Orientador : Jose Julio Gavião de AlmeidaTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação FisicaResumo: Olimpíadas Especiais refere-se a um dos programas de esportes voltados para as pessoas com deficiência mental que enfatiza os atletas, a família e os voluntários, sendo que nessa denominação de voluntários, enquadramse os organizadores de eventos e os técnicos esportivos. Portanto, neste estudo procuramos verificar o número de profissionais de educação física envolvidos com o treinamento e competição dos atletas atendidos por esse programa, considerando que a Special Olympics International não prioriza a questão de que o técnico/treinador deva ser profissional da área. Então, pretendemos discutir as perspectivas de atuação desses profissionais no trabalho junto aos atletas com deficiência mental. Para tanto, além da revisão bibliográfica sobre deficiência mental, olimpíadas especiais, esporte, educação física adaptada e esporte adaptado, a coleta de dados se dá mediante um questionário que foi enviado para 140 núcleos das Olimpíadas Especiais no mundo (incluindo os estados americanos) e também por meio de uma entrevista com o presidente e o diretor executivo das Olimpíadas Especiais Brasil, além da observação participante em 02 Jogos Mundiais (de verão e de inverno). Recebemos 75 respostas dos programas internacionais que foram registrados em forma de gráficos. As respostas obtidas nos mostraram que é grande o número de familiares e/ou voluntários de outras profissões envolvidos como técnicos/treinadores desses atletas e que os profissionais de educação física são maioria ou a totalidade, apenas em núcleos como o Brasil, França e Rússia, casos específicos em que existem leis que regem essa atuação prática. Por serem poucos os núcleos que enfatizam a atuação do profissional no treinamento e como acreditamos nas possibilidades das pessoas com deficiência mental em aprender, propomos que o programa Olimpíadas Especiais Internacional reveja essa questão e que haja uma rediscussão no sentido de que, como comparativo com o voluntário, o profissional de educação física, pela sua formação e isenção no trabalho, teoricamente tem mais competência para utilizar o esporte como veículo de aprendizagem, de desenvolvimento, de promoção do crescimento pessoal e, utilizando a filosofia proposta pelo programa, fazendo com que cada vez mais atletas tenham chances de poder mostrar sua competência através de uma prática esportiva coerente, sendo cidadãos ativos e atuantes, num ambiente de mais igualdade, respeito e aceitaçãoAbstract: Special Olympics is one of the sports programs aimed at people with mental disability with focus on the athletes, families and volunteers. The latter include event organization personnel and coaches. In the present study we have attempted to assess the number of physical education professionals involved in the training and coaching of the athletes served by that program, inasmuch as Special Olympics International does not require that the coach/trainer be a physical education professional. Therefore, we have intended to discuss the prospects for the involvement of these professionals in the work with people with mental disability. In order to achieve that goal, in addition to a bibliographic research on mental disability, Special Olympics, sports, adapted physical education and adapted sports, the collection of data has been effected through a questionnaire which was sent to 140 chapters of the Special Olympics worldwide (including the American states) and also through an interview with the President and CEO of the Special Olympics Brazil, besides a participative observation during two World Games (summer and winter). We have received back 75 answers from the foreign programs, which were then plotted into graphs. The answers show that the number of family members and/or volunteers from other professions who are involved as coaches/trainers of these athletes is large and that physical education professionals are the majority or the entirety of them only in places like Brazil, France and Russia, which are specific countries where there are laws regulating that practice. In view of the small number of chapters that employ the work of physical education professionals for training, and in view of our firm belief in the learning potential of people with mental disability, we suggest that Special Olympics International reexamines this matter, since on account of his background and detachment the physical education professional is theoretically more competent to use the sports as a learning, development and personal growth tool, as compared to the volunteer. That professional is also more capable of utilizing the philosophy proposed by the program so more and more athletes have a chance to show their competence through a coherent sports practice and to be active and participating citizens in a more equal, respectful and accepting environmentDoutoradoDoutor em Educação Físic