“Crescimento desenfreado”, centro esvaziado : A importância de ocupar os centros históricos: o caso de Salvador

Abstract

Este artigo discute a importância de ocupar os centros históricos tradicionais para a qualidade de vida das cidades brasileiras, em especial o centro histórico de Salvador. O trabalho se desenvolve a partir das ações governamentais implementadas na cidade de Salvador com base no Estatuto da Cidade visando à reocupação do centro. O final do século XX é marcado pelo crescimento desenfreado das cidades latino-americanas (D’arc, 2012) e do modelo de crescimento centro-periferia, que acarretou em um processo de esvaziamento dos centros nas grandes capitais brasileiras, e que ainda não foi revertido, nem mesmo reprimido (e.g. Salvador). O crescimento e a expansão horizontal das cidades brasileiras geraram o que Secchi (2009) denominou de cidades desfocadas e rarefeitas. Esse processo de urbanização horizontal gerou periferias pobres e subequipadas deslocando as centralidades de seus sítios previamente implantados para novos espaços aumentando a ocupação horizontal (Mourad, 2012). Os resultados desse processo têm sido a degradação dos centros tradicionais. O centro precisa fazer parte do desenvolvimento urbano das cidades e cumprir o seu papel de função social preconizado pelo estatuto da cidade contemplando todos os grupos sociais envolvidos. É crucial, para o retorno ao centro histórico tradicional, a recuperação de uma dinâmica social e urbana.Área temática 4: Ciudad, Territorio y Paisaje. Gestión - Eje InvestigaciónFacultad de Arquitectura y Urbanism

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