Abstract

As atividades de extensão desenvolvidas no ensino fundamental, desde 2009 até o presente, pelos integrantes do Grupo Cultivaeco incentivam a mobilização de saberes técno-científicos relacionados à agricultura e suas inter-relações com a segurança alimentar e o equilíbrio sócio-ambiental. Esta dinâmica de saberes é dada através da interação entre os acadêmicos e a realidade do público do ensino fundamental, por meio de uma metodologia de ensino dialógica. Objetivos: conceituar a segurança alimentar no cotidiano dos educandos, através da realização de atividades educativas e sobre a origem dos produtos agrícolas; refletir sobre os conceitos contemporâneos de agricultura e segurança alimentar voltados para o equilíbrio sócio-ambiental e a cidadania, vinculando-os ao cenário agrícola brasileiro e mundial. Material e Métodos: A práxis da educação ambiental dada na relação entre os participantes do Cultivaeco e a escola (três quintas-séries) gera uma avaliação dos conceitos de agricultura que retroalimentam as atividades de arte-educação. É gerado um constante diagnóstico de conceitos, o qual é incorporado na elaboração das atividades educativas. Resultados: Há produção de material didático, como os cadernos de atividades "Passatempo Cultivação", nos quais há caça-palavras, palavras-cruzadas, ilustrações e pinturas. São compostas paródias sobre a temática em questão a partir de músicas de sucesso executadas na mídia, as quais são inclusas nestes cadernos. A produção de material didático e a aplicação das atividades educativas geram uma maior interação entre a equipe e a escola. Esta inter-relação é também definida quando os estudantes do ensino superior assumem o papel de educadores na aplicação das atividades na escola. Assim, há a valorização da auto-estima dos integrantes, enquanto autores de atividades educativas e sujeitos capazes de promover a aprendizagem no outro e com o outro. Tanto os integrantes do grupo como os educandos do ensino fundamental compreendem a importância da agricultura numa produção de alimentos voltada para o equilíbrio sócio-ambiental na segurança alimentar. Conclusão: Este processo educativo vivenciado na prática da extensão possibilita que os graduandos exercitem a cidadania na inter-relação entre a universidade e a comunidade. Este exercício é caracterizado pelos desafios do respeito aos saberes de todos os participantes e da responsabilidade do ensinar-aprender. Desta forma, as ações de educação ambiental na extensão articulam a cidadania e a segurança alimentar. (Bolsas e Recursos da PROEX)

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