Uma an?lise atenta dos curr?culos da forma??o inicial do professor de matem?tica no Brasil nos leva ? seguinte conclus?o: a licenciatura saiu do 3+1, mas o 3+1 ainda n?o saiu da licenciatura. No que segue, explico o que quero dizer com isso, defendo a necessidade urgente de uma efetiva supera??o desse esquema na forma??o inicial do professor e discuto as possibilidades de implementa??o de uma nova estrutura nos cursos de licenciatura em matem?tica. Este texto, escrito para a confer?ncia de encerramento da II Escola de Inverno em Educa??o Matem?tica (Santa Maria, RS), n?o ? um relato de pesquisa, mas as ideias aqui desenvolvidas t?m seus fundamentos em parte da literatura especializada na ?rea de forma??o de professores de matem?tica, principalmente das tr?s ?ltimas d?cadas. Num momento em que se discutem, nacionalmente, os Referenciais Curriculares para a Forma??o do Professor (vide Comiss?o Parit?ria SBEM-SBM), este texto chama a aten??o para as dificuldades estruturais inerentes a uma concep??o curricular em que a forma??o matem?tica e as discuss?es de quest?es referentes aoensino escolar da matem?tica sejam vistos como blocos de forma??o relativamente autonomizados.Analysis of the curricular structure of prospective mathematics teacher education in Brazil leads us to the following conclusion: ?these courses have abandoned the 3+1 formula, yet 3+1 has not abandoned them?. In what follows I explain what I mean by that, argue in favor of an effective change in the structure of the curricula, and briefly discuss the possibilities of actually implementing the proposed direction of change. Written for the final speech of the II Escola de Inverno em Educa??o Matem?tica (Santa Maria, RS) this text is not a research report, though the ideas discussed here are based on part of the specialized literature relative to the field of mathematics teacher education, especially in the last three decades. As a nationwide discussion takes place in Brazil on the socalled Curricular Framework for Prospective Mathematics Teacher Education, this text points to the structural difficulties inherent to a curricular conception according to which content knowledge is defined and taught in a relatively autonomous way with respect to methods and theories of teaching and learning school mathematics
