Healthcare leadership development through associativism participation

Abstract

Background & Aims Incresingly, in modern healthcare doctors are required to be leaders and to know how to work in a team. Unfortunately, in most medical schools there is still no formal training of these skills, which leads to some obvious, yet unsolved medical education questions: how can doctors learn how be leaders? How can they get to be better team workers? Is there any relationship between leadership capacity and previous experiences in activities such as associativism during medical school years? First, we should analyse what the key words leadership and associativism mean, in order to better understand these questions. There are many ways to describe a leader. It can be used to describe someone who stands out, someone powerful or even someone with great achievements. In fact, none of these definitions is exclusively correct. A leader is someone who can influence others to follow him/her, and has the ability to empower others to achieve a proposed goal. Therefore, leadership is a set of skills that can only be developed with the practice of being a leader. One way to get this practice is participating in associative groups as students associations, choirs, or academic tunas, where students have to learn how to work as a team, organize their time, and develop communication skills as a leader. The goal of this study is to explore the possible relationship between participating in associativism during medical school years and the development of leadership skills, perceived in early years of doctoring Materials & Methods This is a retrospective cohort study that was conducted in five steps. Firstly, a bibliographic research was carried out to understand how much was known about the study subject. Then, two list of contacts were created: one was a list of Portuguese students bodies’ and the other was a list of physicians who did not participate in associativism. Thirdly, a questionnaire was elaborated, taken into account relevance with the subject addressed. Next, the questionnaire was distributed to the lists of contacts already drawn up through e-mail and social media pages, making the sample voluntary and of convenience, and with a request of disclosure to other physicians, which allowed a greater number of respondents. At last, the data collected was analysed using GoogleSheets® and IBM SPSS® statistics for Windows, version 23.0.. Descriptive and inferential statistics were performed, according to the pertinence of the data and the possibility of answering the questions raised by this thesis. Results For this study, 199 questionnaire responses were analised, where 152 were female (76,4) and mean age was 27,1 years old (standard deviation of 3,39). Most of the physicians participating in this study attended FCS-UBI, FMUP or FMUC. Half (50,8%) were senior residents; 37,2% were first year residents and 12,1% were specialists. Regarding the distribution into types of medical specialties, it overlaps the national reality. Depending on the answer given for the first question “Have you haver participated actively in associativism?” the study population was divided in two main cohorts: G1- physicians who participated in student groups (62,8% of the sample) and G2 – those who did not participate. 44,8% of G1 said they had stopped attending the associative group more than 2 years ago. In order to complete the second part of the questionnaire it was asked the question "For how long have you been active in your(s) association(s)?", which mode was the answer “5 – 6 years” with 30,4% of the G1 responses. Then it was asked to G1 if they were board members (G1b), or not (G1nb), on their esxtracurricular activities and 53,6% responded “yes”. Concerning G1b board positions, the most performed was “Assistant board member” with 29 responses, followed by “President” (n=21), and with 18 responses both “Treasurer” and “Other”. Physicians from G1b performed their respective board duties mostly between “1 - 2 years” (32 responses, representing 47,8% of G1b) and spent between 5 to 8 hours per week on their board duties. Results shows that 97% of G1b felt that their participation improved their academic experience and the three competencies they felt better developed due to associative participation were: “Time management” (n=46), “Public communication” (n=27) and “Commitment” (n=26). G1 showed a positive correlation with ability to “speak in public” (p=0,003), and trend towards correlation with other leadership skills, such as “feeling calm when facing an adversity” (p=0,075), “confidence when leading a team” (p=0,077) and “gain team (p=0,057). G2 also showed some correlations regarding “feeling anxious about difficult tasks” both as students and as physicians (p=0,030 and p=0,016, respectively). Within G1 group, the subgroup of students who had been board members showed a positive correlation with “volunteering to be the leader” (p=0,013), “persuade my colleagues” (p=0,041), and “feeling confident to lead a team” (p=0,018). Discussion/conclusion In this sample, physicians who took a role in student groups, especially those involved in leading those groups, showed improved confidence and leadership skills. Almost every physician from G1b recognised that their participation in associativism improved their academic jouney, Our data suggests that to be a student organization board member plays an important role in developing teamwork skills and also creates new opportunities for students to be leaders while in medical school and eventually beyond in their personal and professional lives. Since some medical schools had a small representation and the sample of physicians who did not participate in the associativism was obtained non-randomly – being a convenience sample - it is not possible to generalize the conclusions. However, conclusions regarding the study sample could be elaborated.Contexto e objetivos Actualmente é requerida aos médicos uma postura de líder e de saber como trabalhar em equipa. Contudo, estas