A compreensão de como os atributos físicos dos solos respondem a intensas pressões de pastejo desmistifica diversas questões práticas e podem explicar as principais causas de degradação das pastagens. O pisoteio animal promove alterações nesses atributos quando não respeitado a pressão mínima de pré-consolidação dos solos, o que geralmente acontece e ocasiona a compactação dos mesmos. As pastagens cultivadas em regiões tropicais normalmente apresentam queda na produtividade após alguns anos de sua implantação, o que, via de regra, é atribuída ao manejo incorreto do solo, e normalmente está associada com a diminuição da fertilidade. Em pastagens nativas da região Nordeste, acredita-se que o principal fator seja a utilização de taxas de lotações inadequadas, com sobrecarga animal em função da disponibilidade de oferta forrageira, causando além de outros, danos às propriedades físicas dos solos. Particularmente neste ecossistema os solos podem apresentar algumas limitações físicas com relação à profundidade, topografia e capacidade de retenção de água. Diante da consulta na literatura, parece haver um consenso entre os trabalhos que o efeito da compactação reflete em comprometimento de outras características do solo, como densidade, estabilidade de agregados, infiltração de água, porosidade, entre outros. Alguns destes atributos, quando alterados pode ser de difícil reversão e certamente explicam o grau de degradação da maioria das pastagens. O animal por sua vez terá efeito sobre as propriedades físicas, ressaltando sua influência sobre a compactação do solo, refletindo em efeitos como a formação de crostas. A degradação de pastagens está associada à compactação do solo, que causa alterações na disponibilidade de nutrientes, devido a mudanças na mineralização da matéria orgânica ou dos resíduos vegetais e animais, bem como a alterações na movimentação dos nutrientes no solo.Palavras-chave: Degradação dos pastos; Nutrientes; Pisoteio; Taxa de lotação