Alemar, Bárbara

Artigalas, Osvaldo Alfonso Pinto

Bittar, Camila Matzenbacher

Ewald, Ingrid Petroni

Felicio, Paula Silva

Netto, Cristina

Palmero, Edenir Inêz

Prolla, Patrícia Ashton

Portuguese

Netto, Cristina Brinckmann Oliveira

Lume 5.8

38ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALGREE                                                                               Clin Biomed Res 2018; 38 (Supl.) 225  P2138 Caracterização clínica dos casos de glicogenose tipo IX atendidos em um centro de atenção terciária no sul do Brasil Bibiana Mello de Oliveira, Tatiéle Nalin, Lilia Farret Refosco, Carolina Fischinger Moura de Souza, Ida Vanessa Doederlein Schwartz - HCPA  Introdução: As glicogenoses tipo IX (GSD-IX) são causadas por mutações nos genes que codificam as subunidades da enzima fosforilase quinase, resultando nos subtipos IX-a, b e c. Seu diagnóstico tem sido desafiador devido ao fenótipo e padrão de herança variáveis. Podem causar hipoglicemia cetótica, baixa estatura, hepatomegalia e complicações como cirrose e carcinoma hepatocelular. O tratamento consiste em evitar a hipoglicemia através do uso de amido cru, alimentação frequente e alta ingesta proteica. Objetiva-se caracterizar uma amostra de 16 pacientes com diagnóstico molecular de GSD-IX através de estudo retrospectivo observacional do tipo série de casos. Resultados: Foram identificados dezesseis indivíduos de dez famílias com GSD-IX. Destes, 11 (68,8%) tinham GSD-IXa; 2 (12,5%) tinham GSD-IXb e 3 (18,8%) tinham GSD-IXc. Foram avaliados 3 indivíduos (18,7%) do sexo feminino e 13 (81,3%) do sexo masculino. A idade média dos indivíduos da amostra foi de 14,5 anos ±13,4 (3 a 55 anos). O subtipo específico de glicogenose foi diagnosticado em média aos 11,8 anos; e 75% dos indivíduos receberam diagnóstico clínico de outro tipo de glicogenose antes da confirmação molecular. Hepatomegalia desencadeou a investigação inicial em 8 casos (50%). Biópsia hepática foi realizada em sete indivíduos (43,8%), com sinais de fibrose em três casos. Hipoglicemia foi documentada em 12 casos (75%); hipercolesterolemia em 9 casos (56,3%); hipertrigliceridemia em 12 casos (75%); hiperlactacidemia em 8 casos (50%); alteração de transaminases em 13 casos (81,3%) e aumento de CPK em 5 casos (31,3%). Sinais e sintomas musculares foram identificados apenas nos subtipos IXa e IXb. Doze indivíduos mantêm-se aderentes ao tratamento. Dois indivíduos (12,5%), ambos com Glicogenose IXc, necessitaram do uso de gastrostomia para manutenção de aporte adequado e prevenção de descompensações. Discussão e conclusão: Identifica-se ampla heterogeneidade clínica na amostra avaliada. Dados laboratoriais demonstram a elevada prevalência de manifestações hepatomusculares. Observa-se que muitos indivíduos realizaram procedimento invasivo de investigação, no entanto estes foram pouco informativos no processo diagnóstico. Estudos de longo prazo, envolvendo o acompanhamento desses pacientes até a idade adulta, são necessários. Esta é a maior série de casos de glicogenose tipo IX descrita na América Latina e amplia o limitado conhecimento atual acerca da variabilidade clínica em pacientes com GSD-IX. Unitermos: Erros inatos do metabolismo; Glicogenoses; Glicogenose tipo IX.  