competências não são formalmente abordadas nem treinadas na generalidade das escolas médicas, pelo que podemos colocar as seguintes questões: Como é que os médicos se podem tornar líderes? Haverá relação entre as competências de liderança e experiência prévia em associativismo? Primeiramente devemos analisar os conceitos por trás de liderança e associativismo para assim melhor entendermos estas questões. Existem diversas maneiras de descrever o que é ser líder. Podemos utilizar este termo para descrever alguém que se destaca, alguém poderoso ou ainda, alguém com grandes conquistas. Porém, nenhuma destas definições está totalmente correcta. Um líder é alguém que consegue influenciar os outros a segui-lo e tem ainda a capacidade de estimular outros para que alcancem os objetivos propostos. Assim sendo, ser-se líder engloba um conjunto de competências que apenas podem ser desenvolvidas ao praticar liderança. Uma forma de se poder desenvolver estas competências passa pela participação em grupos associativos como associações de estudantes, coros ou ainda tunas académicas, onde os estudantes aprendem a trabalhar em equipa, a melhor organizar o seu tempo e ainda desenvolvem competências de comunicação enquanto líderes. Posto isto, o objectivo deste estudo é analisar se existe relação entre a participação em associativismo e o desenvolvimento de competências em liderança. Materiais e métodos Este é um estudo de coorte retrospectivo que foi constituído por cinco etapas. Primeiramente, foi realizada uma pesquisa bibliográfica para entender o quanto se sabia sobre a relação entre liderança e associativismo. Em seguida, foram criadas duas listas de contactos: uma lista continha associações estudantis portuguesas e a outra lista continha médicos que não participavam no associativismo. Na terceira etapa elaborou-se um questionário, tendo em consideração a relevância com o assunto abordado. Em seguida, o questionário foi distribuído pelas listas de contatos referidas, através de e-mail e redes sociais, tornando a amostra voluntária e de conveniência, e com um pedido de divulgação a outros médicos, o que permitiu um maior número de repostas. Por fim, os dados adquiridos foram analisados, utilizando-se o GoogleSheets® e o IBM SPSS® statistics for Windows, versão 23.0.. Estatísticas descritivas e inferenciais foram realizadas, de acordo com a pertinência dos dados e a possibilidade de responder às questões levantadas por esta tese. Resultados Para este estudo, foram analisadas 199 respostas ao questionário, sendo 152 dos respondentes do sexo feminino (76,4) e a média de idades de 27,1 anos (desvio padrão de 3,39). A maioria dos médicos participantes neste estudo formou-se na FCS-UBI, FMUP ou FMUC. Metade (50,8%) eram internos de especialidade; 37,2% eram internos de ano comum e 12,1% eram especialistas. Em relação à distribuição pelas diferentes especialidades médicas, esta sobrepôs-se à realidade nacional. Dependendo da resposta dada na primeira questão “Participou ativamente no associativismo?”, a população do estudo foi dividida em dois grupos principais: G1 - médicos que participaram em grupos de estudantes (62,8% da amostra) e G2 – médicos que não participaram. 44,8% de G1 referiu não frequentar o grupo associativo há mais de 2 anos. De modo a completar a segunda parte do questionário, foi feita a pergunta "Durante quanto tempo esteve activo nos grupos associativos?", cuja moda foi a resposta "5 - 6 anos" com 30,4 % das respostas G1. Em seguida, foi questionado a G1 se desempenharam algum cargo de dirigente (G1b), ou não (G1nb), nos respectivos grupos e 53,6% responderam “sim”. Relativamente aos cargos desempenhados por G1b, o mais frequente foi “Vogal” com 29 respostas, seguido de “Presidente” (n = 21), e ambos com 18 respostas “Tesoureiro” e “Outro”. Os médicos de G1b referiram desempenhar as funções directivas, principalmente entre “1 - 2 anos” (32 respostas, representando 47,8% de G1b) e dispendiam entre 5 a 8 horas por semana nas mesmas. Os resultados mostraram que 97% de G1b sentia que sua participação em associativismo melhorou a sua experiência académica e as três competências que sentiram melhor desenvolvidas devido a esta participação foram: “Organização do tempo” (n = 46), “Comunicação em público” (n = 27) e “ Comprometimento”(n = 26). G1 apresentou correlação com a capacidade de falar em público (p = 0,003) e tendência de correlação com outras competências de liderança, como “sentir-se calmo perante uma adversidade” (p = 0,075), “confiança ao liderar uma equipa” (p = 0,077) e “ganhar a confiança da equipa” (p = 0,057). G2 mostrou também algumas correlações em relação a “sentir-se ansioso perante dificuldades nas tarefas” tanto como estudantes quanto como médicos (p=0,030 e p=0,016, respectivamente). Dentro do grupo G1, o subgrupo de alunos que foram membros da direcção mostrou uma correlação positiva com “voluntariar para ser o líder” (p=0,013), “persuadir os meus colegas” (p=0,041) e “sentir-se confiante ao liderar uma equipa” (p=0,018). Discussão/conclusões Nesta amostra, os médicos que assumiram um papel em grupos de estudantes, especialmente os que fizeram parte do corpo dirigente, mostraram possuir maior confiança e habilidades de liderança. Quase todos os médicos de G1b reconheceram que a sua participação no associativismo melhorou o seu percurso académico Os resultados deste estudo sugerem que ocupar um cargo de dirigente associativo desempenha um papel importante, não apenas no desenvolvimento de competências de trabalho em equipa, como também cria novas oportunidades para os estudantes desempenharem papeis de líderança durante a escola médica e, eventualmente, também ao longo da sua vida pessoal e profissional. Uma vez que algumas escolas médicas tiveram uma representação pequena e a amostra de médicos que não participaram no associativismo foi obtida de forma não aleatória - amostra de conveniência - não é possivel generalizar as conclusões. Contudo, conclusões referentes à amostra do estudo poderam ser elaboradas

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