Qualidade de vida de crianças e adolescentes com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (tdah) e seus principais cuidadores

Abstract

ADHD is one of the most common psychiatric disorders in childhood and adolescence and if untreated can last into adulthood. Studies have shown that the presence of ADHD causes great academic, social, professional and quality of life commitment in the patients. Although some studies have shown that the quality of life of the ADHD patients primary caregiver also is committed, although no study has investigated the associations between quality of life scores of patients and their primary caregivers, taking into consideration their clinical and sociodemographic characteristics. Objectives: To address these gaps this study was developed with the objective to investigate the association between quality of life and severity of symptoms in ADHD patients and their primary caregivers, and to investigate the impact of pharmacological treatment after six months in ADHD children?s quality of life and their primary caregivers. Methods: 101 ADHD children and/or adolescents were interviewed in Psychiatry Unit for Children and Adolescents (UPIA) of the Federal University of São Paulo (UNIFESP) and their primary caregivers. There were also interviewed 26 children and / or adolescents without ADHD and their primary caregivers. All answered standardized research questionnaires on symptoms of ADHD; on family environment; psychiatric diagnoses and quality of life at UNIFESP São Paulo. Results: The results showed that ADHD caregivers had worse scores in all four domains of WHOQOL, compared with caregivers of controls and the self domain and school domain of quality of life were statistically worse in patients with ADHD, comparing with controls. There was association between social relations domain of caregivers? QoL and self domain of ADHD children. No significant differences were found after the pharmacological treatment in ADHD caregivers but the friends domain of ADHD children?s QoL showed significant improvement. Conclusion: It was found that caregivers of children with ADHD showed damage in all areas of their QoL compared to caregivers of healthy controls. Younger children with lower IQ, with less severe symptoms of ADHD and fewer comorbidities had better scores on QoL. The main caregivers of children and adolescents with ADHD with higher education, higher socioeconomic level and without any psychiatric disorder had higher QOL scores. After six months of drug treatment, only the friends domain of children?s QoL had significant changes, which reinforces the need for investment in psychoeducation, behavioral and psychosocial interventions for the whole family.O TDAH é um dos transtornos psiquiátricos mais frequentes na infância e adolescência e quando não tratado pode perdurar até a idade adulta. Os estudos têm demonstrado que a presença de TDAH causa grande comprometimento acadêmico, social, profissional e da qualidade de vida de seus pacientes. Apesar de alguns estudos terem demonstrado que a qualidade de vida do principal cuidador de pacientes com TDAH também está comprometida, nenhum estudo até o momento investigou as associações entre escores de qualidade de vida dos pacientes e dos seus principais cuidadores, levando em consideração suas características clínicas e sociodemográficas. Objetivos: Avaliar escores de qualidade de vida em crianças e adolescentes com TDAH e seus principais cuidadores e as associações entre esses escores com variáveis sócio-demográficas e clínicas tais como gravidade de sintomas, presença de comorbidades e ambiente familiar. Pretendeu-se também investigar o impacto do tratamento farmacológico do TDAH após seis meses nos escores de qualidade de vida de crianças com TDAH e seus principais cuidadores. Metodologia: Foram entrevistadas 101 crianças e/ou adolescentes com TDAH, atendidas no Ambulatório de TDAH da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência (UPIA) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e seus principais cuidadores. Foram entrevistadas também 26 crianças e/ou adolescentes sem TDAH e seus principais cuidadores. Todos responderam a questionários padronizados de investigação sobre sintomas de TDAH; sobre ambiente familiar; diagnósticos psiquiátricos e qualidade de vida. Resultados: Os resultados demonstraram que os domínios self e escola da qualidade de vida das crianças com TDAH foram estatisticamente piores, comparando-se com os controles. Os cuidadores de TDAH tiveram piores escores em todos os quatro domínios da Whoqol, comparando-se com os cuidadores de controles. Houve associação do domínio relações sociais da QV dos cuidadores com o domínio self das crianças com TDAH. Não foram encontradas diferenças significativas após o tratamento farmacológico nos cuidadores de TDAH, mas o domínio amigos da QV das crianças apresentou melhora significativa. Conclusão: Verificou-se que os cuidadores de crianças com TDAH apresentaram prejuízos em todos os domínios da sua QV comparados aos cuidadores de controles saudáveis. Crianças mais novas, com menor QI, com menor gravidade de sintomas do TDAH e com menor número de comorbidades obtiveram melhores escores na QV. Os principais cuidadores de crianças e adolescentes com TDAH com maior escolaridade, maior nível socioeconômico e sem nenhum transtorno psiquiátrico apresentaram melhores escores de QV. Após seis meses de tratamento farmacológico, apenas o domínio amigos da QV das crianças teve mudanças significativas, o que reforça a necessidade de investimento em psicoeducação, intervenções comportamentais e psicossociais para toda a família.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2013 a 2016

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