Barone, Carolina Rocha

Boza, Juliana Catucci

Cestari, Tania Ferreira

Pereira, Paula Perusato

Pires, Gabriel Challub

Portuguese

Lume 5.8

38ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALGREE                                                                               Clin Biomed Res 2018; 38 (Supl.) 87  associada a um menor tempo de transecção do parênquima hepático, consequentemente menor exposição interna do paciente ao meio ambiente, além de menor sangramento operatório e melhor prognóstico. No entanto, o custo desses grampeadores é elevado, muitas vezes limitando a sua utilização no Sistema Único de Saúde do Brasil e até mesmo em alguns convênios. Outros dispositivos tecnológicos para transecção do parênquima hepático disponíveis também estão associados a um alto custo, também limitando a sua utilização. Os grampeadores lineares cortantes do tipo intestinal estão associados a um custo menor do que o dos grampeadores vasculares do tipo endo gia (Surgical Stapler Endo Gia). Nós hipotetizamos que os grampeadores lineares cortantes do tipo intestinal possam ser utilizados na transecção do parênquima hepático em ressecções de tumores hepáticos através de hepatectomia parcial. No entanto, não encontramos relatos envolvendo a utilização de grampeadores lineares cortantes do tipo intestinal na transecção de parênquima hepático. Objetivos:  Objetivo deste estudo é relatar uma experiência pioneira com a utilização do grampeador linear cortante do tipo intestinal na transecção do parênquima hepático em uma série de ressecções de tumores hepáticos. Método:  Os pesquisadores analisaram os prontuários dos pacientes que realizaram a cirurgia de hepatectomia parcial de Janeiro  data 2016, até dezembro de 2017. Resultados: Um total de 8 ressecções hepática foram realizadas em 8 pacientes. A média de idade foi de 43 anos, variando de 25 a 66 anos. Foram 6 ressecções parciais de tumores localizados no segmento lateral esquerdo, 1 caso envolvendo resscção de tumores no segmento IV e VII e uma hepatectomia direita regrada. O sangramento intra-operatório médio foi de 1.070 mL. O anatopatológico revelou metástase de câncer colo retal em 3 casos, adenoma hepático em 2 casos, hiperplasia nodular focal em 1 caso, metástase de teratoma em 1 caso e metástase de GNET em 1 caso. Não houve mortalidade intraoperatória e nem pós-operatória. Conclusões : A utilização do grampeador linear cortante do tipo intestinal na transecção do parênquima hepático revelou-se segura nesta série de 8 casos. Estudos adicionais são necessários para validar a segurança da utilização desse método de transecção do parênquima hepático. Unitermos: Grampeador vascular ; Grampeador linear cortante; Ressecções hepáticas.   P2162 Uso de gabapentinóides no perioperatório para prevenção de dor persistente pós-cirúrgica: metanálise de ensaios clínicos randomizados Luana Seminotti Giaretta, Ângelo Marcelo Schwalbert, Thiago Carvalho Silva e Souza, Gabriela Belitzki, Wolnei Caumo, Luciana Paula Cadore Stefani - HCPA  INTRODUÇÃO: Os fármacos gabapentinoides têm sido utilizados para o tratamento de condições dolorosas crônicas e como adjuvantes para redução de dor aguda pós-operatória. Entretanto poucos estudos avaliam sua eficácia para prevenção de dor crônica pós-cirúrgica. Realizamos uma revisão sistemática da literatura na busca de estudos que avaliaram o uso perioperatório de pregabalina ou gabapentina para prevenção de dor crônica pós-cirúrgica  em 3 meses. MÉTODOS Ensaios clínicos randomizados de boa qualidade, que atendiam a questão de pesquisa, publicados em inglês até o ano de 2017 foram buscados em bases de dados eletrônicas (Pubmed, Embase, e Cochrane Central. O desfecho principal foi a dor persistente em 3 meses e os desfechos secundários foram a diferença de média no consumo de morfina no pós-operatório e alterações na Escala Analogo Visual (EAV) de