O controlo da asma brônquica, apesar da sua prevalência e dos tratamentos disponíveis, continua a ser sub-óptimo. Para melhorar o controlo, doentes e médicos devem conhecer melhor esta patologia, formas de prevenção e tratamento. Num esforço de informar ambas as partes intervenientes criou-se a “webpage” www.asma.com.pt, com apresentações Flash® sobre asma, incluindo fotografias da técnica inalatória de 5 dos principais inaladores. Para avaliar o impacto da “webpage” nos conhecimentos sobre asma e na técnica inalatória, aplicaram-se questionários específicos a doentes e clínicos, antes e após a consulta da “webpage”. Estabeleceram-se dois grupos de doentes (Grupo 1: n=4; Grupo 2: n=4), o primeiro com acesso à “webpage”. Um questionário foi aplicado a 6 clínicos do Centro de Saúde do Fundão seguido pela apresentação da “webpage”. A progressão dos conhecimentos nos doentes e médicos foi reavaliada após três e duas semanas respectivamente, utilizando os mesmos questionários. A pontuação do Grupo 1 na segunda avaliação foi estatisticamente superior à do Grupo 2: 8,5 pontos vs 2 pontos; (p < 0,001). Quanto à técnica inalatória, tanto o Grupo 1 como o Grupo 2 registaram melhorias, no entanto sem diferenças significativas entre ambos. Sobre os médicos, apenas 3 consultaram a “webpage”, sendo estes os que mais progrediram na segunda avaliação: +6 pontos vs -5 pontos; (p = 0,014). Os resultados fortemente sugerem que o endereço www.asma.com.pt permite a aquisição de conhecimentos sobre asma brônquica em doentes e médicos, o que poderá eventualmente traduzir-se em melhorias clínicas no futuro. Já em relação à técnica inalatória a diferença não é tão clara, possivelmente por aspectos da própria “webpage”, como também pela necessidade que todos os doentes sentiram em rever a técnica inalatória. No futuro será necessário realizar um estudo com uma amostra maior e com critérios de avaliação e impacto clínico mais específicos. A utilização de fotografias da técnica inalatória deverá ser substituída por vídeos.Asthma control, despite its prevalence and available treatments, remains suboptimal. To improve control, patients and doctors should know more about asthma, its
prevention and treatment. An effort to inform both parts has been made by creating a
webpage, www.asma.com.pt, with Flash® presentations about asthma, including
photographs illustrating inhalational techniques for the 5 most commonly used inhalers.
To assess the webpage impact on the inhalation technique and asthma knowledge,
specific questionnaires were given to patients and general practitioners, before and after
webpage consultation. Two patient groups were established (Group 1: n=4; Group 2:
n=4), the first one with access to the webpage. The doctor’s questionnaire was applied
to 6 general practitioners from Fundão Healthcare Centre, followed by presentation of
the webpage. Patient’s and doctor’s knowledge progression was assessed three and two
weeks later, respectively. At the second evaluation moment, Group 1 classification was
statistically superior to that of Group 2: +8,5 points vs +2 points; (p<0,001). As far as
the assessment of the inhalational technique is concerned, patients from both groups
showed improvements by the end of the third week, although there were no significant
differences between them. In what concerns doctor’s assessment, only three of the
general practitioners consulted the webpage, but it was these who most positively
progressed at the second evaluation: +6 points vs -5points (p=0,014). The results
strongly suggest that the www.asma.com.pt website is associated with improved
knowledge on bronchial asthma in patients and doctors, which may eventually result in
subsequent clinical improvement. In terms of inhalational technique, differences were
not as clear, possibly because of webpage-related aspects but also because every
assessed patient might have felt the need to review his/her own inhalational technique.
In the future, a study with more participants and more specific evaluation and clinical
impact criteria is needed. Inhalation technique photographs should be replaced by
movies