Cargnin, Lara Peruzzolo

Muneretto, Camila Silva

Silva, Daiandy da

Vaz, Laura Rolim

Zortéa, Vanelise

Portuguese

Lume 5.8

38ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALGREE                                                                               Clin Biomed Res 2018; 38 (Supl.) 187  pessoas, verificamos que alguns pontos não apareceram na fala das pessoas: exercícios físicos e as complicações do diabetes. A maneira como as pessoas preferem receber as informações sobre sua saúde também foram assuntos tratados e verificou-se que as pessoas preferem as informações aos poucos e com demonstrações práticas. Conclusões: Podemos concluir que para traçar um processo de cuidado centrado na pessoa com diabetes, os pontos priorizados pelos participantes devem nortear o cuidado, ou seja, todos os profissionais de saúde devem levar em considerações em primeiro lugar as necessidades da pessoa, sendo que para a maioria dos participantes a alimentação foi o ponto crucial de importância para a pessoa que convive com diabetes. Levando em consideração os pontos considerados importantes para a pessoa e adotando uma abordagem centrada na pessoa, deve aumentar a adesão ao tratamento. Unitermos: Diabetes; Cuidado centrado na pessoa; Percepção.   P1878 Efeito da nandrolona e Lepidium meyenii em ratos submetidos a treinamento de força Verônica Fantin Terra, Jorge Leandro Rodrigues da Silva, Simone Ferrão, Amanda Stolzenberg Blembeel, Letícia Roxo, Jussiene Justo, Valesca Veiga Cardoso, Marcello Mascarenhas - IPA  Introdução: O treinamento de força faz parte do cotidiano dos indivíduos e é reconhecido como uma prática benéfica. No entanto, os praticantes vêm interligando o treinamento com esteroides anabólicos androgênicos, como o decanoato de nandrolona que possui como finalidade estimular o desenvolvimento muscular. Além disso, substâncias como a Lipedium meyenii (MACA) também estão sendo associados aos EAA, a fim de agir na aceleração deste desenvolvimento. Porém, estas substâncias podem promover alterações metabólicas no organismo. Objetivo: avaliar o ácido úrico, ureia e creatinina em soro dos ratos após exposição crônica à treinamento resistido, decanoato de nandrolona e extrato aquoso de MACA. Metodologia: Ensaio experimental (CEUA 04/2014) com 54 ratos adultos (± 250g), em nove grupos: sedentário ou Sham (GSe), sem treino e tratado com óleo mineral IM e salina 0,9% (GOS), treinado e tratado com óleo mineral IM e salina 0,9% (GOST), treinado e tratado com óleo mineral IM e MACA (GOTM), sem treino e tratado com óleo mineral IM e MACA (GOM), treinado e tratado com decanoato de nandrolona IM e salina 0,9% (GTDNS), sem treino e tratado com decanoato de nandrolona IM e salina 0,9% (GDNS), treinado e tratado com decanoato de nandrolona IM e MACA (GTDNM) e sem treino e tratado com decanoato de nandrolona IM e MACA (GDNM). O treinamento teve duração de 5 semanas, 3 vezes por semana. O decanoato de nandrolona IM na dose de 18mg/kg/semana e Lepidium meyenii na dose de 450 mg/kg/semana foram administrados por gavagem. Ao término da última semana os ratos foram submetidos a jejum de 6 horas para realização da eutanásia por decapitação. O sangue troncular foi utilizado para dosagens bioquímicas através de método enzimático “colorimétrico” e cinético. Para análise estatística aplicou-se o teste de análise de variância e pós-teste de Tukey. Resultado: não apresentaram diferenças para creatinina e ureia, porém o ácido úrico teve resultado significativo (P <0,05), sendo o GDNM (2,46±0,26mg/dL) apresentou diminuição do referido marcador em comparação aos grupos GOS (3,95±0,24mg/dL) e GOST (2,91±0,33mg/dL). Desta forma, não foi evidenciado alteração na função renal, quanto creatinina e ureia, nos animais submetidos às exposições crônicas descritas. Conclusão: É importante o achado com ácido úrico elevado, decorrente a uma elevada ingestão protéica, por um aumento na produção endógena. Unitermos: Treinamento resistido; Nandrolona; Lepidium meyenii.  