P2158 Avaliação da carnosina como estratégia antioxidante frente ao estresse oxidativo causado pela hiperleucinemia crônica em hipocampo de ratos wistar Bruna Nitzke Minuzzi, Katlyn Cardoso de Barros, Vanessa Trindade Bortoluzzi, Letícia Brust, Virgínia Cielo Rech, Luciane da Rosa Feksa, Itiane Diehl de Franceschi, Clovis Milton Duval Wannmacher - UFRGS  A Doença da Urina do Xarope do Bordo (DXB), um erro inato do metabolismo (EIM), é causada por uma deficiência na atividade da desidrogenase de α-cetoácidos de cadeia ramificada, levando a um acúmulo de leucina (Leu), isoleucina e valina nos tecidos. Em todas as formas da DXB, Leu aparece como a principal substância neurotóxica. Estudos sugerem que o estresse oxidativo (EO) está envolvido na sua neuropatologia. A Carnosina (β-alanil-L-histidina, Car) é um poderoso antioxidante pela sua habilidade "scavenger" de espécies reativas (ER), e vem sendo estudada como uma terapia auxiliar em doenças neurodegenerativas, incluindo alguns EIM. Considerando que o perfil de aminoácidos está alterado nesta doença e que histidina, um dos precursores da Car, está diminuída no plasma de pacientes com DXB, o objetivo deste trabalho é avaliar os possíveis efeitos protetores da Car em hipocampo de ratos submetidos a um modelo crônico de hiperleucinemia. 24 ratos Wistar (CEUA/UFRGS nº 23596) foram separados em 4 grupos: 1- Controle (C), 2- Leu, 3- Car e 4- Leu+Car. Soluções padrão de Leu (4,8 μmol Leu/g peso corporal) e Car (250 mg Car/Kg peso corporal) foram administradas de 12/12h, do 8º-15º dia de vida dos ratos. No 15º dia, os ratos foram sacrificados por decapitação sem anestesia e o hipocampo dissecado e homogeneizado. Foram avaliados os seguintes parâmetros de EO: oxidação de DCFH, conteúdo total de sulfidrilas (-SH), conteúdo de glutationa reduzida (GSH) e oxidada (GSSG) e a razão GSH/GSSG. Os dados estão expressos expressos em média ± desvio padrão (n=5). ANOVA de 2 vias foi utilizada para verificar a interação entre os tratamentos (fatores: Leu e Car) e ANOVA de 1 via com post-hoc de Tukey para comparar médias. ANOVA de 2 vias indicou uma interação significativa entre Leu e Car no conteúdo total de sulfidrilas [F (1,16) = 5,32; p<0,01], de GSH [F (1,16) = 6,6; p<0,05], GSSG: [F (1,16) = 4,97; p<0,05] e na razão GSH/GSSG [F (1,16) = 21,48; p<0,001]. Não houve interação entre Leu e Car  no ensaio de DCFH [F (1,16) = 2,05; p=0,171], porém ANOVA de 1 via indica diferenças significativas entre as médias em todas as análises. A administração de Leu aumenta a produção de ER, que oxidam proteínas, reduzem defesas antioxidantes não enzimáticas e alteram o estado redox no hipocampo. A coadministração de Car previne estas alterações, sugerindo um efeito antioxidante na DXB. Se estes dados forem reproduzidos em pacientes, Car pode vir a ser uma terapia auxiliar nesta doença. Unitermos: Hiperleucinemia; Estresse oxidativo; Doença da Urina do Xarope do Bordo.   P2164 Screening and characterization of BRCA2 C.157_157insalu in Brazil: results from 1380 individuals Barbara Alemar, Paula Felicio, Ingrid Ewald, Camila Bittar, Cristina Netto, Osvaldo Artigalas, Edenir Palmero, Patricia Ashton-Prolla - HCPA  Portuguese immigration to Brazil occurred in several waves and greatly contributed to the genetic composition of current Brazilian population. In this study, we evaluated the frequency of a Portuguese founder Alu insertion in BRCA2 exon 3 (c.156_157insAlu) among individuals fulfilling HBOC criteria in 1,380 unrelated families originated from three distinct Brazilian States. We identified the c.156_157insAlu BRCA2 mutation in nine (0.65%) families. In probands with the BRCA2 rearrangement, the European ancestry proportion was the most frequent (80%), followed by the African (10%). Although the haplotype was not informative for three families, the remaining six presented a haplotype compatible with the Portuguese ancestral haplotype. In conclusion, the present study reports a low albeit relevant frequency of the Portuguese founder mutation in at-risk for HBOC Brazilian population. Uniterms: BRCA2; HBOC.   

Screening and characterization of BRCA2 C.157_157insalu in Brazil: results from 1380 individuals

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