Coral, Bruno Martignago

Mallmann, Felipe

Milano, Stéfano Blessmann

Schneider, Wagner Francisco de Medeiros

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Achados fundoscópicos em pacientes com diabetes mellitus atendidos em serviço de endocrinologia de hospital terciário

Lume 5.8

38ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALGREE                                                                               Clin Biomed Res 2018; 38 (Supl.) 278  esse modelo de cistogênese in vitro permita a análise mecanística do papel de componentes inflamatórios durante o estabelecimento, progressão e manutenção de cistos radiculares, é necessário que as estruturas geradas até então sejam inseridas em um microambiente que mimetize o que circunda um cisto in vivo. Assim, o objetivo dessa etapa do estudo é desenvolver as estruturas semelhantes a cistos em uma matriz de colágeno associada a fibroblastos. Para tanto, esferoides foram gerados utilizando linhagens celulares de origem epitelial (HaCat) na concentração de 1x10⁵ e cultivados em placas de 96 poços de baixa adesividade (1,5% de agarose). Após 24 horas, os esferoides foram coletados, embebidos em matriz de colágeno 3D (1,8 mg/ml) contendo fibroblastos em diferentes concentrações (5x10⁴, 1x10⁵ e 2x10⁵ células) e transferidos para placas de 24 poços, previamente cobertos com colágeno polimerizado. Fotomicrografias foram obtidas nos dias 1, 3, 7, 14 e 21 para análise morfológica e, nos mesmos intervalos de tempo, os esferoides foram coletados e processados para análise histológica. A partir dessa metodologia, foi possível o desenvolvimento das estruturas similares a cistos em todas as condições experimentais. No entanto a concentração de fibroblastos de 1x10⁵ células foi a mais adequada para a manutenção do esferoide. Na concentração de 5x10⁴ células, os fibroblastos não envolveram a estrutura cística completamente e na concentração de 2x10⁵ células, o alto número de fibroblastos provocou a contração da matriz de colágeno, afetando mecanicamente a manutenção dos cistos gerados. Unitermos: Cisto periapical; Esferoide.  OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIA  P1016 Homocistinúria clássica e ceratocone: um relato de caso Bruna Ossanai Schoenardie, Natália Paseto Pilati, Diane Ruschel Marinho, Patrícia Ioschpe Gus - HCPA  INTRODUÇÃO: A homocistinúria é um erro inato do metabolismo causado pela deficiência da enzima cistationina beta-sintase, que converte a homocisteína em cistationina. Os principais achados oftalmológicos são subluxação da lente e alta miopia. O ceratocone é uma ectasia corneana cujo afinamento progressivo do estroma cursa com miopia e astigmatismo, mas cuja relação com a homocistinúria nunca foi descrita. Acreditamos que estes dois distúrbios podem estar correlacionados devido a alterações no metabolismo do colágeno. O relatório do caso abaixo descreve um paciente que é diagnosticado com ambas as condições simultaneamente. RELATO DE CASO: Masculino, 38 anos, com diagnóstico de homocistinúria clássica (deficiência de cistationa β-sintase - CBS) desde os 13 anos de idade. Foi submetido a lensectomia com vitrectomia no olho esquerdo (OE) aos 16 anos devido a subluxação bilateral do cristalino. O mesmo procedimento foi realizado no olho direito (OD) aos 26 anos de idade. Não foi realizada implantação intraocular de lentes. O diagnóstico de ceratocone foi realizado por ocasião da cirurgia de cristalino do 2º olho. A melhor acuidade visual corrigida com lentes de contato foi de 20/50 com +8.50 -2.00 cil 180 OD e 20/40 -3.00 -3.50 cil 135 OE. Em sua última visita, ele estava usando lentes de contato gelatinosas em OD e uma lente escleral no OE. A topografia da córnea mostrou padrão típico de ceratocone bilateral, mais avançado em OE. A paquimetria foi de 544μm e 232μm em OD e OE, respectivamente. O exame retiniano foi normal. CONCLUSÃO: A fisiopatologia do ceratocone se associa a defeito no colágeno, que permite a degradação enzimática e o deslizamento fibrilar e causa enfraquecimento da córnea. A homocistinúria apresenta metabolismo alterado dos aminoácidos e leva a malformação do tecido conjuntivo. No entanto, esse mecanismo ainda é pouco compreendido. Inexistem informações sobre a relação entre ceratocone e homocistinúria. Acreditamos que o defeito do cross-linking do colágeno pode ser a chave para entender a conexão entre essas duas condições. No entanto, o mecanismo para explicar esses defeitos ainda não está compreendido. Mais estudos sobre este assunto são necessários para esclarecer a associação entre as duas doenças. Unitermos: Ceratocone; Homocistinúria; Colágeno.  P1078 Perfil epidemiológico dos pacientes atendidos em ambulatório de retina de hospital terciário Bruno Martignago Coral, Felipe Mallmann - HCPA  Objetivo: Avaliar perfil epidemiológico dos pacientes atendidos no setor de retina do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Métodos: Estudo transversal dos pacientes atendidos entre os meses de março à junho de 2018 no ambulatório de retina do HCPA. Resultados: Foram atendidos 398 pacientes no período. A média de idade dos pacientes foi de 62 ±14 anos variando de 3 meses à 91 anos, sendo 51% do sexo feminino. A maioria dos pacientes (78.6%) foi originária da região metropolitana, seguido de 6% da região dos vales e 5.5% da serra. O motivo do acompanhamento foi de maculopatias clínicas (48%), anormalidades vitreoretinianas (31%), maculopatias cirúrgicas (9.5%) e outros diagnósticos (9.2%). O diagnóstico principal mais frequente foi retinopatia diabética (60%), seguido de oclusões venosas (12%) e de degeneração macular relacionada à idade (6%). Conclusão: A retinopatia diabética e suas complicações é causa frequente de atendimento em um ambulatório de retina de hospital terciário. O conhecimento de doenças prevalentes com potencial de dano visual é fundamental para a organização de políticas públicas adequadas. Unitermos: Epidemiologia; Retina; Oftalmologia.   P1079 Achados fundoscópicos em pacientes com Diabetes Mellitus atendidos em serviço de endocrinologia de hospital terciário Bruno Martignago Coral, Felipe Mallmann, Wagner Francisco de Medeiros Schneider, Stefano Blessmann Milano - HCPA  Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes com diabetes mellitus (DM) e a prevalência de retinopatia diabética (RD) em pacientes atendidos em um hospital terciário. Métodos: Análise retrospectiva dos pacientes encaminhados pelo serviço de endocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre para o serviço de oftalmologia do mesmo hospital. Resultados: Foram avaliados duzentos e noventa e cinco pacientes entre 14 e 90 anos de idade com idade média de 64 anos, sendo 62% do sexo feminino e 38% do sexo masculino. Noventa e três por cento tinham o diagnóstico de DM tipo 2 e 6.1% DM tipo 1, a média da últ ima hemoglobina glicada era de 8% (variando de 4 a 15%). Através do exame fundoscópico, os pacientes foram classificados como sem RD em 68.8% dos casos, RD não proliferativa (RDNP) leve em 12.5%, RDNP moderada em 9.2%, RDNP grave em 1,4% e RD proliferativa em 8.1% dos casos. Conclusões: o perfil epidemiológico e a gravidade da RD encontram-se dentro dos dados das últimas estimativas populacionais descritas. Unitermos: Retinopatia diabetica; Oftalmologia; Diabetes.   

Portuguese

https://lume.ufrgs.br/bitstream/10183/210159/1/001095198.pdf

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