P1895 Atividade Leishmanicida de seleno-indóis in vitro Matheus Brasil da Silva, Fernanda G. Baldissera, Antônio L. Braga, Gustavo P. Silveira, Rômulo F. S. Canto, Luiz C. Rodrigues Júnior, Alessandra Peres, Pedro R. T. Romão - UFCSPA  Protozoários do gênero Leishmania são os agentes etiológicos causadores da leishmaniose. A leishmaniose é uma doença negligenciada que atinge 98 países, sendo endêmica no Brasil. Nos últimos anos, houve aumento do número de casos de leishmaniose canina e humana na região Sul do Brasil. No Rio Grande do Sul, tem sido diagnosticado casos de infecção canina, humana e mortes por leishmaniose visceral. O arsenal terapêutico disponível para tratamento é limitado a apresenta problemas como eficácia variável, elevada toxicidade e resistência. Compostos organoselenio são compostos orgânicos contendo um grupo funcional dotado de átomo de selênio em sua estrutura molecular, possuindo atividade leishmanicida já descrita na literatura. O presente estudo avaliou a ação de novos seleno-indóis, selenocianatos e disselenetos, sobre formas promastigotas de L. amazonensis e sua citotoxicidade em hemácias humanas. Selenocianatos foram preparados através da reação entre indóis e triselênio dicianato (TSD) e seus respectivos disselenetos foram obtidos através de desproteção do átomo de selênio e oxidação pelo ar atmosférico. Para triagem da possível atividade leishmanicida, formas promastigotas do parasito L. amazonensis foram incubadas in vitro com 13 compostos na concentração de 100 μM, e a viabilidade do parasito determinada usando ensaio de MTT. Os compostos que apresentaram atividade foram reavaliados em concentrações de 1 a 100 μM. A ação dos compostos sobre o crescimento das formas promastigotas também foi avaliada através de contagem em câmara de Neubauer de parasitos viáveis. A citotoxicidade dos compostos com ação leishmanicida foi avaliada através do ensaio de hemólise em hemácias humanas.  Os protocolos utilizados neste estudo receberam aprovação da CEUA (processo 505/17) e CEP (CAAE 63282416.6.0000.5345) da UFCSPA. Entre as moléculas avaliadas, cinco destacaram-se como potenciais agentes leishmanicidas, com valores de IC50 que variaram de 20,70 a 58,73 μM. As moléculas denominadas QMCSe4, QMCSe6 e QMCSe8 inibiram diretamente o crescimento in vitro de formas promastigotas de L. amazonensis. Além disso, baixa atividade hemolítica foi constatada para concentrações de até 100 μM. Após análises dos dados, as moléculas testadas mostram-se candidatos para o prosseguimento do estudo de investigação do mecanismo de ação anti-Leishmania, bem como a identificação da citotoxidade sobre macrófagos, células responsáveis por fagocitar e matar formas amastigotas intracelulares. Unitermos: Leishmaniose; Seleno-indóis; L. Amazonensis.   P1920 Validação dos medicamentos próprios prescritos no centro de tratamento intensivo de um hospital universitário do sul do Brasil Vanelise Zortea, Daiandy da Silva, Lara Peruzzolo Cargnin, Laura Rolim Vaz, Camila Muneretto - HCPA  Introdução: Medicamento próprio do paciente é a denominação utilizada, quando o paciente faz uso na internação de um medicamento que trouxe do domicílio. Estes são prescritos para evitar a interrupção de tratamentos quando o medicamento não é padronizado no hospital ou para evitar o desperdício de medicamentos no sistema de saúde, como quando o medicamento é fornecido através de algum componente do bloco de financiamento da Assistência Farmacêutica (AF): básico, especializado ou estratégico. Segundo a Joint Commission, antes do uso de um medicamento próprio deve ser realizada a validação, ou seja, 38ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALGREE                                                                               Clin Biomed Res 2018; 38 (Supl.) 188  realizada identificação e avaliação da integridade do medicamento. Objetivo: Verificar a frequência de medicamentos próprios validados por farmacêutico no centro de tratamento intensivo (CTI) e classificar os mesmos conforme componente de AF. Método: Estudo transversal, que incluiu pacientes internados na CTI com prescrição de medicamento próprio. Os dados foram obtidos a partir de um banco de dados pertencente à Seção de Farmácia Clínica do Serviço de Farmácia no período de janeiro de 2017 a maio de 2018. Foi verificada a frequência de pacientes com medicamentos próprios prescritos, percentual validado pelo farmacêutico e de medicamentos vencidos. Os medicamentos foram classificados conforme componente de AF. Resultado: Foram prescritos para 135 pacientes 246 medicamentos próprios, destes 84,1% foram validados pelo farmacêutico e 0,8% estavam vencidos. Dos medicamentos próprios 54,9% faz parte de algum componente especializado de AF. Medicamentos do componente estratégico e especializado apresentaram frequência de 23,2% e 22,4% respectivamente, seguido pelo componente básico 9,3%. Entre os 71 fármacos que não pertencem a nenhum componente, os prescritos com maior frequência foram: escitalopram (9,1%), brometo de tiotrópio (8,2%), rivaroxabana (5,5%) e rosuvastatina (4,5%). Conclusão: O uso de medicamentos próprios racionaliza os gastos no sistema de saúde, visto que 54,9% dos medicamentos utilizados na CTI já são financiados por algum componente da AF. Entre os fármacos que não fazem parte de componentes, dois estão sendo avaliados para inclusão na lista de padronizados da instituição. A validação farmacêutica dos medicamentos próprios é uma rotina que auxilia na segurança do uso destes na internação, garantindo que o medicamento está em condições de uso, além de ser uma oportunidade de reavaliar a prescrição, evitando possíveis erros de medicação. Unitermos: Hospitais universitários; Uso de medicamentos.   P1951 Efeito do pantoprazol na proliferação de carcinoma de células escamosas de esôfago Julia Brandt de Souza, Fernando Diz, Mathias André Kunde, Angélica Regina Capellari, Fernanda Bueno Morrone - PUCRS  O reposicionamento de fármacos, cujo principal objetivo é utilizar fármacos existentes para o tratamento de novas doenças, é uma abordagem farmacológica que garante uma redução no custo e no tempo da pesquisa, visto que os testes toxicológicos e farmacológicos já foram realizados. Nesse contexto, surge a necessidade de novas medidas para o tratamento de câncer, por exemplo, o câncer de esôfago, oitavo câncer mais comum do mundo. O câncer de esôfago é uma neoplasia do sistema digestório com maior prevalência em homens. No Brasil, há uma alta incidência dessa patologia na região Sul, que pode estar associada à ingestão de bebidas quentes, como o chimarrão, além do tabagismo e etilismo. O principal tratamento empregado é a ressecção cirúrgica seguida ou não de quimio e radioterapia. Pesquisadores têm demonstrado que fármacos inibidores da bomba de prótons, utilizados tratar a doença do refluxo gastresofágico, podem ser utilizados no tratamento de tumores. