Revascularização pulpar em dentes imaturos

Abstract

A revascularização pulpar é um tratamento de Medicina Dentária que tem por objetivo alcançar o desenvolvimento radicular em dentes imaturos necrosados, permitindo que as raízes dos dentes imaturos se desenvolvam apesar da inexistência de polpa. A necrose pulpar ocorre após cárie ou traumatismo dentário. Em pacientes menores é relativamente frequente encontrar dentes em que este tratamento é o mais indicado, uma vez que as paredes das raízes não estão totalmente formadas. O presente trabalho tem por objetivo geral compreender o proceso de revascularização pulpar em dentes imaturos. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados: Pubmed e ScienceDirect, entre 11 e 19 de Março de 2019. As estratégias de procura derivam da combinação das palabras-chave expostas e dos operadores booleanos AND e OR, recuperando um total de 2948 artigos, os quais foram reduzidos, pelos critérios de inclusão e exclusão utilizados, a 25 documentos finais que são expostos neste trabalho. Os resultados descritos mostram que os artigos consultados apresentam um alto grau de homogeneidade tanto na idade dos participantes (menores, geralmente entre 8 e 11 anos) como no tamanho da amostra dos dentes utilizados (geralmente um ou dois dentes tratados por paciente); além disso, existem várias estratégias de revascularização pulpar, entre elas TAP, Ca(OH)2 e CHP. Habitualmente, o meio auxiliar de diagnóstico e de monitorização mais utilizado é a radiografia, que permite a detecção objetiva da situação inicial e da evolução do dente após o tratamento. E este meio auxiliar de diagnóstico é apoiado por outros testes, como a percussão dentária ou testes térmicos. Os dados obtidos permitem observar uma redução do espaço entre polpa e o dente, fechamento apical, espessamento e alongamento radicular, aumento da densidade óssea, redução do tamanho da lesão desde o momento inicial e durante o seguimento do paciente. Pode concluir-se que a revascularização pulpar é um tratamento eficaz, no qual, a partir de três meses, podem ser detectadas melhorias radiográficas e na percepção do paciente com a redução da sensação dolorosa. É uma estratégia amplamente utilizada, com uma elevada taxa de sucesso durante a fase infantil em que este trabalho se centra

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