Comparar as funções cognitivas de idosos demenciados e institucionalizados que caminham de forma independente com as de idosos dependentes de cadeira de rodas para a locomoção. Materiais e Métodos: Participaram do estudo 22 idosos de ambos os sexos (idade média de 75,6±9,5 anos e escolaridade de 4,8±5,2 anos), com diagnóstico de demência provável, segundo os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV), com nível de gravidade avançado, classificado de acordo com o Escore Clínico de Demência (CDR). Os sujeitos foram divididos em dois grupos: a) 11 idosos independentes; e b) 11 idosos cadeirantes. As funções cognitivas dos participantes foram mensuradas por meio do Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Bateria Breve de Rastreio Cognitivo (BBRC), Teste de Fluência Verbal e Teste do Desenho do Relógio. Para análise estatística, utilizou-se o teste U-Mann Whitney, admitindo-se nível de significância de 5% (pelt;0,05). Resultados: Nas variáveis: idade (UMW=46,0; p>0,05), escolaridade (UMW=59,0; p>0,05) e no MEEM (UMW=38,0; p>0,05) não houve diferença significativa entre os grupos. No entanto, com relação à BBRC (UMW=18,5; pelt;0,01), Teste de Fluência Verbal (UMW=22,0; pelt;0,05) e Teste do Desenho do Relógio (UMW=15,5; pelt;0,01), observaram-se diferenças significativas entre os idosos independentes e os idosos cadeirantes. Conclusão: Os dados encontrados demonstraram que idosos independentes para locomoção apresentam melhor desempenho cognitivo quando comparados com idosos cadeirantes. Se a adoção de estratégias que propiciem aos idosos cadeirantes condições para um melhor desempenho motor poderia minimizar o declínio cognitivo, permanece ainda uma questão a ser respondida