MEMÓRIAS DE UM MESTRE DO ECOFESTIVAL DO PEIXE-BOI DE NOVO AIRÃO: REFLEXÕES, VIVÊNCIAS E PROTAGONISMO

Abstract

MEMORIES OF A MASTER OF THE ECO-FESTIVAL OF THE MANATEE OF NOVO AIRÃO: REFLECTIONS, EXPERIENCES AND PROTAGONISM   Abstract: Analyzing the Novo Airão’s Ecofestival as an artistic process in the writing phase of its own history, this study aims to record part of that history, through one of its builders, the artist Raimundo Ércules dos Santos Alves. To this end, it developed a qualitative study, focusing on the narrator's life story, the data were heard via semi-structured interview. The selected data indicate a party in the wake of cultural hybridism, as a space for exchange with other Amazonian festivals, especially Parintinense. Thus, the artist builds and builds a party concurrently, through development work, or allows him to think about the social history of folklore, as well as the conceptions of his work and the people involved in the performance of the show. Some conclusions stand out from the artist's memories: the work done as a deconstructor of stigmas links a prejudice and racism and the ecofestival as an identity created by multiple hands, a process that has been consolidated since the late 1980s. Keywords: Gender; Popular Culture; “Ecofestival do Peixe-Boi”; “Peixe-Boi Jaú”Analisando o Ecofestival de Novo Airão como processo artístico em fase de escrita da própria história, este estudo objetiva registrar parte dessa história, por meio de um de seus construtores, o artista Raimundo Ércules dos Santos Alves. Para tanto, desenvolveu-se estudo qualitativo, com foco na história de vida do narrador, cujos dados foram obtidos via entrevista semiestruturada. Os dados permitem apontar a festa na esteira do hibridismo cultural, como espaço de troca com outros festivais amazônicos, especialmente o parintinense. Assim, o artista se constrói e constrói a festa concomitantemente, por meio do trabalho que desenvolve, o que permite a ele refletir sobre a história social do folguedo, bem como das concepções de seu labor e do povo que se envolve na realização do espetáculo. Algumas conclusões sobressaem-se das memórias do artista: a obra realizada como desconstrutora de estigmas ligados a preconceito e racismo e o Ecofestival como identidade construída por múltiplas mãos, processo que vem se consolidando desde o fim da década de 1980. Palavras-chave: Novo Airão; Arte; Ecofestival do Peixe-Boi; Peixe-Boi Jaú; Peixe-Boi Anavilhanas

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