Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP
Abstract
Examino neste trabalho como J. L. Austin relativiza a questão da verdade a contextos de enunciações, em especial a propósitos específicos para os quais o usuário as emprega. Isso redunda em que a verdade se torna algo de ordem mais ou menos acurada, relativamente a determinadas enunciações, e não um atributo inerente a sentenças em sua putativa correspondência ao mundo 'lá fora'. Assim, o desconforto que Austin sentia em relação à forma como os filósofos tradicionalmente lidaram com a questão da verdade desponta como independente da sua celebrada tese de veredicção ter precedência sobre verum, sendo que este se legitima graças à autoridade de quem está por trás daquela. Isso, por sua vez, abre novos caminhos para pesquisa, fato que comprova que Austin ainda tem muito que ensinar futuras gerações de pesquisadores32358359