Concepções femininas acerca da docência masculina em educação infantil

Abstract

O presente trabalho teve como objetivo analisar quais as perspectivas femininas acerca da docência masculina em Educação Infantil, o estudo baseia-se no relato de diversas professoras dessa etapa educacional que tiveram a oportunidade de compartilhar à docência com professores. Busquei na pesquisa aqui apresentada, perceber como as mulheres, a quem historicamente é atribuída à docência em Educação Infantil, analisam à docência masculina. A partir dessas experiências práticas, procuro entender quais poderiam ser as contribuições que esses homens podem trazer para esse campo educacional, como tem sido a convivência entre homens e mulheres nesse espaço compartilhado de docência, quais as opiniões e impressões das mulheres acerca da inserção masculina nessa modalidade educacional. Para realização do trabalho optei por uma pesquisa de cunho qualitativo, em uma abordagem teórico empírica, o que inclui a utilização de conteúdos bibliográficos aliados a uma pesquisa de campo. A opção pela pesquisa qualitativa se dá pela sua capacidade de responder a questões muito particulares, trabalhando com o universo dos significados, crenças, valores e atitudes, afastando-se da simples operacionalização de variáveis (MINAYO, 2002). Como meio de obtenção dos dados primários optei por entrevistas semi-estruturadas, por “ser um ótimo instrumento para pesquisas que busquem conhecer com maior detalhe opiniões e posicionamentos das pessoas” (LUDORF, 1994, p. 91). No aporte teórico para a produção escrita, autores como Louro (1997), Bourdieu (2002), Carvalho (2012), Scott (1995) e Jesus (2015) auxiliam na apresentação e conceituação de questões relativas a gênero e sexualidade. Nas discussões relativas à educação infantil, destacamos Oliveira (2011), Cerisara (1999), além de diversos documentos oficiais como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (9394/96) e os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (RCNEI). Ao analisarmos a relação entre homens e a Educação Infantil utilizamos diversos estudos, como os realizados por Sayão (2005), Vianna (2001), Carvalho (1998) e Saparolli (1997). Ao discorrer sobre os aspectos metodológicos da pesquisa me amparei em Ludorf (2004) e Costa e Costa (2012). Para a análise dos dados obtidos através das entrevistas, procurei tecer uma articulação dos mesmos com os referencias teóricos já citados, além de Ramos (2011), Cordeiro (2007) e Badinter (1985)

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