Pinheiro, Gabriely Ferreira

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Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2019: SIC - XXXI SALÃO DE INICIAÇÃOCIENTÍFICA DA UFRGSAno 2019Local Campus do Vale - UFRGSTítulo Detecção do vírus da cinomose canina (CDV) em carnívorosentre 2018 e 2019Autor GABRIELY FERREIRA PINHEIROOrientador CLAUDIO WAGECK CANALDetecção do vírus da cinomose canina (CDV) em carnívoros entre 2018 e 2019  Gabriely Ferreira Pinheiro & Cláudio Wageck Canal Laboratório de Virologia, Faculdade de Veterinária, UFRGS O vírus da cinomose canina (CDV), atualmente denominado Canine morbillivirus, é um patógeno importante de cães domésticos e carnívoros selvagens. Acomete principalmente animais jovens e não apresenta predileção racial. Taxonomicamente, o CDV pertence ao gênero Morbillivirus e faz parte da família Paramyxoviridae. É um vírus envelopado, com genoma de RNA fita simples, sentido negativo, com aproximadamente 15 kb. O genoma codifica 6-8 genes, sendo o gene do nucleocapsídeo (N) bastante conservado e utilizado rotineiramente para o diagnóstico laboratorial. Os animais com suspeita de cinomose podem apresentar diferentes sinais clínicos, entre eles problemas respiratórios, oftálmicos, gastrointestinais, dermatológicos e/ou neurológicos. No Laboratório de Virologia são recebidas amostras (suabe retal, sangue total, urina, líquor, fragmentos de órgãos) para realização da detecção do genoma do vírus em animais com suspeita clínica de cinomose. Todas as amostras recebidas utilizadas no presente estudo foram provenientes do Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (HCV-UFRGS) e do Setor de Patologia Veterinária da referida Universidade (SPV-UFRGS). Foram recebidas 164 amostras para detecção viral no período de janeiro de 2018 a maio de 2019, sendo 101 em 2018 e 63 em 2019. Destas, 156 eram amostras de caninos (95,1%), sete de graxains (4,3%) e uma de gato-maracajá (0,6%). O tipo de amostra mais comumente recebido foi suabe retal (61,58%), seguido de líquor (15,85%), urina (9,7%), órgãos (4,9%), sangue total (4,3%), soro (2,4%) e suabe de conjuntiva (1,2%). O RNA total das amostras foi extraído com a utilização de Trizol conforme instruções do fabricante, sendo utilizada a cepa vacinal Lederle como controle positivo. Uma nested-RT-PCR foi realizada para amplificação do gene N utilizando primers específicos descritos na literatura, gerando um fragmento de 287 pb. Dentre os resultados obtidos, 66 (40,2%) amostras foram positivas para CDV, sendo todas amostras de cães. No Brasil, a cinomose é endêmica, apesar da disponibilidade de vacinas efetivas. Contudo, o alto número de animais não domiciliados, a possibilidade de infecção de outras espécies de animais silvestres, a falta de informação ou disponibilidade financeira para adquirir, entre outros fatores, dificultam o controle da doença e explicam os resultados apresentados no presente trabalho, evidenciando a necessidade de medidas para aumentar a cobertura vacinal no País. 

Detecção do vírus da cinomose canina (CDV) em carnívoros entre 2018 e 2019

https://lume.ufrgs.br/bitstream/10183/208278/1/Resumo_63400.pdf

Detecção do vírus da cinomose canina (CDV) em carnívoros entre 2018 e 2019

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