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar a ação do pantoprazol na proliferação de carcinoma de células escamosas de esôfago. Para tanto, utilizou-se a linhagem KYSE450 cultivada em meio RPMI suplementado com 10% de soro fetal bovino e mantida em condições ideais de cultivo. As células foram tratadas com diferentes concentrações de pantoprazol (de 50 a 300 µM) e avaliou-se a viabilidade celular através do ensaio de MTT e a contagem do número de células pelo método de exclusão com Tripan Blue, ambos os ensaios nos tempos de 24 e 48h. Após, foram selecionadas as doses de 50 a 200 µM, para a realização do ensaio clonogênico, por 10 dias, que mostrou uma diminuição significativa do número de colônias. Ainda, é possível observar uma diminuição da viabilidade nas concentrações de 100, 150, 200, 250 e 300 µM (93.62±1.62%; 90.66±1.62%; 87.7±0.85%; 82.54±0.6%; 76.39±1.7%, respectivamente) em 24h. Em 48h, houve redução nas concentrações de 200, 250 e 300 µM (57.60±13.18%; 53.39±9.9%;51.44±8.7%, respectivamente). Por fim, houve redução na proliferação celular nas doses de 200, 250 e 300 µM (59.24±7.72%; 53.21±2.56%; 51.44±8.03%, respectivamente) em 24h. O tratamento de 48h foi significativo nas concentrações de 50, 100, 150, 200, 250 e 300 µM (74.45±4.3%; 48.8±4.93%; 28.5±3.65%; 12.77±2.0%; 16.62±1.42%; 13.67±1.14%, respectivamente). Dessa forma, é possível concluir que o pantoprazol pode auxiliar na redução da proliferação celular do carcinoma de células escamosas de esôfago. Unitermos: Farmacologia; Pantoprazol; Câncer de esôfago.   P2009 Orientação farmacêutica de alta hospitalar para paciente e cuidador com polifarmácia em uma unidade de internação pediátrica: relato de caso Katherine Krieser, Samantha Zamberlan - HCPA  Introdução: A Atenção Farmacêutica tem a função de promover a farmacoterapia planejada para encontrar os resultados definitivos que melhorem a qualidade de vida do paciente. A conciliação medicamentosa de alta hospitalar permite a revisão da prescrição do paciente, para a discussão e resolução de divergências com a principal intenção de evitar erros de medicação, promovendo a capacitação do paciente para continuar o tratamento em domicílio. A orientação farmacêutica contribui para melhorar a adesão do paciente ao tratamento medicamentoso. Objetivo: Mostrar a importância da conciliação medicamentosa realizada pelo farmacêutico na alta hospitalar e a relevância da orientação para o paciente pediátrico. Metodologia: Relato de caso em uma unidade de internação pediátrica de um hospital universitário. Realizou-se avaliação da prescrição médica de internação e receitas médicas de alta de um paciente pediátrico, sexo masculino, 10 anos, diagnóstico de tubulopatia renal a esclarecer com distúrbio hidroeletrolítico refratário, epilepsia e atraso do desenvolvimento neuropsicomotor. Na alta, as informações sobre a administração dos medicamentos foram fornecidas ao cuidador utilizando metodologia lúdica. Resultados: Realizado contato com a equipe assistente para sugerir ajuste de dose, posologia e aprazamento dos medicamentos. Com estas ações foi possível reduzir a frequência de administração dos medicamentos de 16 horários aprazados para 6 horários. Realizou-se orientação para aquisição dos medicamentos via componente básico da assistência farmacêutica, farmácia magistral e possibilidade de judicialização dos medicamentos cujas linhas de cuidado não são contempladas pelos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde. Fornecido folha de orientações com horários de administração e doses dos medicamentos e entregue seringas dosadoras previamente marcadas com cores. Reforçou-se a importância da aderência ao tratamento utilizando adesão por meio de sistemas de lembretes. Conclusão: Com a internação hospitalar, mudanças significativas foram realizadas na farmacoterapia do paciente: acréscimo de medicamentos, substituição da terapia e suspensão dos medicamentos de uso prévio. A conciliação medicamentosa de alta e a orientação farmacêutica são ações que ajudam na prevenção de problemas relacionados a medicamentos e promovem maior segurança para o paciente. Unitermos: Conciliação medicamentosa; Orientação farmacêutica; Pediatria.     

Validação dos medicamentos próprios prescritos no centro de tratamento intensivo de um hospital universitário do sul do Brasil

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