Natureza e evolução dos fluidos hidrotermais nos depositos de fluorita filonar do batolito Cerro Aspero, Provincia de Cordoba, Argentina
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Abstract
Orientador: Roberto Perez XavierDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de GeocienciasResumo: Os depósitos de fluorita filonar, no setor sul das Sierras Pampeanas de Córdoba, Argentina, ocorrem em rochas cálcio alcalinas, de idade Devoniana, constituídas principalmente por biotita monzogranito porfiriticos que compõem o batólito Cerro Aspero. Os veios de fluorita são de idade Cretácea e encontram-se controlados por sistemas de falhas transcorrentes, subverticais. Além da fluorita, estes veios também estão compostos por calcedônia, localmente pirita e, eventualmente, coffinita e pitchblenda. Os veios mostram texturas típicas de preenchimento de espaços abertos (bandamento, crustificação, brechamento, geodos, etc) e estão intimamente relacionados com intensa silicificação e argilitização das rochas granítícas hospedeiras.
Três sucessivos estágios de mineralização foram distinguidos por evidências de campo, attavés da cronologia relativa de deposição de fluorita, dados de ETR e inclusões fluídas em fluorita. Estes estágios mostram geralmente padrões de ETR pouco fracionados (La/Yb= 1.4 - 14), notando-se que a distribuição dos ETR na fluorita é principalmente governada pelo fracionamento dos ETR leves. Sugere-se que a composição em ETR do fluído hidrotermal e, conseqüentemente, da fluorita, foram amplamente controlados pela diferente mobilidade dos ETR leves a depender do tipo de alteração hidrotermal. Enquanto uma lixiviação preferencial de ETR pesadas sobre ETR leves ocorreu durante a alteração silícica e argílica, nesta última, os ETR leves praticamente não foram removidos.
As temperaturas de homogeneização total de inclusões fluidas aquosas, primárias, ocorreram invariavelmente na fase liquida entre 187°C e 104°C, com concentrações de valores em tomo de 160°C, 136°C e 116°C (estágios 1, 11 e III, respectivamente), definindo uma marcante tendência de resfriamento da solução. Este resfriamento está associado com importantes variações na fOz do fluido, de oxidante a redutor, inferido a partir da relação Eu/Eu* e da assembléia mineral (pirita, pitchblenda e coffmita). As inclusões aquosas nestes três estágios de deposição de fluorita mostram temperaturas de fusão do gelo no intervalo entre -O,3°C - +0,4°C, indicando que o fluido mineralizante sempre manteve uma salinidade muito baixa, próxima a água pura. Não foram encontradas evidencias de ebulição nem mistura de fluidos. Os dados de inclusões fluidas sugerem que os três estágios de mineralização propostos foram o resultado de um único e progressivo evento hidrotermal e suportam um reservatório único e uniforme para as soluções mineralizantes, provavelmente de águas meteóricas aquecidas e não de fluidos gerados em zonas mais profundas da crostaAbstract: Vein-type fluorite deposits in the southem part of the Sierras Pampeanas, Córdoba, Argentina, occur mainly hosted by caleaIkaline porphyritie biotite granites, whieh belong to the Paleozoie, post-tectonie Cerro Aspero batholith. The fluorite veins, of Cretaceous age, occupy steepMestradoMetalogeneseMestre em Geociência