Á margem da legalidade: arquitetura informal, segregação e cultura espacial no Bairro da Cova do Vapor

Abstract

Num período onde se discute a carência da participação do arquiteto em contextos sociais e institucionais é importante compreender qual o papel da arquitetura na sociedade contemporânea. Tendo em conta que cada vez mais questões de planeamento e urbanismo são questões políticas e económicas importa compreender a inscrição da arquitetura informal, á margem da estrutura urbana, da acessibilidade, do saneamento e da legalidade. O caso de estudo é o bairro informal da Cova do Vapor em Almada, examinado enquanto espaço que traduz valores e comportamentos coletivos que formam uma comunidade e uma cultura espacial específica. Através do mapeamento de usos e atividades em complemento com o levantamento arquitetónico do bairro, a problemática desta investigação desenvolvese em torno do espaço enquanto conjunto codificado de informações de recuperação de memória e identidade. A correlação entre a configuração do espaço e a vida social evidência o modo como o “património” físico e imaterial foi sendo construído, através da partilha de necessidades coletivas em espaços corretamente dimensionados e que funcionam.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

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