dor no pós-operatório entre o placebo e gabapentinoides. RESULTADOS: 342 estudos foram encontrados inicialmente, dos quais apenas 30 atendiam a questão de pesquisa. Dos estudos selecionados, 22 avaliaram dor pós-operatória persistente em 3 meses como desfecho categórico. Analise de subgrupos, agrupando-se procedimentos com trauma semelhante não demonstrou efeito significativo na redução de dor crônica pós-operatória (RR 0,97 CI 95% 0.86-1.10). Entretanto, quando a dor ocorria, a EAV em 3 meses foi de menor intensidade. Adicionalmente, os desfechos “consumo cumulativo de morfina em 48h” e “intensidade da dor no pós-operatório imediato” apresentaram redução com o uso de gabapentinóides no perioperatório. CONCLUSÃO: O uso de gabapentinóides no perioperatório não reduz a incidência de dor crônica pós-cirúrgica. No entanto, quando presente, a intensidade da dor, tanto aguda como a crônica, e o consumo de opióide tendem a ser menores com o uso dessas medicações. Unitermos: Gabapentinoides; Dor; Perioperatória.   DERMATOLOGIA  P1066 Tratamento de hipercromia periorbicular comparando o peeling de ácido tioglicólico a 10% versus luz intensa pulsada: estudo piloto randomizado Paula Perusato Pereira, Carolina Rocha Barone, Gabriel Challub, Juliana Catucci Boza, Tânia Ferreira Cestari - HCPA  Hipercromia Periorbicular (HPO) ou olheira é uma afecção comum, que consiste em manchas hipercrômicas envolvendo principalmente as pálpebras inferiores. Devido a seu caráter inestético, podem trazer consequências psicossociais e na qualidade de vida (QoL). Em relação à etiopatogenia, as olheiras são classificadas em dois grupos: as pigmentares (de componente melânico ou vascular) e as de causa anatômica. O Peeling de Ácido Tioglicólico (ATG) a 10% e a Luz Intensa Pulsada (LIP), por terem ação despigmentante, são opções disponíveis no tratamento da HPO. O objetivo principal deste estudo foi comparar as duas modalidades de tratamento em relação à melhora da HPO. Objetivos secundários são: avaliar efeitos adversos, oimpacto da HPO na QoL e a relação entre a HPO e a qualidade de sono dos pacientes afetados. Métodos: neste ensaio clínico randomizado cegado, foram avaliados 28 sujeitos com HPO, sendo que cada olho do mesmo paciente foi tratado com uma modalidade terapêutica diferente (split face). Os voluntários incluídos deveriam apresentar HPO de componente melânico obrigatoriamente, podendo ou não ter presente componente vascular e/ou anatômico. Foram realizadas 3 sessões das terapias, além de uma visita anterior para avaliação inicial, que consistia na realização de dermatoscopia, avaliação pelo colorímetro e  coleta de dados, e uma visita posterior para avaliação de efeitos tardios e comparação dos dados. A resposta clínica foi obtida por meio dos registros fotográficos, que foram avaliados por dois dermatologistas cegados usando a Escala Análogo-Visual (EAV) para aferição de melhora e a Escala de Melhora Estética Global (GAIS). Resultados: em análise preliminar, observou-se que ambos os tratamentos foram equivalentes, com tendência de melhora das olheiras pigmentares mistas (de componente melânico e vascular) mais evidente com LIP. Os dados coletados encontram-se na fase de análise estatística. Conclusões: A HPO é uma dermatose observada na prática diária do dermatologista. Em uma primeira análise,  o ATG a 10% obteve uma eficácia semelhante à LIP,  demonstrando ser uma ferramenta terapêutica segura e de baixo custo no tratamento para HPO. Já está sendo realizado um novo estudo que pretende comparar a qualidade de sono dos pacientes com HPO (casos) versus os pacientes sem esta queixa (controles), além de comparar a qualidade de vida dermatológica de casos e controles, a fim de averiguar se a qualidade do sono está relacionada com a etiologia das olheiras. 38ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALGREE                                                                               Clin Biomed Res 2018; 38 (Supl.) 88  Unitermos: Olheiras.  P1292 Carcinoma espinocelular: apresentação não usual e desafios Caroline Kullmann Ribeiro, Gabriel Challub Pires, Jhonata Luiz Lino de Aquino, Júlia Fagundes Fracasso, Lia Dias Pinheiro Dantas, Carolina Rocha Barone, Gabriela Fortes Escobar, Renato Marchiori Bakos - HCPA  Introdução: O carcinoma espinocelular (CEC) é o segundo tipo mais comum de câncer pele. Ocorre com maior frequência em homens de fototipos mais baixos e na sexta década de vida. Habitualmente, acomete face e superfícies expostas dos membros. Relataremos um caso de CEC com apresentação clínica pouco usual devido a sua localização atípica e tamanho. Os aspectos da doença também serão descritos e podem contribuir para realização de diagnósticos diferenciais de lesões ulceradas na região inguinal. Relato de Caso: Paciente masculino, 61 anos, vem à consulta no ambulatório de Dermatologia para avaliação de lesão ulcerada na região inguinal direita. No exame geral da pele, observa-se lesão de limites precisos e de fundo pardo-amarelado e friável, medindo 15 cm no maior diâmetro. Exame anatomopatológico evidenciou CEC moderadamente diferenciado. Encaminhado para radioterapia da área acometida e, após finalizadas 30 sessões, paciente apresentou significativa redução (>70%) do tamanho da ulceração. Realizado nova biópsia, que evidenciou, além da persistência dos achados anteriores, invasão da derme profunda. Por fim, realizou-se exérese cirúrgica da lesão residual, com margens livres. Discussão: Clinicamente, CEC apresenta-se como uma úlcera rasa com margens elevadas, geralmente coberta por uma placa. Não obstante, descamação, ulceração profunda, formação de crostas e corno cutâneo são também achados possíveis do exame físico. O padrão dermatoscópico é somente sugestivo e colabora com exclusão de outros diagnósticos diferenciais. O diagnóstico é confirmado através do exame anatomopatológico e deve incluir, nos casos mais extensos, tomografia computadorizada para avaliar invasão óssea ou metástase linfonodal. O estudo histológico mostra células que imitam as da epiderme normal, mas com arquitetura desorganizada, pleomorfismo, atipias nucleares e mitoses típicas e atípicas. Radioterapia é usada com fins adjuvantes à cirurgia, visando o controle locorregional ou terapêutico primário em pacientes que não podem se submeter à excisão cirúrgica. Conclusão: Neste relato, ressaltamos a apresentação infrequente de CEC uma vez que a localização da lesão era incomum. Dessa forma, essa neoplasia deve ser incluída como diagnóstico diferencial de lesões ulceradas na região inguinal. Reforça-se a necessidade de realização de confirmação anatomopatológica em casos de suspeita de lesões malignas ou potencialmente malignas. Unitermos: Carcinoma de células escamosas; Localização não usual; Achados clínicos.   P1500 Relato de caso: síndrome da isotretinoína congênita Daniela Fernandes Martins, Louise Piva Penteado, Nicole Medke Meneguini, Taiane Moreira, Lavínia Schuler Faccini - HCPA  INTRODUÇÃO:  O uso de medicamentos durante a gestação torna-se importante preocupação na prática médica, devido a possível teratogenicidade desses fármacos. Além disso, a maior parte das gestações em nosso meio não são planejadas, o que confere risco de exposição acidental. O uso de retinóides, uma substância sabidamente teratogênica quando usada por via sistêmica, é bastante prevalente em mulheres em idade reprodutiva, principalmente por questões estéticas. Estudos controlados não associaram o uso tópico com malformações congênitas, no entanto, existem relatos de casos que mostram essa associação. Não se recomenda, portanto, o uso tópico durante a gestação. