Attention-deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD) is a common neurodevelopmental disorder that affects children, adolescents and adults. Several adverse outcomes have been consistently associated with a diagnosis of ADHD at any point in life. In this thesis, we were dedicated to the study of the course of ADHD from childhood to adulthood focusing on three perspectives. First, we discuss the age at onset of ADHD. Historically, ADHD has first been identified and described in children. Prospective clinical studies of children with ADHD found that the disorder might persist throughout adulthood, and the concept of adult ADHD remained tied to a childhood-onset disorder. Diagnostic manuals included age at onset in childhood as a core criterion for a valid ADHD diagnosis in adolescence and adulthood. However, recent studies challenged the validity of this criterion, suggesting that many ADHD cases in adulthood might have had a late onset. In this thesis, we present our contribution to the field with original data from a longitudinal birth cohort in Brazil and a theoretical discussion on the evidence so far available on the matter. Second, our research tried to parse out children who are at high risk for either persisting with ADHD throughout adolescence (for those already affected) or developing ADHD during their development into young adulthood. While many risk factors are already known, the literature is heterogeneous, findings are sometimes contradictory, and there is little clinical translation from the evidence. We reviewed and meta-analyzed the evidence available on risk factors for ADHD persistence, providing summary estimates for several known risk factors. We then developed and validated a multivariable risk calculator that aggregated several of these risk factors into one accurate individualized risk prediction. This tool is intended for research and clinical use, and available on-line. Third, we investigated the relative immaturity effect, by which children who are born later in the school calendar year present are more frequently diagnosed with ADHD. We did so by reviewing and meta-analyzing the evidence available, and by analyzing data from three large community-based cohorts placed in Brazil. The effect of relative immaturity is a conceptual demonstration of the importance of developmental adaptations in the genesis or worsening of ADHD symptoms, which might influence its emergence along childhood, adolescence and adulthood.O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um transtorno comum do neurodesenvolvimento que afeta crianças, adolescentes e adultos. O diagnóstico de TDAH estão consistentemente associados com desfechos adversos em qualquer idade. Nesta tese, nós nos dedicamos ao estudo do curso do TDAH da infância até a idade adulta, focando em três perspectivas. Primeiro, discutimos a idade de início do TDAH. Historicamente, o TDAH foi identificado e descrito pela primeira vez em crianças. Estudos clínicos prospectivos de crianças com TDAH descobriram que o transtorno pode persistir até a idade adulta, e o conceito de TDAH adulto permaneceu conectado a um transtorno de início na infância. Manuais diagnósticos incluíram idade de início na infância como um critério central para um diagnóstico válido de TDAH na adolescência e idade adulta. Entretanto, estudos recentes desafiaram a validade empírica deste critério, sugerindo que muitos casos de TDAH na idade adulta podem ter um início tardio. Nesta tese, apresentamos nossa contribuição nesta área com dados originais de uma coorte de nascimento no Brasil, e uma discussão teórica a respeito da evidência disponível sobre o assunto. Na segunda perspectiva, nossa pesquisa tentou identificar crianças que estão em risco para persistir com TDAH ao longo da adolescência (para aquelas já afetadas pelo transtorno) ou desenvolver TDAH ao longo do seu desenvolvimento até o início da idade adulta. Embora diversos fatores de risco sejam conhecidos, a literatura é heterogênea, os achados são por vezes contraditórios, e existe pouca tradução da evidência para a clínica. Nós revisamos e meta-analisamos a evidência disponível em fatores de risco para a persistência de TDAH, produzindo assim estimativas sumarizadas de risco para diversos fatores conhecidos. Em um segundo estudo, desenvolvemos e validamos uma calculadora de risco multivariada que agrega vários destes fatores em uma predição de risco individualizada e acurada. Esta ferramenta está disponível gratuitamente on-line, e pode ser usada em contextos clínicos e de pesquisa. Na terceira perspectiva, investigamos o efeito da imaturidade relativa, pelo qual crianças que nasceram mais tarde no ano letivo são mais frequentemente diagnosticadas com TDAH. Nós revisamos e meta-analisamos a evidência disponível, e analisando dados de três grandes coortes comunitárias no Brasil. O efeito da imaturidade relativa é uma demonstração conceitual da importância de adaptações desenvolvimentais na gênese de sintomas de TDAH, que podem influenciar sua emergência ao longo da infância, adolescência ou idade adulta
