Reis, Carmen Alessandra Gonçalves

Portuguese

Lume 5.8

MEMÓRIA LINGÜÍSTICA GAÚCHA EM TEXTOS ESCRITOS ANTIGOSCoordenador: VALERIA NETO DE OLIVEIRA MONARETTOAutor: CARMEN ALESSANDRA GONÇALVES REISA língua, como objeto de uso do falante, constitui-se de um inventáriovivo de formas, evoluindo ao longo da história. Conforme FARACO(2005), ''A realidade empírica central da lingüística histórica é o fato deque as línguas humanas mudam com o passar do tempo. Em outraspalavras, as línguas humanas não constituem realidades estáticas; aocontrário, sua configuração estrutural se altera continuamente no tempo''.(p. 14) Partindo desses conceitos, procuramos estabelecer um paradigmaevolutivo do dialeto gaúcho, para que se faça um resgate da memórialingüística do Rio Grande do Sul. Analisando textos retirados dos jornais''A Gazetinha'' e ''A Federação'' (década de 1890), de tiragem estadual,pretende-se (i) descrever o padrão de escrita da época, a partir dadécada de 1890; (ii) observar se há registros escritos capazes deatestarem estágios de mudança lingüística; e (iii) editar um materialdigitalizado, ilustrativo de textos escritos à comunidade acadêmica esocial para conhecimento do uso da língua do passado. Como resultadosjá encontrados, temos as formas schoty, machina, prompto, ceremonias eacardito, em contraste com as respectivas formas atuais xote, máquina,pronto, cerimônias e acredito. Observamos, através dos dados parciais,que o dialeto gaúcho do português uti l izado na década de 1890apresentava um padrão pseudo-etimológico. Conforme COUTINHO(1938), ''O critério adotado (...) é respeitar, tanto quanto possível, asle t ras  or ig inár ias  da pa lavra,  embora nenhum va lor  fonét icorepresentem''. (p. 75)

MEMÓRIA LINGÜÍSTICA GAÚCHA EM TEXTOS ESCRITOS ANTIGOS

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