No Pós Segunda Guerra Mundial a cultura norte americana sofria
grandes transformações nas décadas de 50 e 60 ao nível da economia, cultura,
arte, política, princípios e preconceitos. Surge então uma cultura contraditória
adoptada pelos apelidados jovens dos "sixties", a "contracultura", que
transformava a publicidade americana e a própria sociedade, alterando valores,
atitudes e ideais.
A indústria publicitária americana atingia nesta década o seu apogeu,
auxiliada pelo crescimento económico e, consequentemente, pelo consumismo.
O terreno publicitário respirava sucesso e as agências de publicidade, em
plena "Madison Avenue" ou "Avenida da Publicidade", acabavam por surgir
dando vida a produtos que necessitavam de ser vistos e adquiridos.
Os cartazes de consumíveis, e com eles a publicidade em geral,
mudavam a sua estratégia de abordagem ao consumidor adoptando agora um
discurso persuasivo, uma concepção revolucionária e inovadora que conotava
estes cartazes de um senso de humor peculiar, por vezes irónico.
Estes elementos conjugados originaram na década de 60 um cenário
grandioso e glorioso na criação de cartazes publicitários em geral, e de
consumíveis em particular, numa época designada de “Golden Age” ou Idade
de Ouro na história da publicidade.
O percurso do cartaz começou em 1870 com o movimento artístico da
Arte Nova mas foi evoluindo para atingir um fim concreto – deixou de ser
exclusivamente uma obra artística aliada à pintura para se transformar num
cartaz publicitário que tinha como função promover um determinado produto.
Esta consagração e ascendência do cartaz à sua representação
quotidiana permitiram que a nossa investigação, apesar de centrada no tema
"consumíveis" nos cartazes americanos dos anos 60, o apresente como
pioneiro dos suportes publicitários e um dos mais importantes da actualidade.After World War II the U.S. culture suffered major changes in terms of
economy, culture, art, politics, principles and prejudices in the 50s and 60s
decades. A contradictory culture emerges - adopted by young people dubbed
the “sixties” - the so called “counter-culture”, which transformed the U.S.
advertising and the society itself, changing values, attitudes and ideals.
The U.S. publicity industry reached its peak in this decade, aided by
economic growth and, consequently, by consumerism. Its means were to
blossom of success and in the middle of “Madison Avenue” advertising
agencies arose, giving life to products that needed to be viewed and purchased.
Consumable posters, along with the general advertising, changed its
strategy of approaching the consumer, adopting a persuasive speech, a
revolutionary and innovative conception that permeated these posters with a
particular sense of humor, sometimes with ironic features.
In the decade of 60 these combined elements shaped a vast and glorious
scenario in the creation of advertising posters, and in particularly the
consumables; it was the “Golden Age”, a historical time in publicity.
The course of the posters began in 1870 along with the artistic
movement “Art Noveau”, although it grew to reach a specific end. No longer
was it an exclusive artistic work linked to panting, to become a publicity poster
that was to promote a certain product line.
Despite focusing on the theme of “consumables” (mostly the posters of
the 60), the consecration and lineage of the poster to their daily representation
allowed our research to present it as the pioneer of the advertising media and
one of the most important models of nowadays