Zorzo, Geam Pedro Pesenatto

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

ENRIQUECIMENTO DE RESÍDUOS VEGETAIS COM 13C PARA ESTUDOS DA DINÂMICA DA MATÉRIA ORGÂNICA NO SOLO

Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2019: SIC - XXXI SALÃO DE INICIAÇÃOCIENTÍFICA DA UFRGSAno 2019Local Campus do Vale - UFRGSTítulo ENRIQUECIMENTO DE RESÍDUOS VEGETAIS COM 13C PARAESTUDOS DA DINÂMICA DA MATÉRIA ORGÂNICA NO SOLOAutor GEAM PEDRO PESENATTO ZORZOOrientador CIMELIO BAYERENRIQUECIMENTO DE RESÍDUOS VEGETAIS COM 13C PARA ESTUDOS DA DINÂMICA DA MATÉRIA ORGÂNICA NO SOLO Geam Pedro Pesenatto Zorzo1; Cimélio Bayer1 1Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS  A estabilização e retenção do carbono (C) na matéria orgânica (MO) em solos agrícolas tem sido considerado uma das alternativas para diminuir os níveis de CO2 atmosférico e mitigar os efeitos do aquecimento global. Para estabelecer práticas de manejo que favoreçam o acúmulo de C no solo é preciso compreender o destino do C dos resíduos vegetais e a atuação dos mecanismos de estabilização da MO no solo. Por meio do enriquecimento das plantas com 13C em níveis muito acima da abundância natural de 13C é possível rastrear o destino do C no solo. Entretanto, os métodos de enriquecimento têm alto custo e nem sempre geram resíduos homogeneamente enriquecidos e com um grau de enriquecimento detectável na MO do solo. O objetivo desse estudo foi avaliar a eficácia de um método de enriquecimento isotópico com 13C na homogeneidade e distribuição do 13C em diferentes órgãos de plantas de aveia preta (Avena strigosa) e de ervilhaca (Vicia sativa). O experimento foi conduzido em casa de vegetação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre (RS, Brasil). Em junho de 2018, seis sementes de aveia e ervilhaca foram semeadas em vasos de 8L contendo areia + solo (Argissolo Vermelho) na proporção 1:1. Os vasos foram acomodados em câmaras de vidro transparente à luz solar e fechadas hermeticamente. As plantas foram submetidas a aplicação de uma atmosfera de 13CO2 formada pela injeção de uma solução bicarbonato de sódio (Na213CO3 1mol.L-1) a uma solução de ácido (HCl 2mol.L-1). A atmosfera interna das câmeras foi monitorada com analisador IRGA e mantido uma concentração aproximada de 33% átomos de 13CO2. O enriquecimento iniciou 30 dias após a semeadura, e foi realizado uma vez por semana durante 1,5h até o florescimento. Os tratamentos consistiram de diferentes órgãos (folhas, colmo e raízes) de aveia preta e ervilhaca, enriquecidas e não enriquecidas, os quais foram avaliados quanto ao grau e homogeneidade de enriquecimento com 13C. O delineamento utilizado foi blocos ao acaso com 4 repetições para aveia e 2 repetições para ervilhaca, onde cada câmara constituiu uma repetição.  Os valores de δ13C foram analisados em 5 plantas escolhidas aleatoriamente em cada câmara. Os resultados foram submetidos a análise de variância e comparados pelo teste Tukey 5%. Os resíduos de aveia apresentaram valores de δ13C médios de 1093,7‰ nas folhas, 889,2‰ nos colmos e 855,4‰ nas raízes. Não houve diferença estatística entre os órgãos da planta, indicando que a marcação foi homogênea. Os resíduos de ervilhaca apresentaram valores similares de δ13C nas folhas (970,6‰), colmos (1133,0‰) e raízes (1064,7‰). A concentração δ13C nos resíduos de aveia e ervilhaca foram considerados altos comparados a outros estudos em condições de casa de vegetação e de campo. O método de enriquecimento de plantas de aveia e ervilhaca em casa de vegetação através da aplicação de pulsos de 13C uma vez por semana proporcionou altos valores (>850‰) e homogeneidade de δ13C nas diferentes partes das plantas, características que permitem a sua adoção em estudos da dinâmica da MO no solo. 

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https://lume.ufrgs.br/bitstream/10183/207958/1/Resumo_62898.pdf

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