Prevalence of post-thrombotic syndrome of the lower limbs in patients with deep venous thrombosis treated with rivaroxaban or warfarin

Abstract

Orientador: Joyce Maria Annichino BizzacchiTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: A síndrome pós-trombótica (SPT) é uma complicação presente em 20% 50% dos pacientes com antecedente de trombose venosa profunda (TVP) de membros inferiores, e está associada a um risco aumentado de recorrência de TVP, baixa qualidade de vida e custo significativo para a Saúde Pública. Os anticoagulantes orais diretos (DOACs) demostraram ser tão eficazes e mais seguros que a varfarina para o tratamento da TVP. Estudos mostraram que a rivaroxabana, um DOAC inibidor do fator X ativado (FXa), diminui a prevalência de SPT em comparação à varfarina. O objetivo deste estudo foi comparar a prevalência de SPT pela escala de Villalta, em pacientes com antecedente de TVP proximal de membros inferiores tratados com rivaroxabana ou varfarina. Como é descrita a associação entre inflamação, hipercoagulabilidade, presença de trombo venoso residual (TVR) e SPT, foram avaliados a presença de TVR e sua ecogenicidade (grayscale median; GSM), e os níveis dos marcadores interleucina (IL) 6, IL 8, fator de necrose tumoral ? (TNF ?), Dímero D, e metaloproteases (MMP) 9 e 10. Entre 2013-2019 foram incluídos 129 pacientes (71 tratados com rivaroxabana/58 com varfarina), selecionados do Hemocentro de Campinas (UNICAMP) e de 2 clínicas privadas em Campinas e Sorocaba, São Paulo. O período médio de tratamento dos pacientes foi de 6 meses com rivaroxabana e de 7 meses com varfarina. A escala de Villalta foi realizada 15 (10 24) e 61 (34-86,5) meses após a TVP, e a avaliação do TVR em 38,9 (24,6-55) e 66,7 (44,4-95,7) meses após o evento, nos grupos rivaroxabana e varfarina, respectivamente. A duração média dos sintomas da TVP antes do tratamento foi de 7 dias em ambos os grupos. A prevalência da SPT foi significativamente menor no grupo rivaroxabana em relação ao grupo varfarina (50,7% versus 69,0%; P=0,018). O risco relativo de SPT foi 76,0% menor com o uso da rivaroxabana comparado à varfarina (OR=0,24). Até 72 meses do início do estudo, os resultados de 93 ultrassons revelaram a presença de TVR em 42 pacientes [11 (24,4%) para rivaroxabana e 31 (64,6%) para varfarina (P<0,0001)]. Contudo, o TVR não foi considerado um mediador entre o tratamento e a SPT [odds ratio (OR)=0,14; intervalo de confiança (IC) de 95%: 0,1 1,0; P=0,051]. Após 80 meses do início do estudo (n=110 ultrassons), a prevalência de TVR se manteve diminuída nos pacientes tratados com rivaroxabana (29,3%) em comparação à varfarina (63,5%). A análise do TVR pelo GSM mostrou que a mediana foi menor nos pacientes tratados com varfarina (29), em comparação aos pacientes tratados com rivaroxabana (39), mas não significativa (P=0,145). O valor de corte de 25 para trombos hipoecóicos e hiperecóicos mostrou maior risco de trombo hipoecóico no grupo varfarina (OR=19; IC 95%: 2,2-164,1; P=0,0097). A análise dos marcadores não mostrou influência sobre a SPT, TVR e GSM. Nossos resultados indicam que o tratamento com a rivaroxabana esteve associado a menor prevalência de SPT e TVR em comparação à varfarina. Apesar da menor presença de TVR, este não se comportou como um mediador da SPT pelo tipo de tratamento; entretanto, outros impactos na evolução clínica não são descartadosAbstract: Post-thrombotic syndrome (PTS) is a complication present in approximately 20%-50% of patients with a history of lower extremity deep vein thrombosis (DVT), and it is associated with an increased risk of DVT recurrence, low quality of life and significant cost to Public Health. Direct oral anticoagulants (DOACs) have been shown to be as effective and safer than warfarin for the treatment of DVT. Studies have shown that rivaroxaban, a DOAC inhibitor of activated factor X (FXa), decreases the prevalence of PTS compared to warfarin. The objective of this study was to compare the prevalence of PTS using Villalta scale in patients with a history of proximal DVT of the lower limbs treated with rivaroxaban or warfarin. As the association between inflammation, hypercoagulability, presence of residual venous thrombus (RVT) and PTS is described, the presence of RVT and its echogenicity (grayscale median; GSM), and the biomarkers interleukin (IL)-6, IL-8, tumor necrosis factor ? (TNF-?), D-Dimer, and metalloproteases (MMP)-9 and 10, were evaluated. From 2013-2019, 129 patients (71 treated with rivaroxaban and 58 with warfarin) were included, and selected from the Hemocentro de Campinas (UNICAMP) and from 2 private clinics at Campinas and Sorocaba, São Paulo. The patients' treatment period was 6 months with rivaroxaban and 7 months with warfarin. The Villalta scale was performed 15 (10-24) and 61 (34 86.5) months after the DVT, and RVT assessment was performed 38.9 (24.6 55) and 66.7 (44.4-95.7) months after the event in patients treated with rivaroxaban and warfarin, respectively. The average duration of DVT symptoms before anticoagulation was 7 days in both groups. The prevalence of PTS was significantly lower in the rivaroxaban group compared to warfarin (50.7% versus 69.0%; P=0.018). The relative risk of PTS was 76.0% lower with the use of rivaroxaban compared to treatment with warfarin (OR=0.24). Up to 72 months from the beginning of the study, the results of 93 ultrasounds revealed the presence of RVT in 42 patients [11 (24.4%) for rivaroxaban and 31 (64.6%) for warfarin (P<0.0001)]. However, RVT was not considered a mediator between the type of treatment and PTS [odds ratio (OR)=0.14; 95% confidence interval (CI): 0.1-1.0; P=0.051]. Eighty months after the beginning of the study (n=110 ultrasounds), the prevalence of RVT remained reduced in patients treated with rivaroxaban (29.3%), compared to warfarin (63.5%). The analysis of RVT by GSM showed that the median was lower in patients treated with warfarin (29), compared to patients treated with rivaroxaban (39), but not significantly (P=0.145). The cutoff value of 25 for hypoechoic and hyperechoic thrombus showed a higher risk of hypoechoic thrombus in the warfarin group (OR=19; 95% CI: 2.2 164.1; P=0.0097). The analysis of the biomarkers did not show any influence on PTS, RVT and GSM. Our results indicate that treatment with rivaroxaban was associated with a lower prevalence of PTS compared to treatment with warfarin. Despite the lower presence of RVT, it did not behave as a mediator of the occurrence of PTS by type of treatment; however, other impacts on clinical evolution are not ruled outDoutoradoFisiopatologia MédicaDoutora em Ciências2016/14172-6FAPES

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