Orientador: Angel Humberto Corbera MoriDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da LinguagemResumo: O objetivo principal deste trabalho foi descrever a categoria de posse nominal num conjunto de 90 línguas do Brasil e da América do Sul, a fim de verificar, de modo sistemático, como estes idiomas codificam morfossintaticamente as informações linguísticas de posse nominal, bem como desenvolver generalizações possíveis para a ocorrência desta categoria. Neste estudo, mostramos que a assunção de Aikhenvald e Dixon (1999, pp. 8-10) de que a posse é marcada preferencialmente no núcleo nas línguas amazônicas é parcialmente correta para os dados de nossa amostra, uma vez que nas línguas do Grupo B, ou seja, naquelas que não traçam diferenças formais entre as categorias de posse nominal, não houve predominância de um padrão de marcação de posse em específico, já que a diferença entre as línguas núcleo-marcadas e de outros padrões foi pouco significativa. Mostramos, também, que somente nas línguas do Grupo B, é possível encontrar construções de posse inalienável marcadas no dependente, diferentemente do que havia afirmado Nichols (1992, p. 118). Dentre outras coisas, mostramos, ainda, que as estratégias de marcação de posse na região andina são variadas, não se restringindo a dupla-marcação, dentre outras conclusões que podem ser vistas ao longo do trabalhoAbstract: The aim of this study was to describe the nominal possession category in a set of 90 languages in Brazil and South America in order to verify, in a systematic manner, as these languages morphosyntactically encode the linguistic information of nominal possession, as well as develop potential generalizations for the occurrence of this category. In this study, we have shown that the assumption of Aikhenvald and Dixon (1999, pp. 8-10) that possession is marked preferably in the head in the Amazonian languages is partially correct for the data of our sample, since the languages in Group B, i.e those which do not display formal differences between the categories of nominal possession, there were no predominance of one possession marking pattern specifically, since the difference between languages head-marked and other patterns was not significant. We also have shown that only in the languages in Group B, we can find inalienable possession marked on the dependent, unlike to what was stated Nichols (1992, p. 118). Among other things, showed also that the possessive marking strategies in the Andean region are varied, not limited to double-marking, among other conclusions that can be seen throughout the workMestradoLinguisticaMestre em Linguística133680/2014-2CNP