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é relatar o desfecho de um caso sobre gestação exposta a tretinoína tópica, a fim de alertar sobre possível teratogenicidade deste uso. MÉTODOS: Esse relato de caso provém de uma consulta feita ao Sistema Nacional de Informação sobre Agentes Teratogênicos (SIAT), em fevereiro de 2018. RESULTADOS: Recebemos consulta de geneticista médico descrevendo uma RN feminina , 02 MESES, com malformação bilateral de orelha (microtia/anotia,). A mãe, 29 anos, fez auto-medicação tópica de Tretinoína gel 0,01% de agosto de 2016 a fevereiro de 2017, para “manchas na pele”. Descobriu-se gestante durante o tratamento, com DUM de 27/12/16, configurando exposição durante o primeiro trimestre. Nega outras exposições (comorbidades, fármacos, ocupacional, álcool, cigarro ou outras drogas). CONCLUSÃO: O uso sistêmico de retinóides é um potente teratógeno, causando defeitos de orelha, sistema nervoso central e cardiopatia. A malformação apresentada por essa paciente é compatível com defeitos auriculares descritos não só no uso sistêmico, como também em alguns relatos de caso de uso tópico. Esse relato alerta para a necessidade de melhor controle sobre o uso dessa classe de fármacos em mulheres em idade reprodutiva. Tornam-se necessários mais estudos sobre esses efeitos com o uso tópico dessa medicação. Unitermos: Isotretinoína tópica; Teratógeno; Gestação.   P1588 T                              ú                                         NOC “       z               :                 ”   “                    :              ” Taline Bavaresco, Viviane Maria Osmarin, Ananda Ughini Bertoldo Pires, Vitor Monteiro Moraes, Franciele Moreira Barbosa, Amália De Fátima Lucena - HCPA  Introdução: O processo de cicatrização depende da associação de diferentes mecanismos celulares com auxílio da aplicação de diferentes produtos que estimulam a reparação tecidual. A Low-level laser therapy (LLLT) vem sendo utilizada para acelerar esse processo pela sua ação bioestimulatória. Para avaliação desse tratamento a Nursing Outcomes Classification–NOC possui os resultados de enfermagem Cicatrização de feridas: segunda intenção (1103) e Integridade tissular: pele e mucosas (1101) que permite a mensuração do efeito do tratamento. Objetivo: Avaliar o processo de cicatrização de úlcera venosa (UVe) por meio dos resultados NOC Cicatrização da ferida: segunda intenção e Integridade tissular: pele e mucosas. Método: Recorte de um ensaio clínico randomizado realizado em um hospital universitário brasileiro. A amostra foi de 40 pacientes com UVe, randomizados igualmente para o Grupo Controle (GC) e Grupo Intervenção (GI). Acompanhados em consulta de enfermagem semanal por até 16 semanas. O GC recebeu tratamento convencional (curativo tópico e terapia compressiva), enquanto que no GI foi adicionado a LLLT. Foi utilizada uma dose de energia de 1 a 3J/cm2 com um laser AsGalaser vermelho. A aplicação ocorreu de forma pontual nas bordas e varredura no leito da lesão. O processo de cicatrização foi avaliado por 14 indicadores clínicos dos resultados NOC. A análise, através do Generalized Estimating Equation, considerou a escala Likert, onde 1 corresponde ao pior escore e 5 ao mais desejável. Estudo aprovado em Comitê de Ética (15-0634). Resultados: Foram avaliadas 82 feridas, sendo 39 do GC e 43 do GI. O resultado Cicatrização de feridas: segunda intenção apresentou diferença estatisticamente significativa (p=0,025) na comparação entre a primeira e a última consulta e, três dos seus sete indicadores: Tecido de granulação (p=0,010), Tamanho reduzido (p=0,010) 

Tratamento de hipercromia periorbicular comparando o peeling de ácido tioglicólico a 10% versus luz intensa pulsada: estudo piloto randomizado

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Tratamento de hipercromia periorbicular comparando o peeling de ácido tioglicólico a 10% versus luz intensa pulsada: estudo piloto randomizado

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