Constipation in pregnancy - a systematic review

Abstract

Constipation during pregnancy is a common problem. It usually does not require an extensive evaluation and most patients respond to simple measures. Treatment typically consists of dietary measures, such as increasing fiber and fluid intake, behavioral changes, such as physical activity, and the use of probiotics or laxatives. However, the diagnosis of constipation itself is difficult to define and may vary from doctor to doctor. This systematic review aimed to identify the diagnostic criteria of constipation during pregnancy, its prevalence during the three trimesters, as well as the effects and efficacy of different interventions for its prevention or treatment. The survey included items available electronically, using databases such as Pubmed, B -on, RCAAP, UBI catalog, Springer, COCHRANE, Current Opinion in Obstetrics & Gynecology, Green Journal of Obstetrics & Gynecology, SciELO, EMBASE and EBSCO, and also manual research on textbooks of reference considered relevant to the topic. Despite its clinical relevance, there are few quality studies on gastrointestinal transit in pregnant women, identification and treatment of constipation during pregnancy. The present review concludes that the prevalence of constipation is higher during the second trimester of pregnancy and lower in the third, constituting the Rome III criteria the more acceptable definition. Regarding constipation treatment, during pregnancy abundant fluid intake was associated with a lower prevalence, whereas there is no evidence that dietary fiber and physical activity improve constipation. On the contrary, both the use of probiotics and an electrolyte solution of polyethylene glycol, an osmotic laxative, appear to be effective treatments, but there is insufficient evidence about its effects, therefore subsequent studies may be needed to safely recommend these treatments. Finally, stimulant laxatives may be more effective than bulk-forming laxatives, although adverse effects such as abdominal pain and diarrhea, may limit their use. However, this conclusion is based on an old and very low quality study. In conclusion: despite the importance of the theme there are no quality studies that support grounded proposals on prevention and treatment of constipation during pregnancy.A obstipação durante a gravidez é um problema comum. Habitualmente, não necessita de uma avaliação extensiva e a maioria das pacientes respondem a medidas simples. O tratamento geralmente consiste de medidas dietéticas, como o aumento de ingestão de fibras e fluidos, alterações comportamentais, tais como atividade física, assim como a utilização de probióticos ou laxantes. No entanto, o diagnóstico de obstipação em si é difícil de definir e pode variar de médico para médico. Esta revisão sistematizada teve como objetivo identificar os critérios diagnósticos da obstipação durante a gravidez, a sua prevalência nos três trimestres, bem como os efeitos e a eficácia das diferentes intervenções para a sua prevenção ou tratamento. A pesquisa incluiu os artigos disponíveis eletronicamente, usando as bases de dados Pubmed, B-on, RCAAP, Catálogo UBI, Springer, COCHRANE, Current Opinion in Obstetrics & Gynecology, Green Journal of Obstetrics & Gynecology, Scielo, EMBASE e EBSCO, e ainda pesquisa manual em livros de texto de referência considerados relevantes para o tema. Apesar da sua relevância clínica existem poucos estudos de qualidade sobre o trânsito gastrointestinal em mulheres grávidas, identificação e tratamento da obstipação durante a gravidez. Da revisão efetuada conclui-se que a prevalência de obstipação é maior durante o segundo trimestre da gravidez e menor no terceiro, constituindo os critérios de Roma III a definição mais aceitável. Relativamente ao tratamento da obstipação, durante a gravidez a ingestão abundante de líquidos associa-a a menor prevalência, enquanto que não há evidências de que dieta com fibra e atividade física melhorem a obstipação. Pelo contrário quer o uso de probióticos como duma solução eletrolítica de polietileno-glicol, um laxante osmótico, parecem ser tratamentos eficazes, mas não há provas suficientes sobre seus efeitos, pelo que podem ser necessários estudos subsequentes a fim de recomendar com segurança estes tratamentos. Por fim, os laxantes estimulantes podem ser mais eficazes do que os expansores de volume, embora os efeitos adversos, tais como dor abdominal e diarreia, possam limitar o seu uso. No entanto, esta conclusão está baseada num estudo antigo de e de qualidade muito baixa. Concluindo: apesar da importância do tema não existem estudos de qualidade que suportem propostas fundamentadas sobre prevenção e tratamento da obstipação durante a gravidez

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