Anziliero, Franciele

Dalmora, Camila Hubner

Ferreira, Stephani Amanda Lukasewicz

Kuchenbecker, Ricardo de Souza

Ziegelmann, Patricia Klarmann

Portuguese

Lume 5.8

38ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALGREE                                                                               Clin Biomed Res 2018; 38 (Supl.) 180  de um; e (2) presença de dois ou mais problemas do sono. As variáveis de exposições foram: idade, cor da pele, estado civil, escolaridade, classe econômica, ocupação, tabagismo e consumo de álcool. Realizou-se teste de Qui-Quadrado para verificar a associação entre as exposições e o desfecho. As análises dos dados foram realizadas no programa Stata versão 13.0. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNISINOS sob parecer de número 650.443.  Resultados: foram avaliadas 1.128 mulheres com média de idade de 43,4 (±13,4) anos. A prevalência da ocorrência de dois ou mais problemas do sono na amostra foi 44,9% (IC95%: 42,0-47,8). Verificou-se aumento da prevalência conforme o aumento da idade, atingindo 59,3% na faixa dos 60-69 anos. Também houve aumento da prevalência conforme menor a escolaridade e a classe econômica. 55,2% e 54,8% das mulheres com 0 a 4 anos de estudo e da classe econômica D+E apresentaram dois ou mais problemas do sono. Além disso, observou-se maior prevalência em mulheres divorciadas (56,0%), que não trabalhavam (52,0%) e que não consumiam álcool (51,3%). Não se verificou associação significativa com as variáveis cor de pele e tabagismo. Conclusão: Verificou-se elevada prevalência de problemas do sono nesta amostra. Além disso, há uma grande disparidade na ocorrência dos mesmos. É importante que os profissionais de saúde identifiquem os problemas do sono presentes na população afim de limitar os efeitos negativos provenientes dele. Unitermos: Sono; Mulheres; Problemas de sono.   P1582 Fatores preditores para o desenvolvimento de pneumonia hospitalar não associada à ventilação mecânica: metanálise Stephani Amanda Lukasewicz Ferreira, Ricardo de Souza Kuchenbecker, Camila Hubner Dalmora, Franciele Anziliero, Patrícia Klarmann Ziegelmann - UFRGS  Introdução: Pneumonia hospitalar não associada à ventilação mecânica (PNVM) é uma infecção importante associada a alta morbidade e mortalidade e que, por ser distinta da pneumonia de pacientes em ventilação mecânica, precisa ter seus fatores preditores estabelecidos. Objetivo: Identificar, quantificar e sumarizar a evidência existente na literatura sobre os fatores preditores para PNVM em pacientes adultos admitidos em unidades de cuidados não intensivos. Métodos: Busca sistemática da literatura foi realizada no PubMed, Embase, Scopus e LILACS. Estudos caso-controle e de coorte avaliando os fatores de risco para PNVM em pacientes adultos foram selecionados de acordo com critérios de inclusão pré-definidos. Metanálise foi realizada para os fatores de risco para os quais os dados estavam disponíveis em mais de um estudo. A ferramenta do National Institute of Health (NIH) para estudos de coorte e caso-controle foi aplicada para avaliar a qualidade metodológica dos estudos incluídos. Foi atribuída uma avaliação com classificação de qualidade boa, razoável ou ruim para cada estudo. Resultados: Foram encontrados 11.380 estudos, 35 dos quais atendiam aos critérios de inclusão e fizeram parte desta revisão sistemática. A revisão encontrou 269 fatores de risco distintos para o desenvolvimento de PNVM, sendo que 58 estavam presentes em mais de um estudo e foram incluídos na metanálise, resultando 33 significativamente associados à PNVM. A avaliação da qualidade realizada classificou 14 estudos  como ruins e 15 com qualidade razoável. Análise de sensibilidade foi realizada removendo os estudos classificados como ruins e 22 fatores de risco permaneceram significativamente associados à PNVM. Dos 22 fatores de risco associados ao desenvolvimento de PNVM, 11 foram considerados modificáveis: dificuldade de mobilidade total e parcial, uso de tubo nasogástrico, nutrição enteral, nutrição parenteral, disfagia, desnutrição, albumina <3 mg/dL, perda de peso >10% nos últimos seis meses, depressão do nível de consciência e uso de sedativos. Conclusão: Os resultados deste estudo mostram que a implementação de medidas que visem reduzir riscos associados a mobilidade dos pacientes, estado nutricional e alterações do nível de consciência podem reduzir a incidência de PNVM. Dada as implicações das PNVM aos pacientes hospitalizados o conhecimento acerca dos fatores preditores irão permitir uma melhor identificação dos pacientes em maior risco para esta complicação infecciosa. Unitermos: Controle de infecção; Pneumonia hospitalar; Fatores de risco.   P1637 Discriminação étnico-racial em população quilombola no município de São Lourenço do Sul/RS Camila Scheffel, Claídes Abegg - UFRGS  Introdução: O tratamento distinto por motivação racial é condição que afeta negativamente a saúde das populações. Revisões abrangentes da literatura sobre o assunto demonstram que a discriminação percebida está associada a piores desfechos em enfermidades crônicas, a condições adversas de saúde mental e a comportamentos deletérios à saúde como tabagismo e alcoolismo. Relaciona-se cada vez menos essas disparidades à etnia como fator independente. A discriminação étnico-racial percebida é um fator estressor que parece acelerar o envelhecimento celular, acarretando doença precoce e mortalidade. Objetivos: Este estudo teve por objetivo analisar a prevalência de discriminação étnico-racial percebida pelos adultos residentes em comunidades quilombolas de São Lourenço do Sul e os contextos cotidianos em que eles mais ocorrem, além de caracterizar essa população quanto aos seus principais agravos em saúde, estilos de vida, renda familiar, domicílio e escolaridade. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal realizado em São Lourenço do Sul no período de janeiro a agosto de 2017. Foi realizado um inquérito epidemiológico em uma amostra de 103 indivíduos com 18 anos ou mais e residentes em quilombos certificados do município. A avaliação da discriminação étnico-racial foi feita com a utilização da escala Experiences of Discrimination, a qual foi validada para aplicação na população brasileira por meio de um trabalho de base populacional em Salvador. Resultados: A prevalência de discriminação étnico-racial percebida foi de 59,2%. As frequências com que os entrevistados reportaram ter sofrido discriminação nos contextos cotidianos investigados variaram de 1,9% em estabelecimento bancário até 28,2% ao frequentar a escola. A população entrevistada caracteriza-se como sendo de baixo nível de escolaridade e de renda e no que diz respeito à saúde, a hipertensão arterial foi a doença mais prevalente, observando-se baixos índices de tabagismo e uso abusivo de álcool. Conclusões: A alta prevalência de discriminação racial percebida pelos quilombolas evidencia que o racismo está presente no cotidiano dessas populações podendo ser fator estressor relacionado a doenças tanto físicas quanto mentais. Destaca-se a necessidade de ações de combate à discriminação que sejam inclusivas as áreas rurais e especialmente direcionadas as crianças e jovens em idade escolar, como programas educacionais que valorizem a história dos quilombos. Unitermos: Racismo; Comunidades vulneráveis; Determinantes sociais da saúde.       

Fatores preditores para o desenvolvimento de pneumonia hospitalar não associada à ventilação mecânica: metanálise

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