não se fecha completamente. Assume-se que essa realidade, a qual pressupõe a continuidade do programa de reformas, com maior abertura da economia, obediência ao teto de gastos e realização de uma reforma da Previdência Social em 2019, seria consistente com a observação de novas quedas das taxas de juros reais longas da economia brasileira, com as taxas de cinco anos – que foram em média de 5,8% reais durante 2016-2017 – podendo cair até 3% em 2023, e as taxas reais de 25 anos podendo chegar a 3,5% no fim de 2023. Nesse caso, a demanda por recursos do BNDES seria prejudicada por uma ligeira elevação do componente real da Taxa de Longo Prazo (TLP), uma vez que se aproximasse paulatinamente das taxas de mercado. Contudo, o fator que predominaria na dinâmica da demanda por recursos da instituição seria o incremento do investimento, que acumularia um crescimento de 40% nos próximos cinco anos

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