GRAMÁTICA SISTÊMICO FUNCIONAL E O ESTADO DA ARTE NO ENSINO DA LÍNGUA MATERNA

Abstract

Este estudo foi motivado a partir do grupo de pesquisa “Gêneros Textuais/Discursivos aplicados ao Ensino da Linguagem – GAPLI”, com a pretensão de buscar teses e dissertações referentes ao ensino da Gramática Sistêmico-Funcional, visando promover reflexões acerca de como o ensino de língua materna vem sendo realizado de acordo com esse eixo teórico. Para tanto procuramos responder duas perguntas específicas: 1) Quantas pesquisas em programas de pós-graduação vertem sobre o ensino da linguagem mediado pelo uso da Gramática Sistêmico-Funcional? 2) Como essas propostas de ensino são desenvolvidas e quais os resultados obtidos? Assim, o objetivo desta comunicação é apresentar reflexões sobre as possíveis contribuições que contemplam os estudos apresentados em programas de pós-graduação relacionados aos estudos sobre a LSF (Linguística Sistêmico-Funcional) e introduzir o leitor nos pressupostos teórico-metodológicos da linguística sistémico-funcional, procurando expor alguns dos principais pontos e dos marcos de desenvolvimento que sustentam o corpo de teoria. Além de conceitos importantes para a pesquisa, bem como para os resultados, algumas discussões dizem respeito acerca das contribuições que a Linguística Sistêmico-Funcional de Michel Halliday tem a oferecer no âmbito do ensino-aprendizagem da língua. Gramática Sistêmico-Funcional é um método de descrição e análise linguística funcional desenvolvido por Halliday a partir de 1950, o qual propõe determinar as funções das categorias linguísticas. Trata-se de uma gramática sistêmico porque concebe a linguagem como um sistema de escolhas potenciais, não arbitrariamente motivadas, e é funcional porque procura explicar as implicações comunicativas de uma seleção dentro de um desses sistemas. Para Halliday e Matthiessen(2004), a linguagem é utilizada em uma sociedade de modo que os indivíduos possam desempenhar os papeis que lhe cabem em um determinado meio social. Esse sistema se baseia na gramática, representada por uma organização dotada de diversidade funcional. A fala e escrita, ainda que de um mesmo código, possuem propriedades estruturais distintas, essa distinção de propriedades pode influir de maneira positiva no ensino, pois o torna mais dinâmico, além de tornar o ato da interação mais interessante em meio a uma situação de comunicação

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