Orientador: Marta Fuentes-RojasDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências AplicadasResumo: Integradas ao campo interdisciplinar num contexto multicultural, identificamos o objeto deste estudo questionando sobre a felicidade. Migramos de uma questão à outra, de um método ao outro que nos conduziram paulatinamente ao recorte desta investigação. Partimos de uma perspectiva macro para alcançar uma perspectiva micro. Delimitado por etapas, dedicamos esforços para compreender como o conhecimento sobre felicidade vem sendo constituído no Brasil. Iniciamos pelo questionamento: o que tem sido estudado sobre felicidade? Apuramos dados na SciELO, pesquisamos no mecanismo de busca da InterNet, o Google, sobre a produção e divulgação a respeito. Isto nos remeteu a diversas bases de dados, sites oficiais, não oficiais além de obras literárias. Recorremos ao e-MEC e sequencialmente aos acervos digitais das Universidades Públicas Brasileiras (Municipais, Estaduais e Federais). Nos questionamos sobre as pessoas que pesquisam felicidade, isso nos levou à problematização em torno de pesquisadores que já defenderam dissertações e/ou teses sobre a temática. Este processo metodológico nos direcionou à questão central: como os pesquisadores percebiam a felicidade antes e durante seus estudos e como a perceberam após a defesa de seus trabalhos? O exercício frequente das problematizações nos oportunizou aproximações entre pesquisadores e estudiosos dos diferentes campos científicos no território nacional. Face às considerações expostas, dentre as estratégias para acessá-los, incluímos o uso de questionário. Neste, solicitamos que narrassem suas vivências em seus estudos. Além dessas narrativas, como forma complementar, consideramos as narrativas extraídas a partir de diálogos estabelecidos com os pesquisadores. Utilizamos a técnica da Análise de Conteúdo e recorremos ao tratamento informático a fim de legitimar este estudo. A articulação das abordagens qualitativas e quantitativas enriqueceram essas análises e as nossas discussões, sendo que a integração entre uma e outra aconteceu nas diferentes etapas. Identificamos que, em sua maioria, os pesquisadores mostraram-se voltados à uma concepção de felicidade em torno do bem-comum. Fizeram considerações sobre a importância da transformação pessoal de modo constante. No processo de refinamento em que foram forjados frente às vivências em seus estudos, mencionaram a importância da moral e dos valores pessoais, assim como a presença dos ressignificados constantes. Mesmo em meio à oposição floresceram, cada um do seu jeito. Evidenciaram fragmentos da concepção aristotélica em suas narrativas. Como um mosaico, mostraram que bem-estar é bom, mas é coisa bem diferente de felicidade. A felicidade é resultado de escolhas, da tomada de decisões conscientes, envolve exercício e esforço contínuo em uma jornada rumo à compreensão de si mesmo e do outro. Além das questões que abordam o tema, pensamos que enquanto protagonistas de uma ciência que se faz e se reconstrói, precisamos nos preocupar com aqueles que a constituem, a definem e a circunscrevem, promovendo uma nova ciência que não separa saberes, mas os aproxima e interligaAbstract: Integrated into the interdisciplinary field in a multicultural context, we identify the object of this study questioning about happiness. We migrated from one issue to another, from one method to another, which gradually led us to the cut of this investigation. We start from a macro perspective to reach a micro perspective. Delimited by stages, we dedicate efforts to understand how knowledge about happiness has been constituted in Brazil. We begin with the questioning: what has been studied about happiness? We analyze data in SciELO, we search in the search engine of InterNet, Google, about the production and dissemination about it. This has sent us to several databases, unofficial, official sites besides literary works. We resort to the e-MEC and sequentially to the digital collections of the Brazilian Public Universities (Municipal, State and Federal). We questioned ourselves about the people who research happiness, and this led us to question the researchers who have already defended dissertations and / or theses on the subject. This methodological process directed us to the central question: how did the researchers perceive happiness before and during their studies and how did they perceive it after the defense of their work? The frequent exercise of the problematizations allowed us approximations between researchers and scholars of the different scientific fields in the national territory. In view of the above considerations, among the strategies to access them, we include the use of a questionnaire. In this, we asked them to narrate their experiences in their studies. In addition to these narratives, as a complement, we consider the narratives extracted from dialogues established with the researchers. We used the technique of Content Analysis and we used the computer treatment in order to legitimize this study. The articulation of the qualitative and quantitative approaches enriched these analyzes and our discussions, being that the integration between one and the other happened in the different stages. We have identified that, for the most part, researchers have turned to a conception of happiness around the common good. They made considerations about the importance of personal transformation steadily. In the process of refinement in which they were forged in the face of the experiences in their studies, they mentioned the importance of morals and personal values, as well as the presence of the constant re-signified.Even in the midst of the opposition they flourished, each one in his own way. They exposed fragments of the Aristotelian conception in their narratives. As a mosaic, they have shown that well-being is good, but it is something quite different from happiness. Happiness is the result of choices, of conscious decision-making, involves exercise and continuous effort on a journey toward understanding one's self and the other. In addition to the issues that approach the theme, we think that as protagonists of a science that is made and reconstructed, we need to concern ourselves with those that constitute it, define it and circumscribe it, promoting a new science that does not separate knowledge, but interconnectsMestradoModernidade e Políticas PúblicasMestra em Ciências Humanas e Sociais Aplicada