Este projecto parte da necessidade de projectar na tela certos assuntos que me inquietam. De reflectir certos conflitos de liberdade e comunicação. Neste caso, conflitos de liberdade pelo isolamento, pelo conhecimento e pela ideologia. Como estudante, considero este projecto uma oportunidade, um pouco egoísta da minha parte, para espreitar essas inquietações através da produção e realização de um filme que me serve como ferramenta de contemplação, e, para encontrar uma metodologia de trabalho de produção com a qual me identifico.
Sirvo-me de uma ficção onde lanço um protagonista que se submete a experienciar uma viagem onírica. Liberta o seu subconsciente passivo como avatar nesse espaço para contactar, contemplar, uma representação dos tais assuntos. Uso uma personagem a quem o protagonista se alia para poder aceder a esse estado onírico. Três personagens, um eremita, um repórter académico e um anarquista, que representam as liberdades em conflito. E uma sexta personagem presente, 'Manequim', que considero uma desmultiplicação da consciência do protagonista e némesis na narrativa.
Nos capítulos seguintes relato os três estágios desta produção e conclusões