Esse trabalho foi elaborado para abordar a pesca e a cultura de camarões no Brasil, com maior ênfase na região Sul. A pesca de camarões é realizada em grande escala não somente no litoral nordestino, mas também no sul brasileiro, apresentando uma significativa importância econômica, histórica, econômica e social. Entretanto a pesca do camarão na região Sul vem apresentando sinais de sobrepesca. O esforço de pesca aplicado pela frota industrial tem se mantido acima do recomendado e as capturas são inferiores a máxima sustentável. Contudo, a atividade camaroeira no litoral da região Sul é muito importante para a geração de empregos e renda. Dentre as espécies mais importantes está a Xiphopenaeus kroyeri, popularmente chamada de camarão-sete-barbas. O estado de Santa Catarina é o que mais se destaca na região sul tanto na pesca como no cultivo do camarão. A atividade do camarão cultivado e capturado requer alto recurso na instalação, preparação e manutenção, de projetos de fazendas de engorda do camarão cultivado e de embarcações e seus apetrechos. Apesar do custo inicial ser relativamente alto, compensatório investir na produção, sendo possível amortizar o investimento, de dois a três anos. Esta importância é salientada no Plano de Gestão da Pesca do Camarão no Brasil, onde, recomenda-se otimizar o uso do recurso como bem econômico, maximizando a renda, o número de empregos gerados e a distribuição equitativa dos benefícios. As atividades econômicas caminham em busca de maior crescimento e eficiência produtiva para manterem-se competitivas e autossustentáveis. No setor do camarão uma das preocupações tem sido à busca de agregar valor ao produto para torná-lo mais competitivo. Para assegurar o desempenho da cultura e da captura do camarão não somente na região Sul, mas em todo país, demanda contínuos investimentos e o fato é que a atividade se ressente de um maior apoio creditício. O grande desafio setorial será conjugar crescimento econômico com equidade socioeconômica e ambiental