Doenças crônicas e cuidados paliativos no final da vida

Abstract

Introdução:  Os cuidados paliativos têm o propósito de prestar assistência a pessoas portadoras de doenças graves em progressão e com a continuidade da vida ameaçada, cuidando-se do sofrimento causado pela enfermidade e, assim, promovendo melhor qualidade de vida. No cotidiano, as ações paliativas podem ser realizadas por qualquer profissional da saúde e são definidas como medidas terapêuticas que não visam a cura, mas sim reduzir as repercussões negativas de doenças clinicamente irreversíveis para estabelecer um bem-estar a pessoa. Entretanto, observa-se na prática que os cuidados paliativos ou não são empregados da maneira correta ou estão ausentes em ambientes de saúde, fato que evidencia a importância desse estudo, de forma a introduzir conhecimentos acerca das medidas paliativas na sociedade e, gradativamente, colocar essa teoria em prática no Brasil. Objetivo: : Avaliar a importância do acesso a cuidados paliativos e os impactos desse cuidado especial para o paciente com doença crônica e seus familiares. Material e método:  Uma revisão integrativa de literatura foi conduzida nas bases de dados: PubMed, SciELO e LILACS, mediante 12 artigos publicados no período de 2017 a 2019, selecionados utilizando os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): “palliative care”, “palliative care and chronic disease”, e em português. Foram selecionados artigos que relacionaram a inserção de cuidados paliativos no tratamento de pacientes com doenças graves. Resultados: Foram analisados estudos científicos que mostraram experiências de cuidados paliativos em unidades de terapia intensiva, em pacientes oncológicos, com insuficiência cardíaca utilizando variáveis comparativas que demonstraram a quantidade de pacientes que necessitam desse cuidado diferenciado para promoção da qualidade de vida, bem-estar e manutenção da vida ativa, e que a maioria dos doentes ainda não tem acesso. Um entrave apresentado foi que o cuidado paliativo abrange, principalmente, os pacientes com neoplasia avançada e que pacientes com outras doenças no final da vida não têm sido atendidos satisfatoriamente por esses cuidados. Outras pesquisas demonstram que ainda grande parte das universidades do Brasil não possuem na matriz curricular uma disciplina que trate sobre cuidados paliativos, e a maioria dos profissionais sequer ouviram falar acerca desse tema durante a formação. Além disso, não existem políticas públicas concretas no Brasil que garantam o acesso aos cuidados paliativos aos pacientes com doenças graves e em estado terminal. Conclusão:  Portanto, verifica-se uma ausência da abordagem dos cuidados paliativos na formação acadêmica de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, que não sabem exatamente o que deve ser feito quando possuem demandas por esse tipo de cuidado, prejudicando, desse modo, uma assistência em saúde com maior qualidade. Ademais, é necessário um maior engajamento da sociedade e do Poder Público a fim de sancionar leis e aplicar medidas paliativas eficazes nos cuidados à saúde que possam abranger e minimizar o sofrimento de quaisquer tipos de pacientes, independente da doenças

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