Um método e uma ferramenta para testes baseados em modelos para linhas de produto software

Abstract

Orientador: Eliane MartinsDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de ComputaçãoResumo: As linhas de produtos de software (LPS) estão ganhando interesse devido à crescente demanda por produtos personalizáveis. Tal se deve, em parte, por que as LPS são um meio eficiente e efetivo de entregar produtos com maior qualidade a um custo menor. Em uma LPS, produtos têm requisitos em comum e também, características específicas a cada um. Testar se um produto implementa os requisitos comuns e específicos é um importante passo para garantir uma boa qualidade. No entanto, o teste de uma LPS é uma tarefa complexa, uma vez que a variedade de produtos que podem ser derivados a partir da combinação de características comuns e específicas é enorme. Mesmo que se escolha apenas alguns produtos selecionados, o esforço para testá-los ainda assim é grande, dado que os produtos variam em termos das características específicas selecionadas. Portanto, reutilizar casos de teste de um produto para o outro para determinar se satisfazem os requisitos funcionais, pode não ser possível. Os testes baseados em modelos (MBT) podem ser úteis neste caso, nos quais um modelo de comportamento pode ser obtido a partir dos requisitos e este modelo pode ser usado para a geração automática de casos de teste. Neste trabalho é apresentada uma abordagem em que os requisitos SPL são centrados em casos de uso. Casos de uso (UC) são um formato popular para representar os requisitos. A partir das descrições de casos de uso escritas em um formato semi-estruturado e contendo a especificação de variabilidade, os modelos de comportamento são gerados automaticamente para um produto sob teste, na forma de um modelo de máquina de estado. Construir uma máquina de estado não é trivial para a maioria dos profissionais, que estão mais habituados com descrições textuais e informais dos requisitos. Em geral, a criação manual de modelos de máquinas de estado a partir de UCs pode ser demorado e propenso a erros. O objetivo é fornecer aos engenheiros de teste um método que os guie na criação dos artefatos necessários para que uma versão preliminar de um modelo de estado seja extraída automaticamente dos requisitos. Este modelo preliminar pode ser refinado para tornar-se adequado para uma ferramenta de geração de casos de teste. Para esse processo de refinamento também são fornecidas algumas diretrizes. Como prova de conceito, desenvolveu-se um protótipo de uma ferramenta, MARITACA, que utiliza técnicas de processamento de língua natural para extrair as máquinas de estado a partir das descrições dos casos de uso. O texto apresenta o uso do método e da ferramenta em um exemplo ilustrativo, obtido da literatura, e em uma família de aplicações distribuídas tolerantes a falhas. Este estudo mostrou a aplicabilidade do método proposto. Uma das preocupações nos testes de SPL é a geração de casos de teste redundantes de um produto para outro. Os resultados, embora preliminares, mostraram que a maioria dos casos de teste gerados para um novo produto não são redundantes, pois envolvem características específicas de cada produtoAbstract: Software product lines (SPL) are gaining interest because of the increasing demand for customizable products. This is partly because SPLs are an efficient and effective means of delivering products with higher quality at a lower cost. In SPL, products have common requirements and also, specific features for each one. Testing whether a product implements common and specific requirements is an important step to ensure good quality of the derived products. However, testing a SPL is a complex task, since the variety of products that can be derived from the combination of common and specific features is huge. Even if only a few specific products are selected, the effort to test them is still significant, since the products vary in terms of the specific features that are selected. Therefore, reusing test cases from one product to another to determine whether they satisfy the functional requirements may not be possible. Model-based testing (MBT) may be useful in this case, in which a behavior model can be obtained from the requirements and this model can be used for automatic test cases generation. This work presents model-based product testing approach (MBPTA) for software product lines, in which requirements are centered on use cases. Use Cases (UC) are a popular format for representing requirements. From the use case descriptions written in the form of a semi-structured format and containing the variability specification, the behavior models are automatically generated for a product under test, in the form of a state machine model. Building a state machine is not a trivial task for most practitioners, who are more familiarized with textual and informal descriptions of requirements. In general, the manual creation of state machine models from UCs can be time-consuming and prone to errors. The goal is to provide the test engineers with a method that guides them in the creation of artifacts necessary to extract a preliminary version of a state model from the requirements. This preliminary model can be refined to become suitable for a test case generation tool. MBPTA also provides guidelines for the refinement process of the preliminary model. As proof of concept, a prototype of a tool was developed, MARITACA, which uses natural language processing techniques to extract state machines from the use case descriptions. The text presents the use of the method and the tool in an illustrative example, obtained from the literature, and in a family of distributed fault-tolerant applications. This study showed the applicability of the proposed method. One of the concerns in SPL testing is the generation of redundant test cases from one product to another. The results, though preliminary, showed that most of the test cases generated for a new product are not redundant because they involve specific features of each productMestradoCiência da ComputaçãoMestra em Ciência da ComputaçãoCAPE

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